sexta-feira, 30 de abril de 2010

Diante das preocupações, ouro avança

Valor Econômico

30/04/2010

Muitos fundos hedge americanos estão aproveitando para especular com o ouro no mercado internacional. Diante da situação fiscal frágil dos Estados Unidos e do alto endividamento na Europa, nem o dólar nem o euro se mostram interessantes. Com isso, a saída tem sido buscar refúgio no ouro, fazendo com que as cotações do metal lá fora subam.

Por aqui, o metal também brilha. Como o ouro é cotado em dólar, duas variáveis são responsáveis pelo comportamento da commodity no Brasil: a variação da moeda americana e a do próprio metal. O ouro acumula rentabilidade de 12,58% no ano e, em abril, até ontem, de 2,58%. Isso significa que nem mesmo a queda do dólar está conseguindo segurar a valorização do metal.

Aplicar em ouro no Brasil, entretanto, merece alguns cuidados. Para investir na commodity, o investidor pode comprar contratos que representam 250 gramas de ouro na BM&F por meio de uma corretora. Isso significa que ele terá de pagar um percentual de corretagem para comprar os contratos. O metal fica guardado na BM&F ou em um banco cadastrado e o investidor tem de pagar uma taxa de custódia, cobrada mensalmente.

Vale lembrar que os contratos de ouro não têm grande liquidez, ou seja, o investidor pode ter dificuldade em vendê-los quando quiser. É possível também comprar o ouro e levar para a casa, mas é algo que os administradores de investimentos não recomendam, por considerar muito perigoso. Além disso, se o investidor quiser depois vender o ativo, será exigida uma análise de pureza do metal. (LM)

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