quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Gastos com aluguel pesam mais que financiamento da casa própria, diz Ipea

O Globo

02/12/2010

Proporção das famílias que alugam imóvel subiu de 13% para 17%



ANTÔNIO MARCOS e Luciana alugam apartamento conjugado por R$450




Fabiana Ribeiro

Os gastos com aluguel pesam bem mais no orçamento das famílias do que as despesas com financiamento do imóvel. É o que aponta estudo do Ipea sobre os dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, referentes aos períodos 2002/2003 e 2008/2009. Pelo estudo, a despesa dos mutuários com financiamento consome 6,66% da sua renda anual. Já o gasto com aluguel compromete quase o dobro do orçamento do ano, 12,14% da renda de quem tem esse custo.

- Está mais barato financiar um imóvel do que pagar o aluguel. Os preços dos aluguéis têm subido absurdamente, a partir de contratos curtos, de 30 meses, que não trazem qualquer proteção ao consumidor. Já o sistema de crédito imobiliário tende a proteger mais o consumidor, inclusive contra especulações. Além disso, o valor das prestações já está estabelecido, mesmo que haja valorização do imóvel - diz Pedro Humberto Carvalho, pesquisador do Ipea, para quem o Minha Casa, Minha Vida procura aumentar o crédito para a população de baixa renda.

Apesar da participação do aluguel no orçamento das famílias ter se mantido praticamente estável, mais brasileiros estão pagando aluguel. De acordo com o Ipea, a proporção das famílias que têm aluguel a pagar subiu de 13% para 17% entre os períodos de 2002/2003 e 2008/2009. Contudo, a desigualdade também aparece nesse quesito. Os dados mostram que o aluguel representa de 15% a 20% da renda familiar dos pagantes mais pobres (renda familiar mensal de até R$913,09). E apenas de 5% a 7% dos mais ricos (com renda familiar mensal de até R$117.219,20). Como efeito dessa distorção, há, para o Instituto, incentivo à informalidade urbana e à autoconstrução ilegal.

O médico Alexandre Marques ainda não tem como fugir do aluguel, mas sonha em ter uma casa própria:

- Amanhã mesmo (hoje) vou ao banco pedir um empréstimo para comprar um apartamento. Os preços de aluguel estão muito altos.

O garçom Antônio Marcos Batista e a balconista Luciana Salkine pensam em dar entrada em um imóvel no futuro. Hoje, alugam um conjugado por R$450.

- Pagamos aluguel há cinco meses. Mas estamos economizando para comprar uma casa - diz Luciana.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Bancos lançam serviço na internet para comparar pacotes de tarifas

Folha de São Paulo

01/12/2010

CONCORRÊNCIA

DE SÃO PAULO - Os clientes dos bancos podem consultar, a partir de hoje, a relação dos pacotes de tarifas oferecidos pelas instituições financeiras.
A nova ferramenta via internet permite a comparação de 72 pacotes de serviços dos 13 maiores bancos do país -Bradesco, Citibank, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banrisul, Itaú, Mercantil do Brasil, Safra, Santander, Banestes, BRB, Caixa Econômica Federal e HSBC.
Até ontem, o sistema só comparava as 46 tarifas mais utilizadas pelos consumidores e os pacotes padronizados criados pelo Banco Central.
No sistema, os consumidores podem fazer pesquisas sobre pacotes por parâmetros como preço e quantidade de determinados serviços. Um cliente poderá ver, por exemplo, qual pacote de tarifa mais se encaixa no seu perfil particular de consumo de serviços como emissão de cheques.
Lançado em setembro de 2007, o programa Star (Sistema de Divulgação de Tarifas e Serviços Financeiros) foi a primeira iniciativa conjunta dos bancos na área de autorregulação. Surgiu como resposta às discussões no governo para controlar as tarifas bancárias, cuja regulamentação só começou a valer em abril de 2008.
"O Star aumentou a concorrência e reduziu as reclamações sobre tarifas no BC, nos Procons e nas ouvidorias dos bancos", disse Ademiro Vian, diretor-adjunto de Produtos da Febraban.
O Star fica no endereço www.febraban-star.org.br.

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