quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A compra mais barata de São Paulo

Jornal da Tarde 05/09/2007

Pesquisa da ProTeste em supermercados mostra onde se pode montar uma cesta de produtos mais em conta. Diferença de preços entre as lojas chega a 47%

CHARLISE MORAIS, charlise.morais@grupoestado.com.br

Na hora de fazer as compras, nem sempre o local mais próximo ou o que oferece mais produtos e maiores prazos de pagamento pode ser o melhor. Para aqueles que consideram o preço como o item determinante, atenção: na Capital, a diferença entre o mercado mais barato e o mais caro pode ser de até 47%.

Veja a íntegra da pesquisa da Pro Teste na internet

Essa discrepância pode ser fundamental para o orçamento familiar, já que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as despesas com alimentação em casa, higiene e artigos de limpeza representam mais de 31% do total do consumo das famílias.

Com base em uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de defesa do Consumidor, Pro Teste, selecionamos os melhores mercados para se comprar em cada uma das regiões da Cidade (ver quadro). Foram estabelecidos dois tipos de cestas de compras. A cesta 1 representa o consumo típico de uma família brasileira e destina-se a quem escolhe os produtos com base na marca. É composta por 97 itens distribuídos nas seguintes categorias: cereais, leguminosas, oleaginosas; farinhas, féculas e massas; açúcares e derivados; enlatados e conservas; temperos e condimentos; óleos e gorduras; congelados e resfriados; leites e derivados; bebidas; higiene; limpeza; bazar; frutas e verduras; carnes e outros produtos alimentares.

Já a cesta 2 é composta por 83 itens, semelhantes à primeira, mas não inclui carne, peixe, frutas e legumes. Além disso, é destinada ao consumidor que procura pelos menores preços - e não por marcas definidas. Para cada cesta foi procurado o menor valor na Cidade, que corresponde ao índice 100. Por isso, as lojas que apresentam esse índice são as que têm os melhores preços. Os índices acima disso mostram o quanto a cesta está mais cara que o valor mais baixo encontrado. Portanto, se o mercado apresenta índice 110 significa que a cesta naquele local está 10% mais cara que no mercado mais barato.

A coordenadora de estudos de mercado da Pro Teste, Cristiane Souza, ensina como descobrir quanto é possível economizar nas compras. Suponha que o consumidor fez uma compra de R$ 400 na loja que apresentava o índice 100. Se tivesse comprado no mercado mais caro, de índice 147 (caso do Yaya da Rua Tutóia, 430 ), a mesma compra teria custado R$ 588. A economia nesse caso é de R$ 188 só em um mês. Em um ano a diferença seria de R$ 2.256.

Para o consumidor fazer a comparação na sua região e saber onde as compras devem ser evitadas, vale verificar os piores índices da pesquisa. No Centro e Centro-Sul, o vencedor foi o Yaya ( Rua Tutóia, 430 ): 128 para a cesta 1 e 147 para a cesta 2. Na Leste, o Irmãos Lopes (Rua Sabbado D'Angelo, 1.980) obteve índice 118 para a cesta 1 e o Matsui (Rua Mercadinho, 526) 134 para a cesta 2. Na região Nordeste o Pão de Açúcar da Rua Dr. Cesar, 1.234, obteve índice 122 na cesta 1 e o da Rua Voluntários da Pátria, 1.723, 135 para a cesta 2. Na região Oeste o Pão de Açúcar da Praça Panamericana e o F&C (Av. Rio Pequeno, 654)são os mais caros com índices 128 e 137, respectivamente.Na Sudeste ganha o Kanguru (Rua Antônio de Barros, 285) com índice 137 na cesta 2. E a região Sul tem índice 120 na cesta 1, no Jaraguá (Av. Dr. Timóteo Penteado, 3.373), e 127 na cesta 2 no Sonda (Av. Sen. Teotônio Vilela, 1.433).

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