terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Fique em forma, mas sem gastar

Jornal da Tarde 04/12/2007

Academias , centros esportivos e parques oferecem opções sob medida para o seu bolso

Fabrício de Castro,
fabricio.castro@grupoestado.com.br

Com os olhos no verão, os paulistanos já começaram a invadir as academias de ginástica. E para deixar o corpo em forma, mesmo quem está com pouco dinheiro no bolso pode aproveitar as atividades físicas de baixo custo disponíveis na capital.

'Hoje temos academias de R$ 400, mas também as que cobram R$ 30 por mês', confirma Paulo Akiau, presidente da Body Systems, empresa especializada no treinamento de professores. Segundo ele, cerca de 2% dos brasileiros são freqüentadores de academias de ginástica, um índice bem abaixo dos 13% dos Estados Unidos e dos 14% da Austrália.

Akiau explica que, no Brasil, as classes A e B - além de uma parcela da C - são menores do que as de outros países, o que reduz o público das academias. Para muitos consumidores, elas são caras demais, quase inacessíveis.

Famílias com renda superior a R$ 6 mil, por exemplo, gastam uma média de R$ 103,83 por mês com 'diversões e esportes'' - item do orçamento que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclui as academias de ginástica.

Quem atua na área, no entanto, defende que o preço cobrado é apenas uma desculpa para os preguiçosos. 'É mais preguiça que falta de dinheiro. As pessoas usam o custo como uma desculpa para não fazer exercícios', diz o professor Mauro Guiselini, do Instituto Runner.

'É lógico que as pessoas sem folga no orçamento não conseguem pagar uma academia. Mas elas podem utilizar opções gratuitas ou de baixo custo', acrescenta Akiau.

Em São Paulo, há parques e centros esportivos administrados pela prefeitura e pelo governo do Estado. Em muitos casos, é possível freqüentar aulas gratuitas coordenadas por professores de educação física habilitados.

Em unidades do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Social do Comércio (Sesc), os freqüentadores pagam preços inferiores aos cobrados por academias particulares e, apesar disso, utilizam equipamentos e serviços semelhantes.

'A estrutura daqui não deixa nada a dever para a de outras academias', garante a relações públicas Rosana Mayumi Pisetti, que utiliza a academia do Sesi na Vila Leopoldina, zona oeste da Capital.

Rosana paga R$ 140 por mês para fazer musculação, aulas de jazz, de body combat, body jam e step. O valor cobre ainda a musculação do marido e as aulas dos dois filhos. 'Se nós fôssemos fazer tudo isso em uma academia particular, pagaria R$ 150 só para mim', calcula Rosana. 'A gente também precisa pensar no valor financeiro.'

Para Guiselini, do Instituto Runner, a falta de dinheiro não é motivo para ficar parado. Com alguns cuidados básicos e disposição, é possível começar sem gastar um centavo. 'Provavelmente, você já possui um plano de saúde e pode se consultar com um médico no início', exemplifica o professor. 'O custo é menor do que se imagina.'

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