sábado, 3 de novembro de 2007

Há poucos 07/07 à venda

Jornal da Tarde 03/11/2007

com estoques de revendas baixos, é preciso ‘garimpar’ bastante para achar ofertas

ANA MORANO, ana.morano@grupoestado.com.br

Os recordes de vendas de carros novos este ano no Brasil deixaram as concessionárias praticamente sem estoque. Nesta época, em outros tempos, ainda era possível encontrar versões daquele ano com bons descontos ante as versões do ano seguinte. E em pleno novembro já quase não se acha modelos 07/07.

“Este ano foi atípico, as vendas foram maiores que a capacidade de produção das fábricas. Não foi necessário fazer promoção para esgotar o estoque de 2007 ”, diz Teles Zolezi, gerente Comercial do Grupo Volkswagen Sabrico.

Nas lojas do Grupo Viamar, rede Chevrolet, o mesmo aconteceu. “As condições de financiamento a longo prazo oferecidas pelo grupo este ano aumentaram a demanda por carros novos e tivemos que repor o estoque com veículos 2007/2008 antes do previsto”, afirma Orlando Arrifamo, gerente de Veículos Novos da unidade Morumbi da Viamar.

Descontos

Para Paulo Roberto Garbossa, da ADK Consultoria, quem comprar um carro 07/07 tem que garantir desconto entre 10% e 15%, isto se o carro com modelo 2008 não sofreu uma mudança significativa no visual ou então tenha recebido novo motor, ou transmissão, por exemplo. “Nestes casos, o desconto terá que ser de pelo menos 20%, para que a compra seja um bom negócio”, adverte.

O desconto entre 07/07 e 07/08 é importante porque o valor de revenda do carro leva em conta o ano-modelo e não o ano-fabricação. E o 07/08, além de ser mais valorizado, tem a vantagem de pagar IPVA sobre o ano-fabricação.

Para Airton Fontes, da Agência M. Santos, especializada em varejo automotivo, está difícil achar promoções em razão do aquecimento das vendas e dos muitos feirões realizados este ano.

Mas é preciso “garimpar” bastante antes de fechar negócio. No Grupo Lemar, rede Ford, há um EcoSport XLT 2.0 automático por R$ 55.890. Em relação à tabela da Ford, o desconto é de 15%, mas é importante lembrar que o carro mudou o visual na linha 2008.

“Quem costuma trocar de carro regularmente, a cada dois anos, certamente nem irá olhar para ultrapassados, pois faz questão de ter o que é novidade. Mas quem quer um novo e tem planos de ficar com ele por mais de quatro anos, pode adquirir um defasado sem problemas, pois neste tempo o carro já terá depreciado o suficiente”, argumenta Garbossa.

Na Fiat Ventuno do Morumbi, de 07/07 restam apenas algumas unidades do Siena ELX, cujo 2008 chega reestilizado este mês às lojas. “Os descontos para o Siena estão entre 12% e 13% ”, afirma o gerente Nivaldo Hilário.

Na Peugeot Pavillon há um 407 2.0 que está com R$ 10 mil de desconto sobre o preço de R$ 98 mil.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Caiu na rede é flipper

Pequenos especuladores são barrados no lançamentos de ações da Bovespa. É possível escapar dessa armadilha?

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/528/artigo65581-1.htm

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Antes de investir, pense quanto quer perder

Valor Econômico
De São Paulo
01/11/2007



"O Melhor Conselho sobre Investimentos que Eu Já Recebi" - De Liz Calman. Larousse do Brasil. 160 páginas, R$ 19,90


Com a Bolsa de Valores de São Paulo batendo recordes sucessivos semanalmente, muitos investidores passaram a sonhar em se tornar uma espécie de Warren Buffet ou, para citar um exemplo nacional, de um Lázaro de Mello Brandão, do Bradesco. Mas quais são os pontos fundamentais na carreira de profissionais como estes que determinaram o caminho do sucesso financeiro?


No livro "O Melhor Conselho sobre Investimentos que Eu Já Recebi", recém-lançado pela Larousse do Brasil, a jornalista especializada em negócios da rede de TV americana CNBC Liz Claman revela o que nomes pesados do mercado financeiro consideram o ponto essencial de suas vidas profissionais.


Donald Trump, por exemplo relembra uma frase de seu grande mentor: "Meu pai dizia que qualquer coisa que pareça boa demais para ser verdade será mesmo boa demais para ser verdade", conta o megainvestidor americano do setor imobiliário. Trocando em miúdos, Trump recomenda cautela na hora de investir. "Sua sugestão era simples: antes de investir, avalie quanto dinheiro está disposto a perder", prossegue.


Buffet, por exemplo, não compra idéias ou modismos. Ela sempre compra empresas. Caso ele vá apostar em uma, demonstrará como uma criança faria com um rádio velho, tentando descobrir como todos os fios e pequenas peças funcionam. O seu ponto de mudança aconteceu quando tinha 19 anos e leu o livro "The Intelligent Investor", de Benjamin Graham. Seu princípio básico pode ser resumido em um: é preciso olhar para uma ação como sendo ela parte de um negócio, e não algo que lhe tem luz própria ou algo que seu corretor ou vizinho lhe indique.


Esses dois depoimentos são complementados por mais 52 outros nomes. Entre eles: Fábio Barbosa, Roberto Irineu Marinho, Emílio Odebrecht, Abram Szjaiman, entre outros.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Prestação é, em média, 20% menor que a do SFH

Lino Rodrigues
O Globo
31/10/2007

Especialistas prevêem que mudança causará redução dos juros também em outros bancos

O consumidor com renda acima de R$4,9 mil que financiar a casa própria com recursos do FGTS terá uma redução, média de 20% na prestação inicial do imóvel, e de até 18% no total do empréstimo. Um financiamento de R$245 mil, por exemplo, em 30 anos, teria uma redução de 22,6% na parcela e de 18,3% no total do empréstimo em relação a uma mesma operação no Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A simulação foi feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) e levou em conta juros de 12% mais TR (SFH) e 8,66% mais TR (FGTS).

Para especialistas, a medida deverá trazer para o mercado compradores que não tinham acesso aos recursos do Fundo, o que aumentará a competição no sistema financeiro, reduzindo os juros dos empréstimos que não usam dinheiro do FGTS.

- Quem puder deve esperar um pouco mais antes de fazer este financiamento, e se beneficiar desta condição melhor que entrará em vigor em janeiro de 2008 - explica o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ), Roberto Kauffmann, também prevê queda nas taxas com a competição entre os bancos.

- A medida faz justiça aos legítimos donos do dinheiro, que são todos os trabalhadores e não somente uma parcela deles como era até agora - disse Kauffmann.

Nova linha exige saldo de 10% do valor do imóvel

Jornal da Tarde 31/10/2007

Governo anuncia as regras para a classe média financiar imóveis de até R$ 350 mil pelo FGTS


Os interessados em financiar a casa própria pelas novas regras aprovadas ontem pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)deverão ter saldo no Fundo correspondente a, no mínimo, 10% do valor do imóvel para terem acesso ao crédito. Essas pessoas poderão comprar imóveis de até R$ 350 mil com financiamento máximo de R$ 245 mil em até 30 anos. Os juros serão de 8,66% ao ano mais TR.

A nova linha de empréstimo vale para quem tem renda familiar superior a R$ 4,9 mil mensais e conta vinculada há, pelo menos, três anos.

O Conselho Curador aprovou, também ontem, medida para facilitar o uso do FGTS no abatimento de prestações e saldo devedor de empréstimos habitacionais. O trabalhador que tiver conta no FGTS há mais de três anos poderá sacar seus recursos para pagar até 80% do valor das prestações ou do saldo devedor dos financiamentos.

A medida beneficia principalmente trabalhadores com renda mais alta. Hoje, só quem ganha até quatro salários mínimos (R$ 1.520) pode abater 80% do saldo ou das prestações. Quem recebe entre quatro e 12 mínimos (R$ 4.560) só pode abater 60%. Para quem ganha acima disso, o limite é 40%. Essas mudanças determinadas pelo Conselho entram em vigor a partir de janeiro de 2008.

Na contagem dos três anos de trabalho sob o regime do FGTS, segundo a Caixa, são somadas todas as contas de FGTS (período de trabalho) do trabalhador na mesma empresa ou em empresas diferentes. Não importa se entre um emprego e outro tenha havido uma interrupção. É preciso apenas que a soma total dos dias de cada contrato atinja os três anos. Assim, quem não preenche essa condição e quer comprar imóvel acima de R$ 130 mil ficará ainda com o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) como única opção. O SFH usa recursos da poupança.

Outra restrição na linha do FGTS é que o pretendente não pode ter outro imóvel no mesmo município onde está fazendo a nova aquisição. No SFH, é possível financiar mais de um imóvel na mesma localidade, desde que o comprador não utilize seu próprio FGTS.

Diferença

Segundo Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a medida de ampliação do volume de empréstimos deverá estimular ainda mais a competição entre as instituições financeiras, com redução do custo dos empréstimos, mesmo aqueles realizados com recursos livres, não relacionados ao SFH e tampouco ao FGTS.

Simulações realizadas por ele para financiamentos de 10, 20 ou 30 anos (veja quadro nesta página)mostram que a economia proporcionada pelo sistema FGTS ante o SFH pode chegar a 18,30%. É o caso da diferença de um financiamento para 30 anos. Um empréstimo de R$ 245 mil pelo SFH custaria, ao final do prazo, R$ 740.999,97. Se financiado com recursos do FGTS, ao final o consumidor desembolsaria R$ 605.378,71. A economia supera os R$ 135 mil. Uma das diferenças, afirma Oliveira, está nos juros. Isso porque, pelo SFH, são cobradas TR mais 12% ao ano, e sobre recursos do FGTS incidem a TR mais juros anuais de 8,66%. De acordo com Oliveira, quem puder esperar até o início de janeiro para comprar o imóvel, melhor fazê-lo, a fim de se beneficiar das novas regras.

Para ele, o volume de R$ 1 bilhão que o Conselho autorizou que a Caixa use na concessão de cartas de crédito dessa nova linha é muito baixo. “Considerando que os financiamentos sejam feitos pelo teto de R$ 245 mil , será possível financiar apenas 4.081 imóveis.”

FINANCIAMENTOS HABITACIONAIS

Cada trabalhador com carteira assinada tem contas individuais e vinculadas ao FGTS que podem ser sacadas para aquisição da

casa própria, por demissão sem justa causa, em caso de doença grave ou estado terminal, aposentadoria e falecimento

A partir de janeiro de 2008, uma nova linha de financiamento permitirá que trabalhadores cotistas do FGTS, com renda
superior a R$ 4,9 mil, possam obter empréstimos bancários com recursos do FGTS, cujos juros são mais baratos que
a média do mercado

O valor do imóvel para essa nova linha não pode superar R$ 350 mil e o empréstimo estará limitado a R$ 245 mil

A partir de janeiro de 2008, o cotista poderá fazer saques
de até 80% do saldo do Fundo para pagar prestações ou saldo
devedor de financiamento habitacional. Não haverá mais vinculação entre renda e limite para o saque para este fim

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Efeito Taxa de Administração

Muito se fala da importância de escolher um fundo que tenha baixa taxa de administração. Uma simulação na página do Banco Central do Brasil e de dados de fundos de um dos 5 maiores bancos Brasileiros trouxe o seguinte resultado para os últimos 12 meses:

Poupança 7,38%
Fundos
Taxa de Administração Rentabilidade líquida Aplicação mínima
4,2% 6,68% R$100,00
2,7% 8,06% R$10.000,00
1,0% 9,62% R$100.000,00

E se você tem menos de R$10.000,00 e quer ganhar mais que a poupança? Há o Tesouro Direto, o link está à esquerda no Blog.

domingo, 28 de outubro de 2007

Negociação segura requer dados

O Estado de São Paulo 28/10/2007

Checar documentos como o certificado de ônus reais do imóvel pode prevenir de futuros problemas e prejuízos

Renata Gama

Em meio a tanta oferta de apartamentos na planta por todos os lugares, é preciso tomar várias medidas de precaução antes de assinar um contrato. É necessário sempre ter em mente que a compra de um imóvel envolve investimento alto e, muitas vezes, implica em dívidas de longo prazo e riscos para o comprador.

De acordo com o advogado Hamilton Quirino, presidente da Associação Brasileira dos Advogados do Mercado Imobiliário (Abami), a primeira dica é não fechar o negócio por impulso. “Deve-se evitar comprar imóveis no dia do lançamento atraído pelas festas e coquetéis”, afirma. Isso porque é necessário que o comprador tenha tempo para verificar documentos do imóvel e as condições do contrato antes de se comprometer.

A principal medida de segurança é retirar um certificado de ônus reais do terreno. O documento pode ser pedido no cartório de registro de imóveis da região do empreendimento. “É um documento indispensável antes de dar qualquer sinal. É como se fosse o DNA do imóvel”, afirma. Segundo o especialista, na certidão, é possível checar se o nome da empresa incorporadora é a proprietária do imóvel. Se sim, o risco é menor. Caso contrário, é necessário que haja uma procuração do dono do terreno autorizando a incorporação. Isso pode ser checado no mesmo certificado de ônus reais. Se nele constar o registro do memorial de incorporações, é porque a procuração foi feita e a obra foi aprovada pela Prefeitura.

Outro item que pode ser checado no mesmo documento é se o empreendimento está registrado como patrimônio de afetação. Se sim, haverá maior segurança para o comprador. Isso porque o instrumento jurídico, que é facultativo, garante que toda a verba arrecadada por meio de prestações, sinais ou pagamento à vista pelos compradores será necessariamente usada na construção daquele empreendimento. Caso contrário, o recurso pode ser gasto livremente pela construtora que pode aplicá-lo em outros imóveis. Em caso de falência da empresa, fica muito mais difícil para os compradores recuperarem o investimento.

PAGAMENTO

É preciso também estar atento à forma de pagamento, aos prazos e às condições de entrega. Quirino recomenda pagar o mínimo possível antes das chaves. “O sinal deve ser pequeno, como forma de mera reserva.” Quitar antes de ter as chaves não é aconselhável.

É também importante calcular se é possível mesmo arcar com o imóvel. “Estamos vivendo um boom imobiliário, muita gente compra baseado no marketing, e às vezes percebe só depois que não tem condições de pagar”, diz.

Em caso de financiamento, há duas formas: por meio da construtora, ou por meio de bancos. Segundo o advogado, algumas construtoras fizeram um acordo no passado junto ao Ministério Público Federal de que não cobrariam juros durante a obra, até a entrega das chaves. “Mas não é uma lei”, diz Quirino. Tanto que hoje surgem financiamentos na planta diretamente com bancos.

No entanto, há ainda empresas que não cobram a taxa, o que é preferível, segundo o advogado. “Num imóvel de R$ 400 mil, se ele paga juros durante a construção, ao fim de dois anos, quando ficar pronta a obra, ele pagou R$ 100 mil só de juros sem morar”, calcula. Depois de entregue as chaves, o comprador pode optar pelo financiamento bancário. Mesmo assim, vale prestar atenção na correção das prestações. Pela tabela Price, elas aumentam a cada ano. No Sistema de Amortização Constante, elas diminuem.

O advogado alerta ainda para a garantia aplicada nos contratos. Hoje, predomina a alienação fiduciária. Diferentemente da hipoteca, o imóvel só passa para o nome do comprador após quitadas todas as prestações. Dessa forma, caso haja falta de pagamento, em poucos meses o imóvel pode ser retomado. O comprador tem chances de recuperar parte do dinheiro aplicado se conseguir repassar a dívida a outro comprador, mas corre riscos. “Se o imóvel for a leilão em primeira praça, ele pode recuperar parte. Mas se for na segunda praça, perde tudo.”
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