domingo, 18 de novembro de 2007

Crédito é fácil e rápido, mas lembre-se que é caro

Jornal da Tarde 18/11/2007

Juros cobrados no rotativo do cartão estão entre os mais altos na comparação com outras modalidades de financiamento. Em setembro, a taxa média ficou em 10,3%


O cartão de crédito ganhou espaço entre os métodos de pagamento dos consumidores de baixa renda, mas continua como uma das modalidades de financiamento mais caras do mercado brasileiro. De acordo com a última pesquisa mensal das taxas divulgada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em setembro o índice para uso do crédito rotativo ficou em 10,3%, em média.

Na prática, um consumidor com uma fatura de R$ 100, que tenha quitado apenas metade do valor na data do vencimento pagaria, só pelos R$ 50 restantes, na fatura do mês seguinte, o equivalente a R$ 55,15.

No levantamento da Anefac, a taxa do rotativo do cartão só perde para os juros médios cobrados pelas financeiras no empréstimo pessoal, o campeão da lista, que atingiu 11,7% ao mês. Além disso, segundo dados da Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP), o número de reclamações contra cartões de crédito aumentou cerca de 51% na comparação entre o primeiro semestre de 2006, quando foram registradas 1.105 reclamações, e o mesmo período deste ano, que acumulou 1.674 ocorrências.

Segundo Renata Reis, técnica do Procon-SP, um dos cuidados mais importantes que o consumidor deve ter no uso do cartão é justamente pagar o valor integral da fatura no dia do vencimento. Por isso, ela recomenda que, antes de qualquer compra, a pessoa deve analisar o orçamento mensal, verificar as despesas fixas como água, luz e aluguel para depois concluir se a nova despesa caberá ou não nas contas do mês.

A técnica do Procon-SP acredita que o cartão de crédito estimula a compra de produtos supérfluos, assim recomenda que antes de adquirir qualquer coisa, o consumidor faça uma auto-análise para verificar se não está comprando por impulso, mesmo que haja uma margem para novo gasto no orçamento.

Outros encargos

Renata lembra, ainda, que não é apenas a compra que é paga quando se usa um cartão de crédito. Segundo ela, é preciso pensar que há valores de anuidade, tarifas de manutenção e até taxas cobradas pela possibilidade do parcelamento de contas de serviços como água, luz e telefone. “Isso exige um gasto maior”, observa.

CALMA ANTES DE USAR O CARTÃO

A taxa de juros continua alta. A média mensal para uso do
crédito rotativo em setembro ficou em 10,3%, menor apenas que o empréstimo em financeiras, que atingiu 11,7%

Antes de qualquer compra, analise o orçamento mensal; verifique as despesas fixas como água, luz e aluguel para depois concluir se a nova despesa caberá ou não nas contas do mês

Não compre por impulso. Faça uma auto-análise para verificar se o produto é, de fato, necessário, mesmo que haja uma margem
para novo gasto no orçamento

Não se esqueça de que a compra é apenas um item do pagamento no cartão de crédito

Há ainda valores de anuidade tarifas de manutenção e até taxas cobradas pela possibilidade do parcelamento de contas de serviços como água, luz e telefone, entre outras

Nenhum comentário:

Locations of visitors to this page