quarta-feira, 18 de novembro de 2009

BNDESPar prioriza varejo em oferta de debêntures

Autor(es): Carolina Mandl e Alessandra Bellotto

Valor Econômico - 18/11/2009

  

A BNDES Participações, braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), está fazendo uma oferta de R$ 1 bilhão em debêntures, sendo que metade será destinada às pessoas físicas com pelo menos R$ 1 mil para investir. O restante poderá ser adquirido por investidores institucionais, como fundos de pensão e seguradoras.

Os recursos vão ser usados pela BNDESPar para aumentar os investimentos em empresas por meio da compra de suas ações, debêntures ou de outros valores mobiliários. E, para isso, a companhia quer atrair os recursos dos pequenos investidores. Hoje, o banco começa a divulgar os detalhes da oferta por meio de anúncios em jornal, rádio, internet e revista. Não haverá, porém, atores conhecidos, como o Banco do Brasil fez em 2006 e em 2007 em oferta de ações que teve Fernanda Montenegro como garota-propaganda. A veiculação da campanha, que fica no ar até 10 de dezembro, custará R$ 1,8 milhão.

  

  

A aplicação mínima exigida é de R$ 1 mil, o que equivale a uma debênture. Depois de decidir o tamanho da aplicação, limitada a R$ 500 mil, o investidor poderá fazer seu pedido de reserva em agências bancárias do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco - coordenadores da oferta - ou em corretoras. O prazo vai de 24 de novembro a 10 de dezembro. Na reserva, os aplicadores também devem informar a remuneração que pretendem receber pela debênture. A emissão da BNDESPar tem duas séries, com prazos e remunerações diferentes. A taxa final só será conhecida no dia 14 de dezembro, após a coleta de intenções de investimentos dos institucionais.

Os papéis devem fazer sucesso entre o público do varejo. Com a redução sistemática dos prêmios pagos nas emissões de debêntures desde o início do ano - dada a melhora das condições de mercado e a forte demanda pelos papéis -, as grandes oportunidades escassearam, mas o investidor continua atrás de alternativas que paguem mais que a tradicional renda fixa, fortemente impactada pela redução da taxa de juros. O grande atrativo da operação é que ela traz um prêmio em relação aos títulos públicos, sem adicionar risco de crédito, destaca Rodrigo Menon, sócio da Beta Advisors. "BNDESPar é praticamente risco de governo."

Na primeira série, com vencimento em janeiro de 2013, a taxa será fixada com base no juro embutido no contrato de DI futuro de mesmo prazo, mais um valor de até 0,8% (teto). Ontem, esse contrato estava sendo negociado a 12,30%. Se o prêmio ficar na casa de 0,3% - abaixo do teto de 0,8% -, a remuneração da debênture seria de 12,60%. Esta é uma taxa prefixada boa, na visão de Menon. "Acredito na alta dos juros, mas dificilmente a Selic média do período vai superar a taxa estimada para o papel", afirma. Menon trabalha com uma Selic de 10,5% em 2010.

No caso da segunda série, que vence em maio de 2015, a remuneração do papel, a ser atualizado pelo IPCA, será correspondente à taxa da NTN-B de mesmo prazo, acrescida de um prêmio de até 0,7%. Ontem, esse título estava pagando 6,80%, além da inflação. Com um prêmio equivalente à metade do teto fixado para a oferta, a taxa do papel seria de 7,15%, mais IPCA.

Mas o prêmio não é de graça, ressalta a diretora da área de investimentos do HSBC Private Bank, Andrea Moufarrege. "O investidor precisa analisar o risco de mercado", destaca. Nessa emissão, o que pesa não é o risco de crédito da instituição, mas as incertezas que podem interferir no rumo dos ativos. Ela cita, por exemplo, a trajetória da taxa de juros. "São papéis longos", diz.

Hoje, afirma Andrea, o DI futuro com vencimento em janeiro de 2013 projeta uma taxa em torno de 12,30%, o que embute, grosso modo, uma alta superior a 3,5 pontos percentuais para a taxa Selic (atualmente em 8,75%). Segundo ela, a previsão mais pessimista no mercado hoje é de elevação de 3 pontos. O problema é se no meio do caminho algo acontecer e o contrato passar a marcar 13,30%. Nesse caso, o impacto negativo para o investidor que tiver travado a taxa a 12,30% será de 1 ponto percentual multiplicado por 4 (número correspondente ao prazo do papel, de 4 anos). "A oferta da BNDESPar traz um prêmio adicional, mas ele está ligado ao risco de mercado e ao prazo longo dos papéis."

Isso não quer dizer que a operação seja ruim, ressalva Andrea. Ela apenas sugere que o investidor não faça posições muito grandes por causa do prazo. Por outro lado, Andrea cita duas grandes vantagens: a taxa de custódia baixa (R$ 6,90 por semestre ou isenta dependendo do caso) e a ausência do pagamento de cupom semestral. Haverá carência de, no mínimo, dois anos para o pagamento de juros para que o investidor se beneficie com a menor alíquota de Imposto de Renda, de 15%.

Não há garantia de que os investidores de pequeno porte vão conseguir aplicar todo o dinheiro desejado. Isso porque, se houver excesso de demanda, haverá rateio. A única previsão é de que cada um ficará com pelo menos R$ 15 mil, o que equivalente a 15 debêntures. Acima disso, a divisão será proporcional ao pedido. Se a BNDESPar ainda não conseguir destinar R$ 15 mil para cada um, devido à forte procura, um novo valor máximo poderá ser fixado. Se houver forte demanda, a operação poderá ser ampliada em até 35%, para R$ 1,350 bilhão.

Desde o começo do ano, a oferta da BNDESPar era esperada. Documentos chegaram, inclusive, a ser enviados à Comissão de Valor Mobiliários. Mas, naquela época, ainda em meio à crise, a remuneração pedida pelos investidores era mais alta, o que teria feito a empresa esperar por um momento melhor, com taxas mais baixas.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Onda imobiliária

Na busca por ganhos diferenciados, fundos com lastro em imóveis despertam a atenção da pessoa física.


Valor Econômico

Por Paola de Moura, do Rio
17/11/2009

Os fundos imobiliários vivem um momento para lá de especial. A forte procura por parte dos investidores tem feito com que essas aplicações comecem a ganhar volume, depois de 15 anos desde a sua criação. Enquanto em 2008 o valor total de lançamentos foi de R$ 616,86 milhões, neste ano até ontem o número já chega a R$ 1,382 bilhão entre ofertas registradas e com dispensa, segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) levantados pelo escritório de advocacia Lobo & De Rizzo. O crescimento é de 124%.

Os números ficam ainda mais interessantes quando se olha as ofertas em análise na CVM. Há outros R$ 2,496 bilhões que, somados ao volume já registrado, representam nada menos do que um crescimento de 528,7% no ano. O total de R$ 3,878 bilhões equivale ainda a quase 90% dos lançamentos acumulados entre 2000 e 2008, de R$ 4,396 bilhões.

Só na semana passada, entrou em análise uma oferta de R$ 1,3 bilhão liderada pela Votorantim Asset Management (VAM). A operação está dividida em dez séries, a primeira de R$ 400 milhões e as demais de R$ 100 milhões cada. Se sair, será a maior emissão de fundo imobiliário já realizada. Ainda não há prospecto disponível, mas o que se comenta no mercado é que o fundo, batizado de Votorantim Securities, deve investir em títulos de base imobiliária, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com origem em operações envolvendo empreendimentos do próprio grupo - há de se esperar para tirar a "prova dos nove".

Sob o ponto de vista do investidor, os juros em níveis historicamente baixos têm levado muita gente a procurar alternativas mais rentáveis em relação à renda fixa. A isenção de imposto sobre o rendimento para a pessoa física confere um brilho a mais para essas aplicações neste momento. Os fundos imobiliários contam com isenção de IR sobre rendimentos distribuídos desde que o investidor não tenha mais de 10% do total do fundo.

Vale lembrar que, apesar do lastro em imóveis, esses fundos são considerados aplicações de renda variável. Isso porque essas carteiras têm dois componentes de ganhos: a variação das cotas e o rendimento distribuído originado de receitas de aluguel. Como são fundos fechados, não há resgate das cotas. O cotista vende suas cotas a terceiros no mercado secundário, como no caso das ações de companhias abertas, por exemplo. O resultado da maior procura por parte dos investidores interessados na renda é a valorização das cotas que, juntamente com o rendimento distribuído, faz o retorno da aplicação neste ano ficar próximo do Ibovespa. (Ver reportagem abaixo)

Diante do aquecimento do mercado, a Caixa Econômica Federal - primeira a lançar um fundo para o varejo em 2004, o Torre Almirante - pretende ofertar ao mercado até cinco novos fundos imobiliários até o início de 2010. Segundo Flavio Arakaki, gerente operacional de Fundos Especiais da instituição, dois deles são fundos de locação. A empresa construirá um prédio e a renda virá do aluguel. Os modelos dos outros ainda estão sendo estruturados, mas o investidor pessoa física poderá participar. O banco colocará alguns deles com investimento mínimo de R$ 1 mil.

Dois motivos explicam o maior volume de estruturação de fundos imobiliários sob o ponto de vista das gestoras. A CVM lançou duas instruções que mudaram o mercado. A primeira foi a Instrução 472, publicada em outubro do ano passado. Ela flexibilizou as regras que regem a constituição e o funcionamento dos fundos imobiliários. A autarquia permitiu, por exemplo, a subscrição parcial das cotas do fundo. Na prática, criou-se a possibilidade de trabalhar com um valor mínimo de subscrição, que varia de carteira para carteira, para que um fundo seja constituído. A partir da norma, destaca Carlos Ferrari, advogado especialista em fundos imobiliários da Lobo & De Rizzo, quando um administrador planeja criar um fundo para investir em um imóvel de R$ 50 milhões e não consegue arrecadar toda a quantia, ele pode investir inicialmente só a parcela levantada.

No entanto, a mesma instrução trouxe um entrave para o mercado: exigiu que o cotista aprovasse toda e qualquer modificação no fundo. Ou seja, se houvesse a necessidade de alterar o investimento ou migrar para outro portfólio, a assembleia teria que ratificar a decisão. "A Instrução 478, de setembro deste ano, acabou com esta exigência e o mercado deslanchou", completa Ferrari.

Arakaki, da Caixa, também acredita que as novas normas da CVM vão ajudar a expandir o mercado, mas critica a falta de liquidez do mercado secundário. Além disso, ele não acredita que o número de negociações secundários vá aumentar porque, segundo ele, os fundos vão render entre 1,2% e 1,3% ao mês e, com isso, num período de juros baixos, ninguém vai querer sair do investimento.

A sócia da área de Direito Imobiliário do Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados, Christiane Scabell Höhn, acredita que o mercado de fundos possa crescer ainda mais com o interesse dos fundos de pensão e principalmente com a chegada dos estrangeiros que estão trazendo mais investimentos ao Brasil e precisam buscar aplicações com boa rentabilidade. A advogada conta que o escritório está prestando serviços para quatro fundos imobiliários que estão sendo constituídos e devem chegar ao mercado no próximo ano. Dois deles são de estrangeiros criando fundos de fundos.

Mas na visão de Rodolpho Vasconcellos, superintendente-geral da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), o volume ainda é pequeno e a falta de liquidez do mercado secundário é o principal entrave para que os fundos imobiliários ganhem volume de verdade. É necessário que o home broker passe a entrar neste mercado, mas para isso, as cotas precisam ser mais baratas. Vasconcellos também acredita que a entrada dos estrangeiros no mercado aumentará o volume o que estimulará secundário.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Taxa de administração não cai e pode subir

Autor(es): FABRICIO VIEIRA

Folha de S. Paulo - 16/11/2009

  

Afastado o temor de fuga dos fundos para a poupança, custos estagnaram ou, em alguns casos, tiveram pequenas altas


Nos fundos de ações, a tarifa média cobrada foi de 2,18% em julho para 2,22% em setembro; multimercados foi de 1,43% para 1,46%

O temor de que os fundos sofressem valiosa perda de recursos para a poupança parece ter ficado para trás. Com os juros no piso, a Bolsa de Valores em alta e o desinteresse dos aplicadores em migrar dos fundos para a poupança, os bancos demonstram ter dado o assunto por encerrado. E não adianta o investidor ainda esperar por taxas de administração menores.
As taxas de administração, que haviam se tornado uma das vilãs nos últimos meses, estão paradas há algum tempo. E, em alguns casos, como nos fundos de ações e multimercados, têm chegado a registrar pequenas altas. Nos fundos de ações, a taxa de administração média saiu de 2,18% em julho para 2,22% em setembro. No caso dos fundos multimercados, foi de 1,43% para 1,46% no período.
"Os bancos passaram tranquilos por esse problema [risco de migração para a poupança]. Talvez se os juros básicos tivessem continuado em queda, tivéssemos visto outra realidade", diz William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV.
Os dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) mostram que nos fundos DI, que é a categoria que sofre mais de perto os efeitos da Selic cadente, a taxa de administração variou de 0,98% no fim do primeiro semestre para 0,97% em setembro.
O que os bancos fizeram de efetivo durante o período mais crítico, no primeiro semestre, foi mexer nas taxas de administração de forma indireta, ao diminuir a aplicação mínima inicial de muitos fundos. Dessa forma, deram ao cliente a oportunidade de, com os mesmos recursos que possuía, encontrar um tipo de fundo que cobrasse taxa menos elevada.
Antônio Cássio Segura, gerente-executivo da área de varejo do BB, diz que o investidor de médio porte, que costuma aplicar em fundos, "chegou a olhar para a poupança, mas acabou por manter suas aplicações onde estavam". "O temor de que houvesse migração não se concretizou", diz Segura.
O mercado projeta que a taxa Selic -referência para os juros praticados no mercado, inclusive nas aplicações- começará a subir em 2010. Hoje a Selic está em 8,75%. Para o fim de 2010, o mercado trabalha com a expectativa de 10,50%.
Quando a Selic começou a acelerar o processo de queda, ainda no primeiro trimestre, se começou a especular que os investidores trocariam os fundos pela poupança que, por não cobrar nem taxa de administração nem IR, se tornaria mais competitiva. Naquela época, o governo começou a dar sinais de que estaria disposto a passar a cobrar IR da poupança para tentar equilibrar o jogo.
A taxa de administração está presente nos fundos e costuma oscilar entre 1% e 3%. Quanto menor a rentabilidade da aplicação, mais pesada fica, proporcionalmente, a taxa de administração cobrada.
"O mercado deu um alívio para os gestores, que com certeza há não muito tempo estavam preocupados com o risco de perderem aplicações. Não houve a forte migração para a poupança que se esperava, os juros parecem que chegaram a seu piso e a Bolsa voltou a subir com força", diz Mauro Calil, do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil.

Captação de recursos
A caderneta de poupança captou cerca de R$ 17 bilhões em recursos neste ano. No segmento de fundos, as categorias que se destacam no ano são os multimercados, que acumulam captação de R$ 32,1 bilhões, seguidos pela renda fixa, que atraiu R$ 9,8 bilhões, e as ações, com R$ 2,3 bilhões.
Os fundos DI ainda estão no vermelho em 2009, com saques batendo aplicações em R$ 5,01 bilhões. Mas a categoria tem demonstrado poder de recuperação: nos primeiros dez dias do mês já captou R$ 1,2 bilhão.

Aplicação certa faz seu 13º virar 14º, 15º...

O melhor destino para o salário extra depende do valor e de quanto tempo ele vai ficar aplicado

Jornal da Tard

16/11/2009

PAULO DARCIE, paulo.darcie@grupoestado.com.br

Ao receber o 13º salário, quem não tiver dívidas para quitar e estiver com as finanças pessoais organizadas terá com o abono a oportunidade de reforçar seus investimentos. Decidir onde aplicar o dinheiro extra depende do quanto sobrou, quanto já se tem investido e em quanto tempo pretende usar o dinheiro.

Caso os recursos já tenham destino certo, e o investimento seja apenas para guardá-lo por alguns meses, especialistas concordam que a tradicional caderneta de poupança pode ser uma boa opção. "Ela não exige nenhuma tecnologia ou grandes cálculos e fica fácil sacar o dinheiro", diz o professor de finanças da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Rafael Paschoarelli.

A caderneta tem sido em 2009 uma boa alternativa aos fundos de renda fixa, que perderam rendimento com as quedas da taxa básica de juros, a Selic, e têm taxa de administração. "Eventualmente algum banco pode ter alguma boa opção de CDB mais vantajosa, mas isso depende de negociação", opina a professora de finanças da Unicid, Sandra Biagioli.

Se o bolo do 13º não tiver destino no curto prazo, Paschoarelli recomenda o investimento conservador em títulos da dívida pública, vendidos pela internet, pelo site www.tesourodireto.gov.br. Trata-se de uma modalidade de investimento extremamente segura, já que o risco que ela carrega é atrelado ao risco de calote do governo. "O ideal é procurar por títulos com o vencimento compatível com o tempo que vai precisar de investir", afirma ele.

Para Paschoarelli, não adianta começar um novo investimento sem ponderar o preço pago pelo produto - como taxas de administração e corretagem. "Se a dúvida é o que fazer com o 13º, isso depende de quanto de dinheiro estamos falando. Se sobra pouco, pode ser que as taxas comprometam a rentabilidade", avalia. "A melhor opção, então, pode ser reforçar algum investimento que já tenha."

O tamanho da renda extra e o do montante já poupado também pesam na hora de se decidir por aplicá-la no mercado de ações. Os especialistas não recomendam focar os investimentos em renda variável justamente por seu risco elevado. Para a professora Sandra, um investidor sem experiência neste mercado não deve arriscar seu 13º caso não tenha um "bom colchão". "Com menos de R$ 50 mil já garantidos em outros investimentos mais seguros, não é recomendado entrar na bolsa"

Acertar suas pendências, no entanto, vem antes de qualquer plano para o 13º. "Não adianta pensar em investimento para médio ou longo prazos se tem dívidas", afirma Paschoarelli. Para ajeitar a casa, os especialistas recomendam dar prioridade ao pagamento de dívidas mais caras, ou seja: as que têm maior taxa de juros

"Cartão de crédito e cheque especial são, geralmente as mais caras", afirma Sandra Biagioli, da Unicid. "É preciso colocar tudo no papel, ver quais as mais caras e tentar renegociar".

Pensando no futuro

A enfermeira Sarah Sumaia, de 24 anos, já tem planos para o dinheiro extra do 13º. Uma parte dele vai para uma viagem de fim de ano para a Bahia. "Reservei uns 30% para as férias", conta ela.

Os outros 70% serão investidos. Ela cogita comprar ações, e está estudando aumentar seu portfólio, que já tem papéis de Petrobrás e Vale do Rio Doce . "Gostaria de diversificar", conta. O destino do investimento já é certo, e não deve passar mais de um ano imobilizado em ações. "Vou resgatar no fim do ano que vem para planejar meu casamento", conta Sarah.





POUPANÇA

PRÓS
É a modalidade menos complexa e mais fácil de se investir. Tem também alta liquidez. Sobre seu rendimento não incide imposto de renda.


CONTRAS
Movimentar o dinheiro entre caderneta e conta corrente é fácil. Assim, é preciso cuidado para que o que deveria ser poupado não caia no giro mensal.



FUNDO DE RENDA FIXA


PRÓS
Não tem, entre os componentes da carteira, ações ou outros ativos de renda variável. Por isso são seguros. Há opções para investimentos a partir de R$ 50


CONTRAS
Com a queda da Selic, o rendimento dos fundos piorou, e alguns perdem da poupança. Altas taxas de administração podem minar os ganhos.



AÇÕES


PRÓS
O mercado de renda variável pode significar ganhos maiores do que a renda fixa. Para quem tem conhecimento, é boa opção para o longo prazo


CONTRAS
O rendimento não é garantido, e está sujeito a acidentes de percurso. Quanto mais arriscado o investimento, maior o prejuízo em caso de perdas.



TESOURO DIRETO

PRÓS
Dá para comprar títulos com pouco mais de
R$ 100. Eles podem ser comprados pela internet, têm rendimento garantido e corretagem baixa.

CONTRAS
Caso o investidor decida resgatar o dinheiro investido antes do vencimento do título, corre o risco de não conseguir o retorno esperado.

Locations of visitors to this page