sábado, 8 de dezembro de 2007

Não pague mico

Estréia da BM&F na Bovespa ensina uma lição preciosa aos investidores que se precipitaram na reserva dos papéis

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/edicoes/533/artigo67977-1.htm

Como bancar a faculdade

Metade dos alunos não se forma porque não consegue pagar a mensalidade. Bolsa e financiamento são alternativa

http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1989/artigo67937-1.htm

Com R$ 24,2 bi, poupança é recorde

Jornal da Tarde
08/12/2007


Total de depósitos novos até novembro faz de 2007 o melhor ano desde o Real, e aplicação vira opção aos fundos

Fernando Nakagawa

Os depósitos superaram os saques nas cadernetas de poupança pela 15ª vez consecutiva em novembro. Conforme dados do Banco Central (BC), o mês terminou com captação líquida de R$ 2,717 bilhões, melhor resultado para novembro desde 1994. Com isso, a mais tradicional das aplicações financeiras acumula R$ 24,244 bilhões em novas aplicações em 2007. Mesmo sem dezembro, já é o maior valor anual desde o Plano Real.

Renda crescente e taxa Selic em queda explicam a maior competitividade das cadernetas, segundo analistas. “O desempenho é resultado da melhora de renda da população, que passa a ter recursos para guardar”, diz o professor de mercados financeiros do Ibmec-SP, Ricardo Humberto Rocha.

Para o especialista, a opção pelas cadernetas tem ocorrido em detrimento dos fundos de investimento. Essa escolha, que foi a mais atrativa durante muitos anos, tem perdido rentabilidade com a queda do juro básico da economia e a elevação das taxas de administração cobradas pelos bancos, principalmente nas carteiras voltadas ao varejo. A migração dos fundos para a poupança tem ocorrido há alguns meses.

Dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) mostram que o fundo mais tradicional, o DI, que acompanha a taxa Selic, perdeu R$ 11,926 bilhões de janeiro a novembro. No mesmo período, as cadernetas de poupança receberam R$ 24,244 bilhões. Apenas em novembro, as carteiras de renda fixa perderam R$ 6,987 bilhões. No consolidado do setor, os saques superaram as aplicações em R$ 4,320 bilhões no mês passado. Nas poupanças, houve aumento de R$ 2,717 bilhões no período.

Rocha observa que nem mesmo as medidas adotadas nos últimos meses para corrigir a rentabilidade da poupança surtiram efeito. Em duas ocasiões recentes, o BC alterou regras de cálculo da TR, principal referência para a rentabilidade dessa aplicação. Segundo o professor do Ibmec, as decisões da autoridade monetária para evitar o desequilíbrio entre a rentabilidade das cadernetas e dos fundos de investimento terão os efeitos observados apenas no médio prazo. “Por enquanto, o cenário macroeconômico e a competição com os fundos é que têm determinado os movimentos dos investidores.”

ISENTO DO IR

Além da renda em alta e da queda da Selic, outros motivos têm atraído depósitos para as poupanças. O administrador de investimentos Fábio Colombo observa que muitos clientes têm olhado para outras vantagens dessa opção, como a isenção do Imposto de Renda e a garantia de até R$ 60 mil do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em caso de problema financeiro no banco.

“Outro motivo que prejudica muito o pequeno investidor nos grandes bancos é a taxa de administração dos fundos, que pode ser superior a 5% em alguns casos. Isso inviabiliza o investimento porque anula qualquer possibilidade de ganho”, diz Colombo.

Segundo o BC, a poupança rendeu, na média, 0,56% em novembro. No mesmo período, alguns fundos de varejo - com baixo investimento inicial e taxas de administração próximas de 5% - renderam em torno de 0,50%. Portanto, perderam para as cadernetas.

Colombo sugere que o investidor que procura fundos tradicionais - como renda fixa e DI - opte apenas por aqueles que têm taxas de administração abaixo de 2,5%. “Se for maior que isso, é melhor ir direto para a poupança porque o investidor pode perder dinheiro se ficar nos fundos.”

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Futuro milionário

Confira o que você precisa fazer aos 20, 30, 40 e 50 anos para ter um futuro tranqüilo e aprenda a juntar 1 milhão de reais até se aposentar

http://vocesa.abril.uol.com.br/edicoes/0113/aberto/dinheiro/mt_258978.shtml

Receita libera programa do IR

Jornal da Tarde
06/12/2007

Contribuinte já pode “treinar” o preenchimento da declaração do ano que vem. Nova versão traz três mudanças em relação à de 2007

Marcos Burghi, marcos.burghi@grupoestado.com.br


Os contribuintes já podem “treinar” para o preenchimento da declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2008. A Receita Federal do Brasil instalou em seu site

(www.receita.fazenda.gov.br
) uma versão do programa IRPF 2008 para testes. As principais novidades são o detalhamento de pagamentos e doações com valores individuais e CPF ou CNPJ dos destinatários, a informação sobre o meio de apresentação da declaração do cônjuge - se em modelo simplificado ou completo - e o comparativo automático, a partir do modelo completo, sobre em qual modelo o contribuinte pagará menos imposto.

Lázaro Rosa da Silva, consultor do Cenofisco, empresa especializada em legislação tributária, explica que, até 2007, o detalhamento só era obrigatório em doações que permitem dedução, aquelas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As demais eram informadas em um total geral na parte de rendimentos isentos e não-tributáveis.

Silva que, a pedido do Jornal da Tarde, analisou a versão para teste do IR 2008, afirmou que o novo detalhamento tem como objetivo principal fechar o cerco a possíveis fraudes. “Agora ficará mais difícil alguém informar que doou R$ 10 mil e o destinatário informar que recebeu R$ 50 mil para justificar patrimônio”, observa.

Segundo ele, grande parte das informações solicitadas mantém a forma das declarações anteriores e o programa é de fácil instalação, bem como simples o preenchimento da declaração. Ele alerta, no entanto, que os contribuintes que não têm familiaridade com o assunto devem procurar auxílio de um profissional da área contábil. “Qualquer descuido na declaração pode significar malha fina”, lembra.

Silva faz apenas uma ressalva ao modelo da Receita: o quadro comparativo dos valores apurados nos modelos completo e simplificado deveria vir no início da declaração e não no final. “A maioria das pessoas só tem rendimentos do trabalho e quer saber quanto vai restituir ou pagar”, justifica.

José Chapina, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP), também aprovou a versão de testes do programa IRPF 2008. Ele ressaltou a importância do comparativo dos valores apurados nos dois modelos. “Antes o contribuinte tinha de comparar por conta própria. Agora será automático”, ressaltou. O programa de testes está disponível para sistemas Linux, Macintosh, Windows e Solaris, entre outros, e para instalar basta baixá-lo no site da Receita .

Prazo

Os contribuintes terão até 28 de dezembro para baixar o programa, testá-lo e enviar sugestões ou críticas. O endereço é irpf.beta@receita.fazenda.gov.br
. As opiniões, segundo a Receita , servirão de apoio na elaboração da versão final.A Receita informou que, por se tratar de teste, não comentará o programa.

COMO BAIXAR O TESTE DO IR 2008

Acesse o site da Receita Federal do Brasil
(www.receita.fazenda.gov.br
)

Clique no primeiro item da página, “IRPF 2008 - versão de testes”

Instale a Máquina Virtual Java (JVM), versão 1.4.1 ou posterior, sem a qual não será
possível executar o programa. O dispositivo poderá ser baixado acessando o site
http://www.java.com/pt_br/download/manual.jsp


Selecione o programa de acordo com o sistema operacional de sua máquina. Estão disponíveis versões para Linux, Macintosh, Windows e Solaris, entre outros

Clique no escolhido para “Executar” (instalar) ou “Salvar”(para instalação posterior)

Os contribuintes têm até 28 de dezembro para baixar o programa e testá-lo. Críticas ou sugestões podem ser enviadas para o endereço irpf.beta@receita.fazenda.gov.br


Uma das novidades da versão 2008 é o comparativo automático entre as apurações nos modelos completo e simplificado

Como gastar o 13º e começar o ano com dinheiro no bolso

Valor Econômico
Alcides Leite JR.
06/12/2007



Segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), o pagamento do 13º salário injetará na economia brasileira cerca de R$ 64 bilhões, ou algo em torno de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos valores de todos os produtos e serviços finais produzidos no país ao longo do ano. Esses dados dizem respeito as 64 milhões de pessoas que pertencem ao setor formal de trabalho: os empregados com carteira assinada, aposentados e pensionistas do INSS e do setor público e funcionários públicos na ativa. Quanto aos informais e aqueles que trabalham por conta própria, representando cerca de 40 milhões de pessoas, não há dados estatísticos confiáveis se recebem bonificação neste período do ano. Cada um dos beneficiários formais receberá, em média, R$ 1 mil. O volume de R$ 64 bilhões de 2007 representa um crescimento de 9% em relação ao montante pago no ano passado.


Para a economia do país, o pagamento do 13º significa um importante impulso para o crescimento do PIB. Somente o comércio varejista e o setor de serviços devem faturar, em dezembro, 10% a mais do que no mesmo período do ano passado. Como conseqüência, a indústria e o setor financeiro também vão abocanhar parte do bolo.


Para o beneficiário, o 13º representa uma oportunidade de colocar suas contas em dia, comprar os presentes e preparar as festas de Natal e Ano Novo e ainda investir parte do dinheiro.


Embora as taxas de juros estejam menores neste ano, o pagamento das dívidas ainda deve ser a prioridade para quem receber esse benefício. Dentre as dívidas, o limite do cheque especial e o crédito rotativo do cartão de crédito devem ser as primeiras a ser liquidadas. Com juros próximos a 10% ao mês, estas dívidas crescem de forma explosiva em um curto espaço de tempo. As dívidas como empréstimo pessoal ou financiamentos em atraso também precisam ser liquidadas. Embora custem menos do que as do cheque especial e do cartão de crédito, elas trazem mais prejuízo do que o retorno que a pessoa obtém em qualquer aplicação. Somente as dívidas em linhas de crédito consignado, se estiverem em dia, compensam ser mantidas.


Após pagar as dívidas mais caras, o beneficiário do 13º deve guardar dinheiro para as contas que virão em janeiro, como a matrícula, material e uniforme escolares, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e gastos com lazer e entretenimento no período de férias. Somente depois de pagar as dívidas e guardar dinheiro para as despesas de janeiro é que se deve pensar em ir às compras, ou para os mais precavidos, investir no mercado financeiro.


Como alternativa de investimento financeiro, o cidadão pode optar por colocar os recursos na caderneta de poupança, fundos de renda fixa, fundos multimercados (parte renda fixa parte renda variável), fundos de ações ou aplicação direta em bolsa de valores. Ao longo do ano, o investimento que trouxe maior retorno foi aquele aplicado em bolsa. É bem provável, pelo andar da carruagem, que o mesmo aconteça em 2008. No entanto, é sempre bom levar em conta a velha máxima dos aplicadores: não colocar os ovos em um cesto apenas. A diversificação ainda é a melhor estratégia.


Para aqueles que forem às compras, é preciso ter paciência para decidir onde e qual produto comprar. Hoje, é possível fazer uma boa análise na internet antes de ir à loja. Pesquisas feitas por especialistas mostram que a diferença de preço entre um vendedor e outro ainda é muito grande. Aqueles que sabem o que e onde comprar costumam economizar bastante. Sem contar que perdem menos tempo e não ficam vulneráveis às tentações típicas das compras por impulso.


Embora pareça difícil, é sempre bom planejar o que fazer com o 13º, especialmente para aqueles que gostam de consumir. Quem planeja melhor acaba economizando mais e, portanto, tem mais recursos para eventuais gastos extravagantes que, mesmo não sendo financeiramente recomendáveis, são, sem dúvidas, os que trazem mais satisfação. Como a pessoa normal, que não é igual ao homem racional utilizado com parâmetro na escola econômica tradicional, gosta de cometer algumas loucuras, então entre uma e outra é necessário planejar bem os gastos para poder dispor de recursos para as próximas loucuras. Bom gasto com o 13º.


Alcides Domingues Leite Júnior é professor de Mercado Financeiro da Trevisan Escola de Negócios


E-mail: alcides.leite@trevisan.edu.br



Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pague menos no Sistema S

Jornal da Tarde 04/12/2007

Sesi e Sesc têm atividades físicas mais baratas para trabalhador do comércio e da indústria


As unidades do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Social do Comércio (Sesc) oferecem várias opções para quem deseja praticar esportes pagando pouco ou nada. Espalhadas pela capital, elas oferecem infra-estrutura comparável à de clubes particulares e academias, embora boa parte do público ainda não conheça os serviços prestados.

Somente na Capital, o Sesi possui quatro Centros de Lazer e Esportes na Vila Leopoldina (Zona Oeste), em AE Carvalho (Leste), na Vila das Mercês (Sul) e no Catumbi (Centro). No Sesi da Vila Leopoldina, o mais completo deles, é possível fazer aulas de natação, vôlei, basquete, futsal, dança e ginástica, entre outras. O custo é de R$ 15 por mês para trabalhadores da indústria e de R$ 23 para quem atua em outros setores.

Para participar, é preciso estar cadastrado no Sesi. A inscrição individual (parcela única) é de R$ 20 para os funcionários da indústria e de R$ 30 para os demais. Depois, paga-se apenas uma mensalidade de R$ R$ 8 (indústria) ou de R$ 15 (outros). 'Não dá para comparar. Preços mais baixos do que isso apenas os centros de lazer do Estado e do município, que são gratuitos', defende Luís Cláudio Marques, coordenador de esportes e lazer do Sesi Vila Leopoldina.

Na prática, um industriário paga R$ 23 por mês para utilizar a academia. E a estrutura?

'O local é legal e está tudo sempre limpinho. Além disso, os professores acompanham o que você está fazendo', diz a assistente administrativa Andrea Teixeira.

Funcionária do próprio Sesi há oito anos, Andrea começou a freqüentar o espaço há seis. Antes disso, passou por academias particulares e pelo Sesc. 'Gosto do que é oferecido aqui.'

O Sesc, aliás, também oferece atividades de baixo custo. Nas aulas abertas, o sócio pode praticar vôlei, handebol, futsal, natação e tênis, entre outros. 'Quase que 100% do que é oferecido é gratuito. A intenção é levar às pessoas as diversas práticas esportivas', diz Maria Luiza Dias, gerente de desenvolvimento físico e esportivo do Sesc-SP.

As atividades são subsidiadas por impostos. Parte da contribuição patronal, feita sob a folha de pagamento de cada trabalhador brasileiro, vai para o Sistema S - que inclui o Sesi e o Sesc. Então, por que não aproveitar?

Fique em forma, mas sem gastar

Jornal da Tarde 04/12/2007

Academias , centros esportivos e parques oferecem opções sob medida para o seu bolso

Fabrício de Castro,
fabricio.castro@grupoestado.com.br

Com os olhos no verão, os paulistanos já começaram a invadir as academias de ginástica. E para deixar o corpo em forma, mesmo quem está com pouco dinheiro no bolso pode aproveitar as atividades físicas de baixo custo disponíveis na capital.

'Hoje temos academias de R$ 400, mas também as que cobram R$ 30 por mês', confirma Paulo Akiau, presidente da Body Systems, empresa especializada no treinamento de professores. Segundo ele, cerca de 2% dos brasileiros são freqüentadores de academias de ginástica, um índice bem abaixo dos 13% dos Estados Unidos e dos 14% da Austrália.

Akiau explica que, no Brasil, as classes A e B - além de uma parcela da C - são menores do que as de outros países, o que reduz o público das academias. Para muitos consumidores, elas são caras demais, quase inacessíveis.

Famílias com renda superior a R$ 6 mil, por exemplo, gastam uma média de R$ 103,83 por mês com 'diversões e esportes'' - item do orçamento que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclui as academias de ginástica.

Quem atua na área, no entanto, defende que o preço cobrado é apenas uma desculpa para os preguiçosos. 'É mais preguiça que falta de dinheiro. As pessoas usam o custo como uma desculpa para não fazer exercícios', diz o professor Mauro Guiselini, do Instituto Runner.

'É lógico que as pessoas sem folga no orçamento não conseguem pagar uma academia. Mas elas podem utilizar opções gratuitas ou de baixo custo', acrescenta Akiau.

Em São Paulo, há parques e centros esportivos administrados pela prefeitura e pelo governo do Estado. Em muitos casos, é possível freqüentar aulas gratuitas coordenadas por professores de educação física habilitados.

Em unidades do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Social do Comércio (Sesc), os freqüentadores pagam preços inferiores aos cobrados por academias particulares e, apesar disso, utilizam equipamentos e serviços semelhantes.

'A estrutura daqui não deixa nada a dever para a de outras academias', garante a relações públicas Rosana Mayumi Pisetti, que utiliza a academia do Sesi na Vila Leopoldina, zona oeste da Capital.

Rosana paga R$ 140 por mês para fazer musculação, aulas de jazz, de body combat, body jam e step. O valor cobre ainda a musculação do marido e as aulas dos dois filhos. 'Se nós fôssemos fazer tudo isso em uma academia particular, pagaria R$ 150 só para mim', calcula Rosana. 'A gente também precisa pensar no valor financeiro.'

Para Guiselini, do Instituto Runner, a falta de dinheiro não é motivo para ficar parado. Com alguns cuidados básicos e disposição, é possível começar sem gastar um centavo. 'Provavelmente, você já possui um plano de saúde e pode se consultar com um médico no início', exemplifica o professor. 'O custo é menor do que se imagina.'

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

TV digital: estréia aprovada

Jornal da Tarde 03/12/2007

Economista acompanhou jogo do Corinthians ontem pelo novo formato e gostou da nitidez das imagens

BRUNA FASANO, bruna.fasano@grupoestado.com.br

“Pude ver o Corinthians cair para a Segunda Divisão com muito mais detalhes”, diverte-se o palmeirense Amaury Sakis, que ontem conferiu na Band o empate do Timão contra o Grêmio pela tecnologia de alta definição, horas antes de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializar a estréia da TV digital no Brasil.

Economista e apaixonado por tecnologia, Sakis comprou um conversor há dez dias, quando os aparelhos ainda eram raridade nas lojas. Pelo set-top box da marca Zinwell, ele pagou R$ 900. Preço bastante salgado perto dos equipamentos de R$ 200 prometidos pelo governo que até agora não apareceram no mercado.

Sakis garante que a engenhoca tecnológica é vantajosa. “Estou pagando o preço pela novidade e a sensação de pioneirismo é estimulante”, confessa.

A instalação não demorou mais do que 15 minutos. Entendido de equipamentos eletrônicos, na sala de estar do apartamento onde mora, no bairro do Mandaqui (Zona Norte), Sakis vê filmes, jogos de futebol, seriados e novelas, como Duas Caras, da Globo, e Dance, Dance, Dance, da Band, com imagens em alta definição.

Detalhes

Durante a transmissão da partida do Corinthians contra o Grêmio, uma das principais diferenças notadas pelo economista nas imagens em HD (do inglês ‘high definition’), tecnologia responsável pela veiculação do sinal da TV digital, foi a nitidez das cenas - que, com o sistema, ficaram até seis vezes melhores. “Pelas imagens em alta definição a gente pode acompanhar melhor os lances, o esquema tático de jogo”, afirma Sakis.

Com a tecnologia, não há chuviscos, chiadeira ou fantasmas na telinha, garante o economista. Quando o sinal não tem qualidade, o conversor emite um aviso e a tela fica estática. Em sua análise, as cores se tornaram mais vivas e o cenário virou um componente mais relevante em cena. “Pode parecer besteira, mas outro dia vi que a Flávia Alessandra tem uma mancha no braço”, diz Sakis. “Eu nunca iria conseguir reparar nisso pela tevê analógica.”

E as divas da telinha que se cuidem, porque as imperfeições se tornaram mesmo mais evidentes na transmissão digital. No intervalo da partida de ontem, Raul Gil transmitiu um recado e o economista notou que a maquiagem carregada e o pó que o apresentador usava no rosto denunciavam os sinais da idade.

Expectativa frustrada

Mas não foi todo mundo que, como Sakis, instalou o conversor e já conseguiu conferir as imagens nítidas da TV digital. João Pinheiro dos Santos, de 72 anos, comprou um modelo da Positivo por R$ 700 no sábado. Em sua casa, ele possui antena parabólica e não sabia que a recepção é conflitante - assim, a antena não capta o sinal digital transmitido pelas emissoras. “Comprei porque meus netos insistiram, mas até agora não consegui ver nada”, confessa, desapontado.

O caso de Santos prova que a decisão de adquirir um conversor deve ser muito bem pensada. O aparelho, aliás, deve se tornar obsoleto em breve, quando a promessa da interatividade na tevê começar a se tornar real. Compras através do controle remoto e participação em programas e pesquisa devem se tornar realidade em breve.

PROGRAMA DIGITAL

O que você vai poder conferir em alta definição hoje:

GLOBO

‘Duas Caras’, às 21h

BAND

‘Dance, Dance, Dance’, às 20h15

Débito em conta reduz juro de crédito

Jornal da Tarde 03/12/2007

Bancos reduzem taxa se cliente trocar boleto pelo débito automático


A Caixa Econômica Federal e o Santander reduzem juros do financiamento imobiliário para o cliente que aceita vincular a prestação à conta corrente (débito automático) no lugar de pagamento com boleto. A Nossa Caixa também corta taxa em crédito imobiliário consignado a servidores do Estado e de prefeituras conveniadas à instituição. As opções lembram o crédito pessoal consignado, em que a instituição tem mais segurança no recebimento e pode reduzir o juro.

No crédito pessoal, a redução chega a um terço da taxa normal da linha de empréstimo; no crédito imobiliário, é menor, variando de 0,5 a 1 ponto porcentual. “A idéia é dar vantagem financeira em troca do longo relacionamento que esse cliente terá com o banco até o fim do contrato”, explica Mauro Adriano da Costa, superintendente de Relacionamento Institucional da Vice-Presidência de Negócios Imobiliários.

Ainda assim, considerando que os valores são elevados e os prazos, longos, a economia final é expressiva. Simulação de Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), para financiamento de R$ 100 mil (sistema Sacre) com taxa pós-fixada de 12% mais TR sem débito automático e de 11% mais TR com débito automático conclui que a prestação inicial cai de R$ 1.402 a R$ 1.319. “A opção permite redução total no financiamento de 5%, correspondentes a R$ 13.960”.

Para Osmar Pinho, diretor de crédito imobiliário da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), há dificuldades para se oficializar para trabalhadores do setor privado crédito imobiliário consignado de fato, com desconto no holerite e juros reduzidos.

Diante da dificuldade de oferecer a opção no setor privado, os bancos fazem o crédito “vinculado”. Nessa opção, eles dão benefícios em financiamento imobiliário a empregados de empresas das quais detêm a folha de salários, porque reduzem o risco de inadimplência casando a data de débito automático da prestação com a do crédito do salário. Nesse caso, cada banco tem sua política de redução de taxa, de acordo com o turn over (rotatividade de mão-de-obra) da empresa ou da negociação com a empresa no momento da folha salarial.

Na Caixa, a taxa diferenciada para pagamento com boleto ou débito automático vigora desde o início do ano, segundo Marcelo Previlato, da área de habitação. Se o tomador de empréstimo aceitar abrir a conta corrente e colocar a prestação em débito automático, terá desconto de 0,5 ponto porcentual a 1 ponto porcentual na taxa do financiamento, em relação ao boleto. O desconto varia de acordo com o valor de avaliação do imóvel e é maior para imóveis de menor valor. “Esse benefício só existe nos financiamentos com recursos da poupança, seja pelo SFH ou fora desse sistema”.

Ensaio para 2008

Valor Econômico
Por Adriana Cotias e Danilo Fariello
03/12/2007


Novembro termina com o dissabor de deixar em evidência os riscos do mercado brasileiro em meio à crise internacional. O investidor que, até aqui, só tinha experimentado chacoalhadas passageiras, agora se depara com prejuízos bastante concretos para a sua carteira. A combinação de bolsa em queda com juros e dólar em alta inverteu a dinâmica que se via para os ativos ao longo do ano. Nesta reta final de 2007 e avançando para 2008, não dá para prometer nada além de volatilidade, advertem os analistas. As oportunidades em ações e renda fixa virão com uma boa dose de incertezas.


Por mais que a economia brasileira esteja arrumada, com taxas de desemprego historicamente baixas, expansão da atividade e do crédito, os mercados locais não têm como sair incólumes às intempéries originadas na crise das hipotecas americanas de alto risco, diz o economista-chefe da Geração Futuro, Gustav Gorski. "Se olhar para a economia real, as companhias estão investindo, a produção de bens de capital tem aumentando e as vendas no varejo seguem fortes, mas, nos EUA, a inflação no último trimestre tem incomodado e o consumo diminuiu." Para o especialistas, esses ingredientes pressagiam um cenário de muita volatilidade para os próximos meses. Mesmo assim, setores ligados ao crescimento, à infra-estrutura, bens de capital, transportes e siderurgia são os que têm mais chances de ganhar na bolsa.


O risco de a crise localizada no setor imobiliário contagiar a economia real nos EUA é concreto, mas ainda não há um quadro de recessão à vista, diz o analista da Prosper Gestão Gustavo Barbeito. "O país tende a crescer a taxas mais baixas, mas o temor de uma desaceleração forte pode fazer com que os mercados tenham um comportamento consistentemente ruim em ações, dólar e juros." Para Alexandre Bassoli, economista-chefe do HSBC, o Brasil superou de maneira tranqüila a turbulência financeira que abateu os EUA, se comparada a crises anteriores, mas ainda é imponderável a conseqüência dos problemas no setor de crédito imobiliário para a economia brasileira. Bassoli teme, por exemplo, pelos impactos de uma desaceleração nos EUA na balança comercial brasileira e na rentabilidade das empresas que produzem commodities e daquelas que exportam muito. "A dúvida é o grau desses impactos, portanto é natural haver a maior volatilidade no valor dos ativos."


O mês passado foi um aperitivo para o crescimento da volatilidade que pode estar à frente. Assim como ocorreu em agosto, os mercados mostraram bastante inquietação em novembro O Índice Bovespa (Ibovespa) teve a maior queda em um mês neste ano, com recuo de 3,54%, e o dólar subiu 3,28%, contendo a desvalorização no ano para 16,05% (veja quadro).


Depois da ducha de água fria de novembro, a aposta em renda variável, recomenda Barbeito, da Prosper, deve ser direcionada para fundos de ações com um longo histórico de sucesso e que não tenham o compromisso de acompanhar o Ibovespa. Em dezembro, ele vê o índice oscilando entre 63 mil e 68 mil pontos (avançando mais 15% a 20% em 2008), muito condicionado aos sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O corte do juro dos EUA, no dia 11, é dado como certo, mas o mais importante será identificar os próximos passos da autoridade monetária americana.


O momento sugere uma reavaliação do ritmo de aplicações em bolsa pelos investidores, diz Roberto Zentgraf, coordenador do MBA de finanças do Ibmec/RJ. "Se o aplicador reduzir sua posição em bolsa agora, poderá garantir boa parte do lucro que obteve ao longo do ano." Para quem não aplica ainda em renda variável, Zentgraf diz que este não é o melhor momento para se aventurar. "É o risco de entrar na festa quando ela pode estar perto do fim."


Papéis relacionados ao crescimento interno são aqueles que podem ganhar mais, embora "blue chips" como Vale do Rio Doce e Petrobras, que levaram o Ibovespa a subir 41,67% no ano, não estejam caras, diz Barbeito. Segundo Bassoli, do HSBC, o mercado interno ainda deverá apresentar um certo aquecimento ao refletir o impacto dos cortes na taxa de juros ao longo de 2007. "O aumento persistente dos gastos públicos também ajudam a estimular a demanda no mercado interno", completa.


Na renda fixa, embora os preços dos papéis prefixados estejam aparentemente atrativos, o risco é grande, pois o desequilíbrio entre oferta e demanda pode levar ao aumento da Selic no avançar de 2008-2009. "O caminho para alongar prazos com títulos com vencimento em 2011 e 2012 pode ser tortuoso, só vale apostar se o investidor tiver certeza de que não vai precisar do dinheiro, mas sabendo que corre o risco de perder", diz Barbeito. Opinião similar tem Bassoli. "Crescemos a um ritmo talvez superior ao sustentável e isso pode trazer pressão para que não ocorram novos cortes na Selic."


As análises para o próximo mês e para 2008 indicam, portanto, a necessidade de se fazer escolhas mais cuidadosas e criteriosas, diz Zentgraf, do Ibmec/RJ. "A hora é de diversificar, buscando ativos que ainda não se valorizaram tanto", recomenda. "A alta recente da bolsa colocou um grau forte de emoção no mercado e temo pela atitude dos acionistas, principalmente os menos experientes, em um eventual solavanco", diz o professor. Sua tese é de que os calouros da bolsa poderão torcer o nariz para eventuais resultados negativos e fugir do mercado, levando mais volatilidade à bolsa. Uma perda de 4% para o aplicador que era conservador significará rendimento de seis meses na caderneta de poupança, exemplifica. "Como eles reagirão a algo assim?"

domingo, 2 de dezembro de 2007

Saia de férias com economia

Jornal da Tarde 02/12/2007

Fornecimento de água, energia, telefone e TV pode ser interrompido quando não há ninguém em casa

Thalita Pires, thalita.pires@grupoestado.com.br


Evite pagar por serviços que não serão usados durante as férias. Com providências simples, é possível economizar durante o período em que a casa fica vazia. Isso porque a maior parte das contas básicas - água, energia e telefone -, além de algumas TVs por assinatura e internet, pode ser suspensa a pedido do morador, de acordo com sua necessidade.

A suspensão da energia elétrica, fornecida pela Eletropaulo, vale a pena quando a economia nos dias das férias for superior a R$ 21. Isso porque existe uma taxa para o religamento, de R$ 20,61. O cálculo pode ser feito usando a média de consumo da família. Mesmo quando não há consumo, é cobrada uma taxa mínima de R$ 12,30, que equivale a 50 kWh.

No caso da Telefônica, o cliente pode solicitar a suspensão do serviço por até quatro meses a cada ano. Durante esse tempo, não há cobrança de assinatura. Também não há custo para pedir a interrupção ou a reativação da linha. O mesmo vale para o serviço de internet da empresa, o Speedy, e outras facilidades.

Entre os serviços básicos, a suspensão do fornecimento de água é a que menos vale a pena para o consumidor. O pedido de suspensão e religamento deve ser feito na loja da Sabesp indicada na conta de água. Somente o proprietário do imóvel pode realizá-lo, levando um documento pessoal e outro que comprove a condição de proprietário, como o carnê do IPTU.

Além disso, são cobradas taxas para desligar (R$ 22) e religar (R$ 17) o abastecimento. Como a empresa cobra uma taxa mínima mesmo quando não há consumo - de R$ 24,86 para domicílios com serviço de água e esgoto, a suspensão por um mês não é vantajosa financeiramente.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Sabesp, esse serviço é utilizado principalmente em imóveis que estão para alugar ou vender, e não por períodos curtos, como na época das férias.

E se o objetivo da viagem for desligar-se totalmente do mundo, também é possível economizar o valor pago nas assinaturas ou pacotes de minutos da telefonia móvel. As operadoras Vivo, Tim e Claro oferecem a possibilidade de suspensão temporária da linha. As condições para o serviço variam de acordo com o plano ou pacotes de minutos de cada assinante.

TVs por assinatura

No caso das TVs por assinatura, a possibilidade de suspender ou não o serviço depende de cada empresa. Porém, essa situação pode mudar. Aguarda apreciação do Conselho de Comunicação Social do Congresso o regulamento dos direitos dos assinantes de TV por assinatura, aprovado em outubro pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Esse documento prevê a obrigatoriedade da suspensão do serviço no período de férias do cliente. Ainda não há data prevista para o próximo encontro do conselho, que não se reuniu este ano.

A TVA, de acordo com informações de sua central de atendimento, oferece três meses de suspensão a cada 12 meses, depois que a assinatura completa um ano.

A NET também oferece a facilidade, mas são apenas 30 dias de suspensão por ano. A empresa cobra, no entanto, uma taxa de manutenção do serviço de R$ 22,90 durante o período do desligamento. A empresa Sky não oferece suspensão temporária.




CONTATOS DAS PRESTADORAS

Eletropaulo
Telefone: 0800 72 72 120
www.eletropaulo.com.br

Bandeirante (empresa de energia da região de Guarulhos)
Telefone: 0800 721 0123
www.bandeirante.com.br

Sabesp
Telefone: 0800 011 9911
www.sabesp.com.br

Telefônica
Telefone: 103 15
www.telefonica.com.br

TVA
Telefone: 3038-5500
www.tva.com.br

Net
Telefone: 4004-7777
nettv.globo.com

Sky
Telefone: 4004-2884
www.sky.com.br
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