sábado, 11 de julho de 2009

Tesouro Direto ganha mais adeptos

Jornal da Tarde
11/07/2009
Luciele Velluto

A procura pelos títulos públicos bateu recorde de movimento financeiro e de número de investidores no Tesouro Direto em maio. A modalidade em que pessoas físicas compram esses papéis diretamente do governo por meio da internet registrou aumento de 55% no volume movimentado em relação ao mesmo mês de 2008, passando de R$ 97,059 milhões para R$ 150,5 milhões. São 158,6 mil cadastrados no programa, com R$ 2,8 bilhões aplicados em papéis do governo federal.

Os títulos tornaram-se mais interessantes para o pequeno investidor pessoa física a partir do momento em que os fundos de renda fixa perderam rendimento com a queda da Selic, a taxa básica de juros. “Há uma migração, pois são dois investimentos seguros, mas o Tesouro está rendendo mais”, comenta Roberto Vertamatti, diretor executivo de finanças da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

De acordo com o diretor de produtos e estratégia da Infinity Asset, André Paes, mesmo que o Tesouro Direto também use a Selic como base de rendimento, quando a taxa básica cai, o juro cai para todos, o que faz os títulos públicos ainda ficarem na frente de outros ativos de renda fixa. “O que o torna atrativo é o custo menor, pois a taxa de corretagem é de até 0,8% para os títulos públicos e, nos fundos de renda fixa, a taxa administrativa está em 3%”, explica.

Frente a caderneta de poupança, o Tesouro Direto também se mostra atrativo. Segundo Vertamatti, a expectativa é que a poupança tenha valorização de 7,5% este ano, com 6,17% de rendimento mais a Taxa Referencial (TR). Já os títulos públicos devem render entre 8,5% e 9% líquidos. Mas se a aplicação for feita por mais tempo, como nos papéis com vencimentos em 2024, o rendimento pode ficar acima de 10%.

“O crescimento dessa opção de investimento ocorre também por causa da informação. Muita gente desconhecia os títulos e passou a investir depois que comparou com outras modalidades de mesmo risco. No caso do Tesouro Direto, se pode fazer a aplicação diretamente por meio do site do governo federal”, explica Paes.

O diretor da Anefac recomenda que é melhor aplicar em papéis com rendimento pré-fixado. “Apesar da expectativa de crescimento da Selic em 2010, a longo prazo o juros devem cair, o que faz os títulos pré-fixados mais interessantes.”

A recomendação dos especialistas é que o interessado pesquise entre as corretoras a melhor taxa de corretagem. “Encontra-se por 0,3% ou 0,4%. Mas se for um investidor antigo, é possível conseguir taxa zero”, diz Vertamatti.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Investidor tem de ficar atento a taxa de fundos

Folha de S. Paulo - 07/07/2009

  

 O investidor que quiser manter suas economias nos fundos que pagam juros e ainda superar os ganhos da poupança terá de pesquisar e encontrar taxas de administração menores. Do contrário, é mais vantajoso deixar as economias na poupança.
Segundo cálculos feitos pelo economista José Dutra Vieira Sobrinho, com a Selic em 9,25% ao ano e considerando um IR de 20%, é necessário que o fundo cobre taxa de administração de apenas 1% ao ano para superar o retorno da poupança. Nessa simulação, um fundo DI com taxa de 1,5% pagaria líquido -descontada a taxa e o IR de 20%- cerca de 0,50% ao mês, enquanto a poupança daria aproximado 0,55%.
"Perder volume de aplicações é o argumento mais contundente para levar os bancos a reduzirem as taxas de administração", afirma Márcia Dessen, consultora da Bankrisk. "Quem quer ficar em fundos [que pagam juros] tem de buscar taxas de administração de em torno de 1% ao ano. Ou vai perder para a poupança", diz.
Além dos fundos e da poupança, há aplicações de baixo risco e que pagam juros, como os CDBs (oferecidos pelos bancos a seus clientes) e os títulos do Tesouro Direto (sistema de aplicação via internet).

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