sábado, 15 de dezembro de 2007

O lado sombrio da bolsa

Mais da metade dos lançamentos de ações deste ano deu prejuízo

Detalhes em http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/1990/artigo68741-1.htm

Dicas para comprar um carro, sem roubadas

Jornal da Tarde 15/12/2007

Com o mercado repleto de novidades e facilidades, é preciso ter cautela ao fechar
negócio. Especialistas e consumidores dão dicas infalíveis que vão ajudar o futuro
proprietário a não se arrepender de sua aquisição


1 - Na medida das suas necessidades
A primeira e mais importante dica é: compre um carro que atenda às suas necessidades. Já pensou encostar o possante novinho na garagem e ver que na hora de guardá-lo o assoalho raspa na calçada? Ou que toda a bagagem extra por conta do bebê recém-nascido não cabe no porta-malas do bonito fora-de-estrada? Tem gente que sonha em ter uma picape pequena, mas se esquece de que esse veículo só leva duas pessoas: adaptar banquinho extra na cabine estendida é ilegal. Para fazer sua escolha, considere ainda dados como o consumo de combustível, pois carro beberrão pesa no bolso e polui mais o meio ambiente.

2 - Novo ou usado?
Há quem só opte por carro novo e fim de papo, ainda que traga menos equipamentos. “Até uns 50 mil km praticamente não tem nada para fazer no carro. Para mim já são quase dois anos apenas fazendo as manutenções de rotina, como troca de óleo, filtros, alinhamento e balanceamento, sem nenhum gasto grande”, afirma Hugo Ferreira Leitão, empresário.

Mas tem gente que abre mão do cheirinho de novo para ter mais conforto, motor potente ou ambos, como o engenheiro de Materiais Fernando Pan. “A relação preço-benefício é melhor e a desvalorização do usado, bem menor.” Pan revela o segredo: cuidado com a manutenção de seu carro. “Gastei este ano uns R$ 1.300 no meu Honda Civic LX 98, com peças da suspensão, correia dentada e um vazamento de óleo. Fiz questão de levar a uma concessionária. Ano que vem devo gastar algo perto desse valor, mas faz parte. São esses cuidados que fazem um carro usado ser tão confiável quanto um zero-quilômetro.”

A procedência do carro, seja ele novo ou usado, também é importante. “O local deve ser de confiança. O melhor é optar por lojas conhecidas, mesmo no caso de carros novos”, alerta o consultor Paulo Garbossa, da ADK. E jamais se deve adiantar pagamentos sem estar com o carro.

Em relação aos usados, Garbossa recomenda que se evitem carros que tenham suas características originais alteradas. “Quanto mais original, mais fácil de revender. Esses itens adicionais, como rodas esportivas e aerofólios, são de gosto muito pessoal, nem todo mundo quer”, afirma o consultor.

3 - Visite lojas e concessionárias
Tabela de preços é apenas uma referência das fábricas aos seus concessionários. “Está escrito nela: preço sugerido. Os valores reais podem estar acima ou abaixo do indicado, vai depender da demanda”, alerta Paulo Garbossa, da ADK. É preciso pesquisar. “Visito várias lojas para situar o valor do carro. Comprei meu Polo Sedan numa cor que não queria (preta), mas ele estava em estoque havia algum tempo e por isso consegui um bom desconto, em torno de 15% sobre a tabela”, diz Paulo Cássio de Paula Souza, gerente de Recursos Humanos. E nada de ter vergonha: o melhor negócio é pechinchar. O engenheiro Mecânico Pelagio Ciesca Neto tem experiência no assunto. “Já aconteceu de estar com um vendedor na minha frente, outro ao telefone celular e começar a barganhar para ver qual deles me faria o melhor preço. Falam que faço leilão, mas não me importo, quero é economizar. Só fecho negócio depois de muita conversa. Tem que evitar o entusiasmo”, conta Ciesca.

4- Faça test drive
Antes de escolher seu carro, peça para dirigi-lo. “Hoje quase todas as marcas têm carros disponíveis para o consumidor avaliar. É só ir à concessionária e pedir. Se o vendedor não tiver o carro na hora, vai dar um jeito de consegui-lo, mesmo que seja um usado idêntico”, afirma Garbossa. Pouca gente faz isso, mas o risco de se arrepender depois existe. Há até quem alugue um modelo semelhante, como o engenheiro Ciesca Neto. “Carro infelizmente não é uma camisa, que se você não gosta deixa no armário. Já comprei carro que fiz test drive e gostei, mas depois experimentei uma versão diferente e me arrependi por não tê-la escolhido.”

5- Índice de satisfação
É importante colher o máximo de informações sobre o modelo escolhido. Fale com quem possui um igual, pergunte seu nível de satisfação, como é o dia-a-dia, a manutenção. Pesquise também seu valor de revenda. “Na hora da compra, principalmente de um usado, o referencial é o valor de revenda. A tabela do Jornal do Carro é uma referência. Na hora de vender, pode-se basear nela”, explica Paulo Garbossa.

Fique atento à situação do carro no mercado. Modelos prestes a sair de linha podem valer a pena. “Para quem vai ficar quatro, cinco anos com um carro, pegar um que vai sair de linha é bom negócio. Inclusive pelos descontos que são oferecidos para ele. Mas quem quer trocar logo de carro, no prazo de um a dois anos, deve esperar pela chegada do modelo novo”, aconselha Garbossa.

6- ‘Pelado’ ou Equipado?
Embora nem todo mundo consiga arcar com o preço de acessórios como direção hidráulica e ar-condicionado, deve-se ter em conta que carro equipado é mais fácil de revender. “Em São Paulo, ar e direção fazem vender mais rápido. Mas isso depende da região do País. E os equipamentos devem ser originais”, afirma Paulo Garbossa.

A vantagem do financiamento é que se pode comprar um carro mais equipado e diluir o valor extra nas prestações.

Hoje também há a prática do acessório de concessionária. “Foi uma forma de reduzir o custo de produção do veículo e levar o cliente às concessionárias. Na prática, não há diferença para o consumidor, desde que os itens sejam da linha oficial da marca e instalados de acordo com os padrões. A autorizada é co-responsável pelo produto”, diz Garbossa. “Mas o consumidor deve ficar atento, pois cada item instalado tem seu próprio prazo de garantia. E esta pode ser comprometida se as instalações originais de componentes como o chicote elétrico forem alteradas”, avisa o consultor.

7- Cuidado com financiamentos
Segundo Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), “nunca se deve comprometer mais de 25% do orçamento familiar”. O engenheiro Ciesca Neto inclui em seus cálculos os valores do seguro e IPVA e evita contrair novas dívidas a longo prazo. “Débitos a curto prazo ou manutenções intercalo entre os vencimentos de seguro e IPVA”, conta Ciesca.

8 - Pesquise taxas de juros
Miguel de Oliveira afirma que é imprescindível pesquisar entre bancos e financeiras as melhores taxas de juros e as menores parcelas. “Nunca se deixe seduzir logo pelo que é oferecido na concessionária. E lembre-se de incluir a taxa de abertura de crédito (TAC) e o imposto sobre operações financeiras (IOF).”

O valor do bem financiado pode até dobrar. “Um veículo de R$ 25 mil pago em 84 meses sairá, no final, por mais de R$ 51 mil”, alerta Oliveira. “Por causa dos juros, pagarei R$ 10 mil a mais. Quero quitar a dívida”, diz o empresário Hugo Leitão.

9 - Troca vantajosa
Para dar o carro usado como parte do pagamento por um novo é necessário ficar atento, pois há concessionárias que dão desconto no zero, mas “compensam” reduzindo bastante o valor do usado na troca. “É bom lembrar que lojas que trabalham corretamente têm custos com documentos, por isso oferecem valores abaixo da tabela na hora de receber o usado”, alerta Garbossa.
“Só troquei de carro porque tive uma boa avaliação da revenda Fiat, que ofereceu R$ 17.500 no meu Ka, enquanto outras davam de R$ 15 mil a R$ 16 mil. Fiquei com o Idea”, conta Hugo Leitão.

10 - Considere os custos adicionais
A maioria dos consumidores compra carro pela emoção, não pela razão. Por isso, deixa de fazer contas importantes. “No caso de carros financiados, não é só a prestação que conta. Deve-se ter estrutura para manter o automóvel”, alerta Miguel de Oliveira. “Se ele já comprometeu a renda com as parcelas, como vai encher o tanque ou pagar o seguro?”, questiona. Tomando o Celta como exemplo, a conta é: segundo a fábrica, o modelo 1.0 roda na cidade 10 km/l (álcool). Com o litro a R$ 1,30, o gasto semanal será de R$ 13, caso se rodem 100 km, ou R$ 52 mensais. Em seguida virá o seguro. Para o Celta a cotação gira em torno de R$ 1.600. E ainda há IPVA (4% do carro), licenciamento e até multas. Ou seja: ter carro é também sinônimo de despesas.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Casa própria mais rápida

Jornal da Tarde
13/12/2007

Em dez meses, bancos conseguiram reduzir em até 50% o tempo de espera pela análise dos documentos necessários para liberação do financiamento

Rodrigo Gallo,
rodrigo.gallo@grupoestado.com.br

O dinheiro do financiamento imobiliário está chegando cada vez mais rápido às mãos dos consumidores. O motivo é que, nos últimos dez meses, as instituições financeiras conseguiram reduzir em até 50% o tempo de espera pela análise da documentação necessária para comprar a casa própria. Assim, o processo de aprovação da compra do imóvel e confecção do contrato está mais ágil.

Em fevereiro deste ano, o Jornal da Tarde telefonou para o serviço de atendimento de alguns bancos para checar quanto tempo levava para o consumidor receber o crédito - do momento em que entregava os papéis à empresa até a liberação dos recursos. Na época, o prazo variava entre 30 e 60 dias. Nesta semana, o JT voltou a entrar em contato com as centrais de atendimento e constatou que houve redução dos prazos .

No início do ano, a informação dada pela Caixa Econômica Federal é que o banco entregava o dinheiro em até 30 dias. Agora, já é possível conseguir o financiamento após 15 dias, para alguns casos - o que dá uma redução de 50% no prazo. Esse tempo, contudo, pode se estender mais. Depende, por exemplo, da demanda da agência onde o financiamento é solicitado.

No Santander, o tempo de espera caiu de 40 dias, em fevereiro, para uma média de 30 a 35 dias.

Em outros casos, como na Nossa Caixa e no Real, funcionários afirmaram que os prazos continuam os mesmos de fevereiro.

O diretor setorial de crédito imobiliário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Osmar Roncolato, afirma que as instituições financeiras têm investido no treinamento dos empregados para tornar mais dinâmico o processo de análise de documentação de crédito. Além disso, algumas empresas reforçaram o quadro de funcionários dos setores responsáveis pela papelada, para aumentar a agilidade de avaliação do departamento.

Além disso, Roncolato diz que há outro fator importante para essa redução considerável nos prazos: “O próprio crescimento do volume de operações de financiamento imobiliário acaba melhorando o processo de concessão de crédito”, afirma o diretor da Febraban.

Por fim, alguns bancos possuem um serviço para facilitar a emissão de certidões: há despachantes à disposição dos candidatos a mutuário, que ficam responsáveis por acelerar o pedido dos documentos.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), João Cláudio Robusti, a redução no tempo de liberação do financiamento é positiva para todo o mercado imobiliário.

De acordo com Robusti, o principal motivo para a maior rapidez na análise de documentos é a concorrência entre as instituições financeiras - que estão se empenhando para melhorar os detalhes do processo de análise de crédito e documentos para ganhar mais espaço no mercado. “Além de criar novos produtos para atender um número maior de consumidores, os bancos precisam diminuir a burocracia para facilitar a liberação do dinheiro e agilizar a concessão do crédito.”


COMPARE OS PRAZOS

EM FEVEREIRO

Caixa: 30 dias

Nossa Caixa: 30 a 40 dias

Santander: 40 dias

HSBC: 45 dias

Unibanco: 45 a 60 dias

Real: 60 dias

EM DEZEMBRO

Caixa: 15 a 30 dias

Nossa Caixa: 30 a 40 dias

Santander: 30 a 35 dias

HSBC: 40 dias

Unibanco: 36 a 60 dias

Real: 60 dias

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Os IPOs e os novatos: "Ah, se arrependimento matasse!"

Valor Econômico
Gabriel Cintra
12/12/2007



Os tão falados IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) têm sido uma importante ferramenta de atração de novos investidores para a bolsa. Parte desse público, principalmente jovens sem histórico em mercado acionário, ouve casos de grandes lucros de conhecidos e trabalha com o pensamento de que o sucesso passado é garantia de lucro no futuro.


Na realidade, a história não é bem assim. Embora a maioria dos IPOs tenha sido extremamente bem-sucedida, com diversos casos de desempenho muito acima do esperado, cabe ao novo investidor fazer uma análise completa do terreno em que começará a pisar: quais são as condições do mercado, da empresa e de seu setor, dar a devida atenção ao prospecto (por mais complexo que ele possa parecer), buscar saber quais as perspectivas pontuais para aquela empresa que vai abrir o capital.


Também é muito importante saber o porquê daquela empresa estar abrindo seu capital, afinal trata-se de uma maneira estratégica de captar recursos. A empresa busca dinheiro para novos investimentos, expansão, aquisições? Para onde vai o seu capital?


Uma parcela dos estreantes entra na bolsa com informações suficientes para lidar com investimentos de risco, sendo bem assessorados por corretores e analistas. Adquirem, assim, noção de longo prazo, a mecânica do mercado acionário, etc. Mas, em outra parcela, persiste uma pergunta cada vez mais freqüente: se o IPO de tal empresa rendeu tanto de lucro, então eu vou entrar neste e vou ganhar com certeza?


A pergunta que pode soar ingênua para alguns tem muita valia para essas pessoas. Se elas não se dessem ao trabalho de perguntar, não teriam o esclarecimento de que ganho passado não quer dizer lucro futuro. Ou que um exemplo bem-sucedido de um IPO não quer dizer que será repetido em um outro, pois as empresas são diferentes, os números são outros e até o mercado pode estar vivendo um humor distinto.


O papel do corretor ou do assessor de investimentos nesta etapa também é crucial para ajudar o investidor que ainda está iniciando no mercado de ações. No Ação Jovem, por exemplo, procuramos enfatizar aos jovens investidores que se informem da maneira mais completa possível com seus pares.


Outra questão crucial que se abre diante dos sucessos dos recentes IPOs é a realização do lucro precoce - são os chamados "flippers" (que tentam surfar na onda e vender logo na estréia). Há aí dois pontos a serem analisados: o primeiro é a questão já citada sob a ótica de longo prazo. Um investimento no IPO é um investimento em ação e deve ser analisado pelo mesmo critério.


Uma valorização grande no dia do lançamento pode gerar, porém, a vontade de realização. Isso pode ser um desperdício de oportunidade, já que as empresas não alteram sua perspectivas do dia para a noite e os papéis podem continuar se valorizando posteriormente. Basta olhar para IPOs recentes que deram uma bela rentabilidade no primeiro dia, mas continuaram subindo posteriormente. Ah, se arrependimento matasse! Mas a experiência serve para isso, e novos investidores têm muito a aprender com erros, e acertos também.


Por outro aspecto, um ponto que deve ser analisado, e agora pensando como economista, é o custo de oportunidade. Ora, um retorno de mais de 20% corresponde a quase o dobro da rentabilidade do CDI de hoje. Como não sair?


O importante neste caso é pré-determinar um limite pessoal de ganho, em que haja o incentivo para a realização. E que não gere arrependimentos futuros.


Voltando aos IPOs em si, cada vez mais empresas de setores outrora inimagináveis na bolsa estão fazendo suas ofertas iniciais. Quem diria há cinco anos que uma instituição de ensino, por exemplo, abriria capital? Hoje, vemos empresas deste setor na Bovespa com um bom desempenho. Há ainda empresas abrindo capital baseadas em projetos, sem sequer existirem ainda.


O que temos visto é uma demanda forte pelos papéis e, por causa da chamada Lei do Silêncio, muitas informações não têm permissão para ser divulgadas, tais como projeções e perspectivas. Diante disto, como analisar a inexperiência dentro do mercado? Como saber o comportamento futuro de um papel do qual não temos um benchmark? Há indícios de como é possível fazer uma análise mais profunda para se embasar nestes casos.


Quando há uma marca por trás da empresa, bem falada, com gestores conhecidos e bem-sucedidos, uma empresa líder no seu setor, já há pistas e o cheiro de um bom investimento. Empresas que pela natureza do seu negócio já são benquistas no mercado também saem com um pé na frente rumo à bolsa. E o que temos notado também é que um IPO dentro de um setor estreante no pregão acaba puxando concorrentes para a corrida do mercado. Foi o que ocorreu recentemente com o setor imobiliário e com os bancos médios. E com sucesso.


Os IPOs podem ser, portanto, bons negócios. Mas vale sempre lembrar: cada IPO é uma situação diferente - e rentabilidade passada não é garantia de lucro futuro, como dizem todos os prospectos.


Gabriel Cintra, economista, é presidente do Ação Jovem do Mercado Financeiro e de Capitais.


E-mail: ajmca@jmc.com.br


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Quando um consultor financeiro diz que é melhor poupar para comprar um imóvel à vista invariavelmente ouvirá aos berros de algum vendedor que ele não está considerando a valorização do imóvel. Pois bem, fui buscar dados na página da EMBRAESP sobre a evolução do preço médio do M² de área útil em dos lançamentos residenciais na região metropolitana de São Paulo. Os dados estão em http://www.embraesp.com.br/pesquisas/pranual.htm.

Vamos supor que alguém comprou 1 metro quadrado em 1997, ele teria pago R$1.1197,00 por ele. No final de 2006 ele o venderia por R$3.187,00. Mas se ao invés de ter ouvido o vendedor, ele aplicasse o dinheiro em um fundo DI ele teria R$6.337,75. Ou seja, seria possível comprar quase dois apartamentos. E se fosse aplicado na bolsa a quantia seria de R$5.342,92. Os cálculos foram baseados em dados disponíveis na página do Banco Central (http://www.bcb.gov.br).

Conclusão, antes de ouvir quem quer que seja, faça as contas e pense com a sua cabeça. Afinal o corretor quer vender o imóvel o mais rápido possível para ele ganhar a comissão.

Invista em ações mais seguras

Jornal da Tarde
10/12/2007


Papéis da Vale e da Duratex estão entre as cinco empresas que mais registraram valorizações neste ano e são ótimas opções de investimento

RODRIGO GALLO, rodrigo.gallo@grupoestado.com.br


Quem pretende investir em ações deve saber de antemão que correrá riscos. Porém, há meios de minimizar a possibilidade de perder o dinheiro aplicado e ainda aumentar as chances de lucro. O segredo é buscar papéis de empresas consolidadas, como Petrobrás, Vale do Rio Doce e Telemig, e acompanhar diariamente o sobe e desce do mercado para saber a hora certa de comprar e vender os títulos.

De acordo com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), as ações da Sid Nacional tiveram a maior alta do ano, no período compreendido entre janeiro e outubro: 121,36%. No segundo lugar do ranking estão os papéis da Bradespar, com 118,54% de valorização nos mesmos meses. Na seqüência, estão a Vale do Rio Doce e Duratex.

Por outro lado, as maiores baixas do ano foram registradas nas ações da Cosan (-38,34%), Natura (-28,25%), Pão de Açúcar (-26%), Gol (-23,13%) e TAM (-21,95%).

A principal dica para não comprar papéis de empresas que oferecem risco maior é ficar atento ao mercado financeiro e, se possível, procurar uma corretora de confiança para ter assistência na hora da análise. “Pegamos relatórios feitos por analistas e indicamos aos investidores as ações que estão rendendo mais e que se enquadram no perfil da pessoa”, explicou a assessora de investimento da corretora Gradual, Doraci Rodrigues Júlia.

Normalmente, ações relativas a empresas bem consolidadas e que já atuam no País há bastante tempo costumam ser mais seguras. Contudo, um papel com uma boa alta acumulada no último ano não significa, necessariamente, que a situação continuará assim: sempre é possível ter desvalorizações, dependendo da oscilação do mercado e de fatores ligados ao desempenho da própria empresa em seu ramo de atividades.

Aplicações

O economista Luís Carlos Ewald, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, explica que os investimentos de renda variável devem ser tratados como aplicações de longo prazo, ou seja, geralmente é preciso ter paciência para obter lucros maiores: a chave é comprar quando as ações estiverem em baixa no mercado e vendê-las quando o preço estiver alto.

Para ter mais garantias de lucro, Ewald orienta os investidores a “não colocar todos os ovos na mesma cesta”. A idéia dele é que as pessoas diversifiquem as aplicações, potencializando as chances de obter uma rentabilidade satisfatória: é recomendável comprar ações de mais de uma empresa e até mesmo colocar parte do dinheiro em outros tipos de investimentos, como fundos de renda fixa ou previdência privada, para ter certeza que uma das tentativas resultará em resultados positivos.

Outra dica importante é que quem pretende ingressar no mercado de ações não pode ser ansioso ou afobado: o lucro pode demorar para aparecer. “É preciso ter prudência e cautela para comprar e vender ações, principalmente no caso de quem não está acostumado com as oscilações do mercado”, orienta o matemático financeiro José Dutra Sobrinho. “Qualquer investimento em ações tem riscos, pois a Bolsa pode valorizar ou não. Tudo depende do comportamento do mercado”, justificou.

Conheça o mercado de ações

Papéis com as maiores altas do ano

1º Sid Nacional ON 121,36%
2º Bradespar PN 118,54%
3º Vale R. Doce ON 107,02%
4º Vale R. Doce PNA 105,50%
5º Duratex PN 79,07%

Papéis com as menores baixas do ano

1º Cosan ON -38,34%
2º Natura ON -28,25%
3º P. Açúcar CBD PN -26%
4º Gol PN -23,13%
5º Tam S/A PN -21,95%

Veja o preço da ação de algumas empresas

Sid Nacional ON R$ 150,00
Bradespar PN R$ 51,21
Vale R. Doce ON R$ 64,10
Vale R. Doce PNA R$ 53,94
Duratex PN R$ 46,32
Petrobras ON R$ 94,30
Petrobras PN R$ 80,27
Bovespa HLD ON R$ 35,21
Telemig Part ON R$ 112,20
Telemig Part PN R$ 48,91

ENTRE PARA UM CLUBE

R$ 29 é o investimento mensal do clube da Força Sindical
R$ 200 é o aporte recomendado para ter bons lucros
2 anos é o prazo médio para lucrar com os investimentos

CONHEÇA ALGUNS CLUBES

Gradual
(www.gradualcorretora.com.br)

Spinelli
(www.spinelli.com.br

Socopa
(www.socopa.com.br)

Magliano
(www.magliano.com.br

Elite
(www.elitecvm.com.br)

Coinvalores
(www.coinvalores.com.br)

PASSO-A-PASSO

Reúna um grupo para criar o clube. Deve ter no mínimo três pessoas e no máximo 150 integrantes Procure uma corretora de investimentos ou um banco para administrar o grupo

Os integrantes desse clube podem ser amigos, parentes ou colegas de
trabalho. No caso de funcionários da mesma empresa, a Bovespa permite ultrapassar o limite

Defina o valor mínimo dos investimentos mensais de cada membro do clube

Prepare o estatuto do clube com a corretora. Além disso, cada participante deve preencher um cadastro e anexar uma cópia dos documentos pessoais

Se não houver problemas com a documentação, o clube é registrado na Bovespa e na Receita Federal, ficando autorizado a funcionar

SAIBA MAIS

É a corretora quem dá as orientações para a escolha das ações a serem compradas e toma as decisões relativas aos investimentos

Ações dão bons rendimentos a médio e longo prazos. O tempo para se obter lucro varia de um ano e meio a dois anos

Há riscos em aplicar na Bolsa: dependendo do desempenho, a ação pode sofrer desvalorização

Não se deve comprar as ações quando estão em alta e nem vender quando estão em baixa

Recomenda-se comprar ações de empresas consolidadas, como Petrobrás e Vale
do Rio Doce

O cotista dos clubes não deve se abalar caso um dos investimentos dê
prejuízo: as perdas e os ganhos fazem parte da rotina da Bolsa de Valores

domingo, 9 de dezembro de 2007

Como comprar um automóvel sem comprometer o orçamento

A resposta a esta pergunta não é única. Há pessoas que compram aquele que tem uma prestação que cabe no bolso. Enquanto outras dizem que não se pode passar de 6 meses de salário. Outros compram o mais barato possível.

Mas um critério objetivo pode ser feito. Se alguém comprar um carro cuja manutenção o torne inviável do ponto de vista financeiro o prazer será substituido pela dor de estouros sucessivos na conta bancária. Se a manutenção do carro exceder a sua capacidade de poupança o dono do bólido terá que cortar despesas do seu orçamento, o que não é nada agradável. Então, o critério proposto é que o custo do carro não deve ser maior que a poupança em base anual.

Quanto custa manter um carro? Considere IPVA, depreciação, seguro, manutenção, estacionamento e combustível. A soma das despesas anuais citadas é em média 25% do valor do carro. Ou seja, um carro de valor igual à 4 vezes o valor de sua poupança anual é o máximo que uma pessoa pode comprar sem comprometer seu estilo de vida.

Caso já possua um carro, o custo anual de manutenção dele deve ser acrescido à poupança anual para se calcular o maior preço que se pode pagar por um automóvel.

SAC x Tabela Price

Há duas opções de amortização disponíveis para financiar um imóvel, o sistema de amortização constante (SAC) e a tabela price. Qual escolher? Como sempre a resposta é depende. Mas, depende do quê?

Para simplificar vamos supor que não há atualização pela TR ou por algum índice de inflação. Sob esta hipótese as prestações na tabela price são constantes. No SAC as prestações são decrescentes, mas inicialmente são maiores que as tabela price, e há um momento em que se tornam menores.

No livro Cálculo Financeiro de Clóvis de Faro há uma demonstração de que é melhor optar pelo SAC toda a vez que a taxa de juros pagas pelos investimentos forem menores que a taxa de juros do financiamento. Ou seja, dificilmente a tabela price é uma boa opção.
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