sábado, 4 de agosto de 2007

Manutenção de carro leva até 7% do orçamento familiar

Folha de São Paulo de 04/08/2007

Preços avançam 52,99% desde 2001, ante 53,84% de índice do consumidor da FGV

Custos com pedágio e derivados de petróleo foram os principais vilões da "inflação do automóvel", apontam dados da FGV

PEDRO SOARES    
DA SUCURSAL DO RIO

Manter e conservar o automóvel ficou 52,99% mais caro de janeiro de 2001 até o final do primeiro semestre de 2007 -percentual pouco abaixo da inflação média do período (53,84%), segundo dados do IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna), da FGV (Fundação Getulio Vargas).
As famílias gastaram, em média, de 6,5% a 7% do seu orçamento com despesas com veículos no período, excluindo os gastos com a compra de carros novos ou usados.
Apesar de a "inflação do carro" ter se mantido comportada, alguns itens tiveram aumentos expressivos, como bateria (115,27%), pneus (98,72%) e óleo lubrificante (96,59%) -os dois últimos sob influência do aumento dos preços do petróleo.
Os pedágios das rodovias também "foram grandes vilões para o motorista", segundo a FGV. A alta acumulada foi de 82,52%.

Combustíveis
O óleo diesel também teve uma alta expressiva (135,80%), mas seu peso para o consumidor final é muito pequeno. O combustível é usado prioritariamente na indústria e em frotas de veículos pesados.
A FGV considerou no levantamento 14 produtos e serviços destinados aos veículos, pesquisados mensalmente no IPC.
De acordo com André Braz, coordenador da pesquisa de índice de preços da FGV, o aumento dos itens relacionados aos veículos ficou comportado e até um pouco abaixo da inflação em razão principalmente dos aumentos menores da gasolina e do álcool.
A gasolina subiu 53,41% de 2001 até o primeiro semestre deste ano. O álcool teve alta acumulada de 47,46%. Os dois produtos são os de maior peso entre os gastos com automóveis no orçamento das famílias -3,37% no caso da gasolina e 0,44% no do álcool.
De acordo com Braz, o fato de a Petrobras evitar repasses automáticos das oscilações do preço internacional e buscar um alinhamento no longo prazo ajudou a conter os aumentos da gasolina, cujos preços "tiveram um comportamento muito bom".
Também subiram menos que a inflação média os serviços utilizados pelos motoristas, como estacionamento e garagem (29,34%), lavagem e lubrificação (36,47%) e reparos (44,13%).
"Os serviços têm seus preços regulados de um modo diferente. Não sobem como os produtos industriais. Estão mais atrelados à concorrência e à renda. Se subirem muito, a empresa perde o cliente", diz Braz.
As peças e acessórios para reposição também subiram menos do que a média -26,16%. Já o seguro do veículo ficou acima do IPC, com alta de 54,28% desde 2001.

Variação em 2007
No primeiro semestre deste ano, os itens ligados aos veículos subiram 0,49%. O IPC teve uma alta mais forte: 2,51%.
Os principais aumentos foram de gás natural veicular (8,44%), estacionamento e garagem (4,71%) e álcool combustível (4,71%).

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Livro: O Economista Clandestino



Acabei de ler a obra citada há cerca de uma semana. O livro de Tim Harford tem boas dicas para se economizar dinheiro e ajuda a entender a Economia Neoclássica, muitas vezes chamada de neoliberal. Antes de comprar, pesquise as livrarias pelo menor preço.


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Dicas para poupar

Um artigo da página do Financenter com boas dicas:

http://financenter.terra.com.br/index.cfm/Fuseaction/Secao/Id_Secao/1

Juros menores para a compra da casa própria com recursos do FGTS

Jornal do Brasil
2/8/2007


Em decisão inédita, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou ontem a redução em 0,5% da taxa de juros para financiamentos da casa própria com recursos do fundo. Segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego, os titulares de conta no FGTS serão beneficiados pela decisão. Atualmente, os trabalhadores pagam taxa de juros anual de 6% mais 2,16% referentes à Taxa Referencial (TR), com acréscimo dos custos bancários.
O Conselho Curador do FGTS anunciou ainda outras mudanças nas regras de empréstimos para casa própria com recursos do fundo. Uma delas é a ampliação da faixa de renda bruta familiar nas capitais e regiões metropolitanas, que subiu de R$ 3,9 mil para R$ 4,9 mil, e a ampliação no valor dos imóveis financiados pelo fundo.
Os valores dos imóveis também foram reajustados nas capitais e regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O valor do imóvel financiado passou de R$ 100 mil para R$ 130 mil. O valor passou de R$ 80 mil para R$ 100 mil nas demais capitais. Nas outras localidades do país passou de R$ 72 mil para R$ 80 mil.
De acordo com o Ministério, essa decisão deve beneficiar aproximadamente 80 mil trabalhadores. Os recursos poderão ser utilizados para aquisição de imóveis localizados em zonas urbanas residenciais ou para a construção de imóveis residenciais que tenham as mesmas características.

Oferta da BNDESPar atrai participação de 8,8 mil pessoas físicas

Gazeta Mercantil
2/8/2007


Os investidores pessoa física demonstraram forte interesse pela oferta pública de debêntures realizada pela BNDESPar. Prova disto é a participação de 8,8 mil pessoas físicas, mais que dobro do registrado na emissão anterior. A oferta movimentou R$ 1,35 bilhão.
Somando as duas séries previstas na oferta, os investidores de varejo ficaram com 180.985 debêntures. Na oferta anterior, 4,25 mil investidores pessoa física adquiriram 99,9 mil debêntures. Prevista inicialmente para a distribuição de 1 milhão de debêntures, a oferta foi ampliada em 35%, face à elevada demanda apresentada por investidores de varejo (pessoas físicas) e institucionais.
A operação foi realizada em duas séries, uma com taxa prefixada e outra indexada à variação do IPCA, ambas com valor nominal inicial de cada debênture de R$ 1.000,00. A série prefixada, cujo vencimento ocorrerá em janeiro de 2011, é composta por 550 mil debêntures (R$ 550 milhões) e oferecerá ao investidor uma taxa de juros de 11,20% ao ano. O rendimento equivale a um spread de 0,3% sobre o título equivalente do Tesouro (NTN-F), na data de fechamento do bookbuilding (processo de formação de preços). A série atrelada ao IPCA, cujo vencimento ocorrerá em agosto de 2013, é composta por 800 mil debêntures (R$ 800 milhões) e proporcionará ao investidor uma taxa de juros real de 6,80% ao ano, acima da inflação medida pelo IPCA. O rendimento equivale a uma diferença de aproximadamente 0,18% acima dos títulos equivalentes do Tesouro (NTN-B). Os spreads reduzidos refletem o baixo risco de crédito (Aaa.br pela Moody""s) desta emissão.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Plano da Brasilprev ajusta fatia em bolsa

Valor Econômico
1/8/2007


Danilo Fariello

A Brasilprev começa hoje a oferecer um plano de previdência que regula o risco do investimento conforme o participante se aproxima do momento da aposentadoria. O chamado plano "ciclo de vida" já é um produto popular nos EUA e no Chile, onde a seguradora americana Principal, sócia do Banco do Brasil na Brasilprev, já tem boa experiência nesse produto. No Brasil, a Icatu Hartford lançou planos nesses moldes em 2005.
A calibragem periódica do risco das carteiras se dá, principalmente, pela redução da parcela do patrimônio aplicada em renda variável, diz Eduardo Bom Angelo, presidente da Brasilprev. "As pessoas têm o mau hábito de esquecer a aplicação, mas, neste caso, o gestor fará os ajustes necessários", diz ele. São inicialmente três diferentes planos, que podem ser contratados conforme a data prevista para aposentadoria, a partir da qual os gestores regulam o risco.
O plano 2020, por exemplo, investirá agora de 20% a 30% do patrimônio apenas em renda variável. Aqueles planos para quem planeja se aposentar ao redor de 2030 terão de 34% a 42% em ações e os planos 2040 terão de 45% a 49% investidos em bolsa. Conforme o tempo passar e a aposentadoria chegar mais perto, a aplicação em ações será reduzida progressivamente. Os recursos em bolsa terão como meta seguir o Ibovespa.
Além das ações, os planos com perspectiva mais precisa da data de aposentadoria poderão também investir em papéis de renda fixa com vencimento mais longo, que tendem a oferecer melhor rentabilidade, apesar de oscilar mais.
Os novos planos de ciclo de vida da Brasilprev seguirão os modelos Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) e Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e as tabelas de tributação de IR progressiva ou regressiva. Por enquanto, os planos estarão disponíveis apenas para clientes dos segmentos Estilo e Private do Banco do Brasil, com taxa de administração de 2% ao ano e carregamento de 3% a zero, conforme o valor aplicado
Segundo o presidente da Brasilprev, esses modelos de previdência privada já são bastante populares no exterior e tendem a ganhar aplicadores também aqui. Ele lembra que cada vez mais participantes aplicam em planos com ações.
Para Bom Angelo, já é momento de mercado e governo retomarem discussões sobre a elevação ou mesmo extinção do limite de 49% para os planos de previdência investirem em ações, regra da Superintendência de Seguros Privados (Susep). "O juro caiu e o mercado de ações mudou, mas permanece a regra definida há dez anos."

Juros sobem com incerteza

Valor Econômico
1/8/2007


A instabilidade dos mercados trouxe boas oportunidades em alguns papéis do Tesouro Direto - sistema de negociação via internet de títulos públicos federais. As taxas de muitos títulos aumentaram, oferecendo novamente prêmios interessantes.
Nos títulos prefixados, as LTNs com vencimento em julho de 2009, por exemplo, pagavam 11,07% ao ano ontem, depois de terem chegado a pagar 10,41% em 4 de junho. Já os papéis indexados à inflação do IPCA, a NTN-B Principal, que paga juros somente no final, ofereciam ontem 6,30% para o vencimento de agosto de 2024. O papel chegou a oferecer 5,81% em 25 de maio.
Olhando o papel prefixado, uma taxa de 11,07% até 2009 pode ser interessante para o investidor que acredita que o governo vai continuar baixando os juros, explica Márcio Ezequiel, da corretora Ágora. Hoje, os juros da Selic estão em 11,50% ao ano e o mercado prevê pelo menos mais dois cortes de 0,25 ponto percentual. Se vier um corte maior, o investidor terá um ganho superior à Selic até 2009. "Mas isso depende do que o investidor pretende, se ele for conservador e quiser mais preservar o capital, pode optar por um papel indexado à inflação, que o protege em caso da situação sair de controle", explica ele. Nesse caso, ele recomenda papéis em IPCA mais longos, para aproveitar as taxas, ou seja, NTN-B, que pagam juro semestral, ou NTN-B Principal. O investidor pode ainda fazer uma mistura com uma parte do capital em pré e outra em pós, diluindo o risco.
O mercado de renda fixa começa a ter prêmios razoáveis, explica Alexandre Matias, diretor de renda fixa da Unibanco Asset Management (UAM). "Houve uma mudança de cenário que avaliamos que não seja definitiva, mas afeta a liquidez e isso traz prêmio para a curva de juros", diz. Mas dizer que o mercado tem prêmio não quer dizer que as taxas podem subir mais, alerta ele. Por isso, o que a UAM está fazendo é aumentar um pouco o risco, com cuidado.
Matias acha que a forte volatilidade do mercado torna a aplicação direta em papéis federais mais arriscada para a pessoa física. "O juro da NTN-B de dois anos hoje é atraente, mas pode ficar ainda mais em duas semanas", diz. Matias acha que a turbulência não deve levar o Banco Central a rever a tendência de queda dos juros. Isso aconteceria, acredita, apenas se o dólar subisse demais e pressionasse a inflação. "Estávamos em abril com o dólar a R$ 2,06 e, se ele voltar para isso, o impacto ainda é residual, mas isso parece distante", diz ele, que continua trabalhando com a moeda americana fechando o ano em R$ 1,95. Por isso, ele mantém a estimativa de Selic a 10,75% no fim deste ano. Matias não descarta, porém, a possibilidade de o dólar ter uma alta mais forte em algum momento. "O câmbio não acompanhou a alta do risco-Brasil e não acredito que isso vá acontecer, mas há esse risco", diz ele, que não recomenda a moeda como opção de investimento.
Para o investidor que quer diversificar, uma alternativa pode ser os fundos multimercados, que procuram tirar proveito desses movimentos de turbulência de maneira mais agressiva e têm gestores especializados para avaliar as melhores opções em juros, bolsa e dólar. Para os mais conservadores, a opção pode ser os fundos de renda fixa, onde o gestor se encarrega de escolher a hora de comprar os papéis prefixados e, com isso, dilui o risco. (AP)

Entre o bom e o mau agouro

Valor Econômico de 1/8/2007

Luciana Monteiro e Angelo Pavini
Valor Econômico


Agosto começa com sabor um pouco amargo para os investidores. Depois de o principal indicador da bolsa brasileira, o Índice Bovespa, ter registrado queda de quase 8% numa única semana e encerrado julho com perda de 0,39% - desde fevereiro o Ibovespa não ficava negativo nem perdia para a renda fixa, os aplicadores se perguntam o que esperar para este mês. Volatilidade promete ser a resposta e, junto com ela, a possibilidade de perdas. Os economistas dizem que a variação do preço do petróleo e as perdas com papéis hipotecários de maior risco ("subprime") nos Estados Unidos continuarão no centro das atenções. A dúvida no momento é se a turbulência já passou ou se este é apenas o início de uma crise de crédito americana, que trará impactos para o mundo todo.
A lição que ficou para o investidor depois do forte vai-e-vem de julho é que a volatilidade existe e está aí, algo que a maioria das pessoas já tinha esquecido diante de um mercado exuberante, diz André Schibuola, sócio da Precision Asset Management. "Muita gente estava colocando uma boa parte do patrimônio em bolsa e ficou claro o quanto é importante diversificar os investimentos", avalia. Para ele, momentos como estes servem para o investidor voltar a ter a real noção do risco a que está exposto. Na opinião de Schibuola, a turbulência do mês passado estabeleceu entre os investidores internacionais, principalmente entre os fundos de pensão americanos, uma nova percepção de risco, levando-os rumo ao conservadorismo. "Não houve mudança nos fundamentos econômicos e das empresas, mas é de se esperar volatilidade para este mês", diz.
Os chamados papéis "subprime", que tanto vêm chacoalhando os mercados, são recebíveis que representam créditos imobiliários de maior risco. Com o setor imobiliário americano passando por dificuldades, a negociação desses títulos ficou mais difícil, pois há menos interessados em comprá-los. Além isso, esses papéis começaram a dar prejuízos aos seus detentores. O problema é que não há dados consolidados sobre esse setor e, portanto, não se sabe o real tamanho desse mercado, lembra Vitor Hugo Roquete, sócio da Opus Investimentos. O que o mercado está de olho é se esse problema com os papéis "subprime" irá modificar as operações alavancadas que sustentam as bilionárias fusões e aquisições, diz. Para ele, o mercado continua forte, mas requer mais cuidados na escolha dos papéis. Entre os setores interessantes, Roquete cita as ações que se beneficiam com o crescimento do país como consumo e infra-estrutura.
O movimento de aversão ao risco é global e, no longo prazo, os fundamentos da economia tendem a falar mais alto, com níveis de crescimento mundiais satisfatórios, avalia Marcelo Assalin, diretor da SulAmérica Investimentos. Segundo ele, os estrangeiros reduziram suas posições vendidas em dólar (apostando na queda) na BM&F de US$ 18 bilhões no fim de maio para US$ 2,4 bilhões ontem. Em contrapartida, temos um ator novo no mercado, que é o setor de fundos, com forte ingresso de recursos em multimercados e ações, diz. Para Assalin, a correção trouxe oportunidades de compra na bolsa, como o setor bancário.
A tendência do mercado acionário no curto prazo é continuar intercalando momentos de euforia com pânico, afirma Ronaldo Patah, responsável pela área de renda variável da Unibanco Asset Management (UAM). Apesar disso, ele acredita que os fundamentos da economia se mantêm e continua com a projeção de 62.500 pontos para o Ibovespa em 12 meses. "A bolsa perto dos 52 mil pontos é oportunidade de compra", diz. Uma coisa que pode mudar o cenário é risco-Brasil - que passou dos 210 pontos base - não voltar para um nível perto de 170 pontos, o que significaria um aumento de custo das empresas e levaria a uma revisão de seus preços justos. "Não acho que seja o caso, mas há o risco."
Para quem quer entrar na bolsa e procura papéis mais defensivos, Patah sugere empresas que pagam bons dividendos. Em seguida, certos setores como os de energia elétrica e telecomunicações fixas, como Telesp, por exemplo. Ambos os setores não subiram muito no ano e têm fluxo de caixa estável e, no caso de energia, há perspectiva de aumento de tarifas para cobrir os investimentos necessários. Outros setores são saúde e educação. Petrobras também pode ser uma opção, afirma Patah, pois subiu pouco no ano e está sendo beneficiada pela alta do petróleo.
Para se ter noção da forte oscilação do Ibovespa em julho, até o dia 23, o indicador acumulava no mês alta de 6,70% enquanto o dólar caia 4,56%. Já no dia 30, o Ibovespa tinha pequena alta de 0,33% e o dólar apresentava queda de 2,85% no mês. "Outro dado importante é o possível efeito negativo que esse ajuste de preços trará aos diversos ativos em fundos alavancados ao redor do mundo, fato que ampliaria a queda das bolsas", lembra o administrador de investimentos Fabio Colombo. O CDI, referencial para os fundos de renda fixa, encerrou julho com alta de 0,97%. Já o IBrX-50, referência para o fundo PIBB, fechou positivo em 1,19% graças à Vale do Rio Doce.
Para quem quer ficar na renda fixa, mas pretende arriscar um pouco mais, os fundos que aplicam em papéis prefixados podem ser uma opção. Segundo Assalin, da SulAmérica, o mercado prevê mais dois cortes da taxa básica de juros (Selic) até o fim do ano, mas o executivo acredita que há espaço para pelo menos três quedas até dezembro. "Isso quer dizer que há prêmio e a renda fixa se apresenta como boa opção", diz.

Com turbulência, Bolsa perde para a renda fixa em julho

Folha de São Paulo de 01/08/2007

Bovespa encerra mês com baixa de 0,39%; CDBs (+0,95%) e fundos DI (+0,91%) lideram

Desde fevereiro, mercado acionário não rendia menos que aplicações atreladas a juros; mas, em 12 meses, valorização ainda é de 46,1%

FABRICIO VIEIRADA

REPORTAGEM LOCAL

As quedas sofridas na semana passada fizeram com que a Bovespa perdesse em retorno no mês para aplicações atreladas aos juros, o que não ocorria desde fevereiro. Em julho, o índice Ibovespa -o principal da Bolsa paulista- terminou com recuo de 0,39%. Os CDBs e os fundos DI foram as melhores opções de julho e deram retorno médio mensal de 0,95% e 0,91%, respectivamente.Os fundos de renda fixa, a maior categoria do mercado, subiram 0,88% no mês recém-encerrado.Com a baixa mensal, a Bolsa de Valores de São Paulo teve desempenho inferior até mesmo ao da caderneta de poupança, que pagou 0,65%.A última semana de julho foi ruim para os mercados acionários nas principais praças financeiras do mundo, devido a uma onda de pessimismo e temor em relação à crise que assola o mercado de crédito imobiliário norte-americano. O medo é que essa crise se espalhe por outros segmentos, afetando o desempenho da maior economia do mundo. Com esses temores, a ordem que prevalece é a de vender ações."Mas, se pensarmos na Bovespa de um ano para cá, tem uma gordura muito grande, uma alta bastante forte acumulada", afirma Pedro Paulo Silveira, economista da Grau Gestão de Ativos.Alta em 12 mesesEm 12 meses, a Bovespa se mostra imbatível, com valorização acumulada de 46,1%. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) deram rentabilidade em torno de 12,6% no período, e os fundos DI, de 12,3%.Mesmo com as perdas sofridas pela Bolsa, um dos destaques de julho foram os fundos FGTS, que chegaram ao fim do mês com ganhos expressivos. Os fundos FGTS/Vale do Rio Doce registravam alta de 5,28% no último dia 27. E os fundos FGTS/Petrobras tinham valorização de 3,75% no período.O dólar, apesar do mercado mais tenso, encerrou o mês passado com queda de 2,38%, vendido a R$ 1,883.Se o mercado não tivesse sido afetado pela realização de lucros da última semana, a Bolsa paulista tinha tudo para liderar os ganhos mensais, como tem ocorrido desde março.No dia 23, a Bovespa acumulava valorização de 6,7% no mês. Foi aí que a rentabilidade do mercado acionário começou a ser engolida pelo vendaval que abalou as Bolsas mundiais."O mercado imobiliário americano vem dando alertas de que passa por dificuldades há algum tempo. E até há pouco os mercados financeiros vinham resistindo à contaminação", afirma Silveira.DiversificaçãoQuem também teve um mês fraco foram os fundos multimercados com renda variável. Esse tipo de aplicação financeira tem ganhado cada vez mais o interesse dos investidores. A sua particularidade é a de poder montar carteiras bem variadas, mesclando papéis que pagam taxas de juros e ações. Em julho, até o dia 27, os multimercados com renda variável apontavam uma queda mensal de 0,29%.Uma notícia relevante para os investidores em julho foi a mudança anunciada pelo Banco Central em um dos componentes de cálculo do rendimento da poupança. Os efeitos dessa mudança, que tornará a rentabilidade da poupança mais atraente, só serão sentidos mais para o fim do ano.Dúvidas à frenteOs investidores têm de enfrentar agora um cenário mais turbulento na hora de alocar suas economias. Vender ações nos momentos de baixas mais fortes significa aceitar as quedas que os papéis sofreram. Por isso, analistas sempre aconselham que a Bolsa deve ser encarada como uma aplicação de longo prazo. Dessa forma, crescem as chances de quedas como as sofridas nos últimos dias serem revertidas."Em agosto, seguimos dependentes do desdobramento da crise do mercado imobiliário americano, além de notícias e indicadores de crescimento e inflação dos EUA e China. Se os dados continuarem a indicar piora do mercado imobiliário, as Bolsas devem seguir em queda", diz Fábio Colombo, administrador de investimentos."Após as fortes altas dos últimos anos e meses, as Bolsas ao redor do mundo ainda estão em patamares muito elevados, o que amplia a possibilidade de uma correção mais forte nos preços das ações", completa Colombo.

terça-feira, 31 de julho de 2007

A educação como prioridade

Jornal da Tarde de 31/07/2007

Previdência privada se torna uma das opções para os pais pouparem e garantir o estudo dos filhos

Fabrício de Castro, fabricio.castro@grupoestado.com.br

A previdência privada aos poucos está deixando de ser complemento de aposentadoria para virar coisa de criança, graças aos pais preocupados com o futuro. Atentos para os custos da educação e com o início da vida profissional dos filhos, cada vez mais casais decidem contribuir para planos logo depois do nascimento da criança. Existem opções a partir de R$ 25.Para os pais, a poupança em nome do filho traz tranqüilidade financeira. Ao completar 18 anos, o jovem usará o dinheiro para pagar a universidade, fazer um curso no exterior ou abrir um negócio próprio. 'Com a estabilidade da economia, as pessoas estão aprendendo que, quanto mais pouparem agora, maiores serão as reservas no futuro', explica Marco Antônio Rossi, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) e presidente do Bradesco Vida e Previdência.Em maio, as aplicações em previdência privada chegaram a R$ 2,25 bilhões - um crescimento de 30,43% em relação ao mesmo mês do ano passado. Desse total, R$ 137,63 milhões foram para os planos voltados para menores de idade - um acréscimo de 92,5%, que já acirra a concorrência entre os bancos .Quem investe na previdência do filho percebe os benefícios lá na frente. O consultor Milton Dallari, presidente da Associação dos Aposentados da Fundação Cesp, calcula que, hoje, a aplicação de R$ 60 por mês pode render até R$ 30 mil quando o filho estiver entrando na faculdade. 'Sem dúvida, os pais vão agradecer no futuro a chegada desse dinheiro', diz Dallari.Nos bancos, é possível encontrar planos de previdência para jovens de até 23 anos, com custos mensais a partir de R$ 25. A rentabilidade vai depender das aplicações feitas belo banco, de acordo com a carteira oferecida, mas, segundo Dallari, o que engorda o bolo são as contribuições regulares ao longo dos anos.Quando atinge a idade adulta, o filho pode resgatar o dinheiro de uma só fez, transferi-lo para outro plano de previdência - agora, de olho na aposentadoria - ou receber aportes fixos todos os meses, durante um prazo determinado.Com medo do que vem pela frente, o analista de sistemas Darcio Ramos Camargo, 27 anos, e a jornalista Valéria da Lapa de Deus Santana, 30, contrataram um plano de previdência para o filho Ian, 1 ano, logo depois que ele nasceu. 'Passei a aplicar em previdência privada em 2005, quando morei no Canadá. De volta ao Brasil, comecei a pagar faculdade e, com o nascimento do Ian, percebi que ele precisaria de uma ajuda financeira quando crescesse', conta Camargo, que paga R$ 100 por mês para o filho.O analista ainda contribui com um plano individual para sua própria aposentadoria, enquanto Valéria paga outros R$ 50. 'A previdência do Ian também me deixa mais tranqüilo. Pelo plano, se algo acontecer comigo, ele receberá uma mesada de R$ 500 até a idade adulta', afirma o analista, que contratou o benefício de pecúlio.Para Paulo Roberto Wagner, 53 anos, a previdência privada chegou tarde. 'Trabalhava numa empresa de telefonia e, ao me aposentar, peguei parte do dinheiro e fiz dois planos de previdência.' Wagner quer usar os planos para não depender do INSS. 'Mas confesso que, hoje, as pessoas começam mais cedo. Isso é o ideal.'Dallari lembra que, além das vantagens fiscais, a previdência obriga as famílias a poupar. 'Como estamos no Brasil, quando sobra recursos a tendência é que a pessoa compre um carro melhor ou roupas novas', critica.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sobre conselhos

Caros leitores,

O objetivo do blog não é aconselhar vocês a investir em A ou B, mas proporcionar ferramentas para que decidam o que é melhor para suas vidas. Não sou um profissional habilitado para aconselhar investimentos. Para isto é necessário ter um certificado CPA10 ou CPA20.

Mas tenho alguns princípios que sigo para investir dinheiro.

  1. Ganhe dinheiro para viver ao invés de viver para ganhar dinheiro;
  2. Desconfie de propostas mirabolantes como bois, avestruzes, pirâmides, etc;
  3. Procure comprar ativos diretamente do vendedor, intermediários deixam a transação cara e menos confiável e
  4. Procure produtos com taxas baixas e que paguem pouco imposto de renda.

Dívidas: cortar juros é a 'alma do negócio'

Do portal G1:

http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL78915-5599,00.html

Até R$ 5 mil, só a poupança vale

Jornal da Tarde de 30/07/2007

Apenas a Caixa tem fundos de renda fixa, com taxa até 2%, que compensam para quem aplica este valor

CHARLISE MORAIS, charlise.morais@grupoestado.com.br

Para quem tem pouco dinheiro para investir e está na dúvida entre aplicá-lo em poupança ou em fundos de renda fixa, a primeira alternativa é a mais vantajosa. Isso porque uma medida técnica tomada pelo governo recentemente visa a impedir uma futura perda de rentabilidade da caderneta. Além disso, com a incidência de tributação e taxas, os fundos acabam tendo seu lucro diminuído.O Jornal da Tarde percorreu os principais bancos com a seguinte pergunta: qual fundo de renda fixa dá retorno melhor do que a poupança se aplicados inicialmente até R$ 5 mil? A resposta: apenas quatro fundos administrados pela Caixa Econômica Federal (ver quadro). Nas outras instituições financeiras, a poupança se mostrou mais vantajosa. Isso porque só vale a pena investir nos fundos de renda fixa se eles cobrarem uma taxa de administração inferior ou igual a 2% ao ano. E somente a Caixa oferece esse produto para uma aplicação inicial de até R$ 5 mil. Esse mesmo banco ainda tem um fundo com taxa abaixo de 2% ao ano, porém, o investimento mínimo é de R$ 10 mil.Nos outros bancos consultados, a taxa de administração para aplicações iniciais até esse valor variam de 2,5% a 5% ao ano. O investidor deve descontar ainda do lucro o Imposto de Renda - que varia de 15% a 22,5% do total, conforme o tempo que o dinheiro fica aplicado.CálculoO rendimento dos fundos de renda fixa é corrigido pela Taxa Básica Financeira (TBF). Segundo o professor e especialista em matemática financeira, José Dutra Vieira Sobrinho, a TBF corresponde a cerca de 95% da taxa básica de juros, a Selic. 'Se a Selic cai, a TBF cai na mesma proporção', explica.O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu, no último dia 18, em 0,5 ponto porcentual a Selic, que caiu de 12% para 11,5% ao ano, e há perspectiva de que a taxa sofra novas baixas até o final de 2007, nas próximas reuniões que serão realizadas para tratar do assunto.A TBF também afeta a poupança, por fazer parte do cálculo - como uma espécie de redutor - de uma outra taxa, a Taxa Referencial (TR), que é o indicador que define o rendimento das cadernetas.No dia 19 deste mês, o BC promoveu um ajuste na tabela de correção da TR. Esse ajuste vale quando a TBF ficar abaixo de 11% ao ano e garante que a TR não fique negativa, o que evita uma diminuição nos rendimentos das cadernetas.Com a medida, o rendimento dos fundos deve ficar semelhante ao da poupança, que é de TR + 0,5% ao mês, totalizando cerca de 0,61% mensais. Mas a vantagem da caderneta está justamente no fato de não haver cobrança de taxa de administração, nem incidência de Imposto de Renda. 'A poupança terá cada vez mais vantagem competitiva em relação aos fundos', garante Dutra.Para que os fundos de renda fixa fiquem mais atrativos para o pequeno investidor, de acordo com o especialista, os bancos precisam baixar as taxas de administração dessas operações. Ele ressalta ainda que esses fundos só são vantajosos para os grandes investidores, que aplicam altas somas de dinheiro, por períodos longos e que, por isso, pagam uma taxa de administração bem menor do que os pequenos investidores.Para comparar a rentabilidade entre as aplicações, Dutra fez cálculos que mostram que, quanto mais cair a Selic e, conseqüentemente, a TBF, mais vantajoso ficará aplicar na poupança.Nas contas ( veja acima), o especialista em matemática financeira utilizou diferentes taxas de administração dos fundos, com rendimento mensal bruto igual à TBF e uma alíquota única de Imposto de Renda de 20%.

ENTENDA AS SIGLAS E SUAS APLICAÇÕES

TBF - Taxa Básica Financeira e TR - Taxa Referencial São calculadas a partir da remuneração mensal média dos certificados e recibos de depósito bancário (CDB/RDB) emitidos a taxas de mercado prefixadas,com prazo de 30 a 35 dias corridos, inclusive, pelas instituições que compõe a amostra constituída dos 30 maiores bancos do País

PRINCIPAIS USOS: A TR remunera os depósitos em caderneta de poupança, acrescida de juros de 0,5% ao mêsSELIC É a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federaisA Selic registra e processa a negociação e liquidação de operações com títulos públicos (dos tesouros municipal, estadual e federal e do BC). As operações são de compra e venda de títulos públicos, de propriedade da instituição ou de seus clientes. A Selic é a taxa básica de juros da economia e serve de referência para todas as outras cobradas pelos bancos

Bolsa é para longo prazo, dizem analistas

Folha de São Paulo de 30/07/2007

Apesar de turbulência, especialistas não recomendam deixar investimento em ações em momentos de queda brusca
Mesmo com recuo de 7,8% na semana, Bovespa ainda tem ganho de 19% no ano, contra previsão de 12% para a renda fixa em todo 2007

FABRICIO VIEIRADA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo deu um susto nos investidores na semana passada, com fortes oscilações e perdas consideráveis. Nesses momentos mais turbulentos, investidores questionam se não seria a hora de vender suas ações ou sair dos fundos de ações.Analistas e consultores financeiros lembram que o mercado acionário deve ser procurado por quem busca um investimento de longo prazo. Dessa forma, os pregões ruins da semana passada não devem ser motivo para fugir desse tipo de aplicação.Ao menos por enquanto os investidores têm demonstrado compreensão dessa regra. Diferente do que acontecia há não muito tempo, os saques nos fundos de ações não foram pesados na semana passada."Apesar de toda a semana conturbada que tivemos, o fluxo de recursos para nossos fundos de ações se manteve positivo", disse o superintendente de renda variável do banco Itaú, Walter Mendes.O Ibovespa, índice que acompanha as 59 ações mais negociadas da Bolsa, acumulou pesada desvalorização de 7,8% na semana passada.A Bolsa de Valores de São Paulo sofreu contágio do mau humor que derrubou os mercados globais. Crescentes temores em relação aos desdobramentos da crise no setor de crédito imobiliário nos EUA e novas altas do petróleo fizeram grandes investidores venderem ativos de maior risco pelo mundo, especialmente ações.Entre segunda e quinta-feiras da semana passada, os fundos de ações tiveram captação líquida (diferença entre os saques e as aplicações) positiva de R$ 920,7 milhões no Brasil. Os números são do site Fortuna, especializado no acompanhamento do mercado de fundos.Para quem entrou na Bolsa no começo do ano, a alta acumulada em 2007 ainda é expressiva: 19%. Os fundos de renda fixa, a categoria mais procurada pelos investidores, deve dar rentabilidade em torno de 12% neste ano."Em períodos de maior turbulência, entrar em pânico e correr para fazer resgates das aplicações [em ações] significa fazer mau negócio", avalia o administrador de investimentos Fábio Colombo."O movimento de queda ainda é pequeno se pensarmos no quanto a Bolsa já subiu no ano. Como a Bolsa atravessa seu quinto ano seguido de alta, muitos investidores ficaram mal-acostumados", diz ele.O crescimento dos fundos de ações tem sido considerável neste ano. Com os juros em queda e a Bolsa em patamares recordes, os investidores começaram a migrar com maior interesse para o mercado de ações. Isso fez com que os fundos de ações passassem a representar quase 11% de toda a indústria de fundos, sendo esse o mais elevado percentual em uma década.Se por enquanto não foi notada uma debandada dos fundos de ações, os analistas não podem prever que isso não irá ocorrer se o atual cenário ruim se prolongar ou mesmo piorar."O investidor em fundos de ações está hoje muito mais maduro, já não se assusta tão facilmente com as oscilações da Bolsa. O investidor pessoa física está aprendendo a não olhar para a Bolsa apenas como uma oportunidade de ganho rápido, mas como uma forma de investimento", diz Mendes, do Itaú.A queda da Bolsa se reflete de forma distinta em cada ação, pois representa uma média dos papéis mais negociados. Dessa forma, sempre há ações que caíram mais do que a Bovespa em determinado período e outras que até subiram. Essas oscilações se refletem também nos fundos de investimento.Um bom exemplo é o pregão de terça passada. Enquanto a Bovespa caiu 3,86%, houve fundos de ações que chegaram a perder 12% no dia. Na outra ponta, houve fundos que subiram, sendo que alguns chegaram a ter ganho de até 4%."Se o investidor sacar sua aplicação no primeiro momento de oscilação mais forte da Bolsa, provavelmente ele errou de investimento quando escolheu ações", afirma a consultora de investimentos Márcia Dessen, da Bankrisk. "Já, se quando ele investiu seu horizonte de tempo era longo, é provável que não irá fazer nada agora", completa Dessen.

Gráficos pressagiam novas quedas para o Ibovespa

Valor Econômico de 30/07/2007

Adriana Cotias


A virada do Ibovespa na semana passada não dá pistas sobre o rumo que o principal termômetro do mercado acionário brasileiro tomará, embora, no curto prazo, os gráficos sinalizem que os ajustes podem prosseguir. Para os analistas técnicos, que se guiam pela figuras estatísticas para projetar o comportamento médio da bolsa, esta será uma semana decisiva e há importantes pontos de suporte (níveis que pode desencadear compras) para o índice testar.
Ao cair abaixo dos 54 mil pontos, o Ibovespa rompeu definitivamente um canal de alta iniciado em março, após o estresse capitaneado pela China, segundo análise do diretor da CMA Educacional, Eduardo Matsura. Pelos seus traçados no gráfico diário, os próximos pontos a serem testados serão os 52 mil pontos e depois os 50 mil pontos. Na leitura das estatísticas semanais, que dão mais uma visão de médio e longo prazos, os suportes estão em 46 mil pontos e, no pior cenário, em 42.500 pontos. "Olhando o semanal, esse é o primeiro momento de reversão do índice, de fato", diz.
O Ibovespa deve prosseguir no seu movimento de realização de lucros até bater em algo entre 51.700 pontos e 49.700 pontos, na avaliação do analista técnico da Itaú Corretora, Márcio Lacerda. Se respeitar esses níveis, a tendência de alta estará preservada e o índice pode buscar, no longo prazo, os 62.300 pontos, encostando nos 70 mil pontos em março do ano que vem. Já se cair abaixo dos 49.700 pontos, o poço deve ser em 46.700 pontos, retomando a pontuação de janeiro.
Já Fausto Botelho, sócio da Enfoque e tradicional grafista do mercado, recorre às "seqüências de Fibonatti" - teoria que diz que tudo na natureza tem padrões de comportamento que se repetem, obedecendo certas freqüências matemáticas - para prever uma correção mais drástica do Ibovespa. Ele assinala que, desde 1966, salvo duas exceções, todas as vezes que o índice teve oscilações - para baixo ou para cima - com a amplitude da atual, houve uma correção inicial de 38%, na faixa de proporções de Fibonatti. Isso levaria o Ibovespa para a casa dos 32 mil pontos. Para se ter uma idéia, na onda de alta atual, que começa em maio de 2004, até o pico de 19 de julho último, quando o índice fechou em 58.124 pontos, houve uma valorização nominal de 230%.
Para Botelho, se o Ibovespa recuar a 32 mil pontos e voltar a subir, graficamente não há prejuízo à longa tendência de alta iniciada em outubro de 2002, quando Lula, então candidato à Presidência, selou as pazes com o mercado na sua carta ao povo brasileiro.

domingo, 29 de julho de 2007

Carro: você sabe quanto ele realmente custa para você?

Um artigo para reforçar a necessidade de calcular o quanto um carro consome do seu orçamento. Assim é possível comprar um automóvel que caiba no seu bolso.

http://dinheiro.br.msn.com/especiais/carro/artigo.aspx?cp-documentid=4134657
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