sábado, 7 de julho de 2007

Truque para poupar

Uma maneira eficiente para conseguir poupar é fazer uma previsão dos gastos do mês seguinte e guardar o restante no mesmo dia do salário, caso aplique em fundos, um dia antes se for no tesouro direto ou três dias se preferir ações.

Ampliado uso do fundo para reduzir a prestação de imóvel

DO "AGORA" de 07/07/2007:

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ampliou os limites para que os mutuários do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) possam abater o valor das parcelas da casa própria.Agora, quem tem renda de até seis salários mínimos mensais (hoje, R$ 2.280) pode abater até 80% do valor das prestações com o uso do FGTS. Pela regra anterior, só os mutuários com renda de até quatro salários mínimos (R$ 1.520) tinham direito de fazer o abatimento usando esse percentual.Segundo a tabela aprovada na reunião de quinta-feira do Conselho Curador, quem ganha mais de 6 e até 12 salários mínimos (R$ 4.560) pode abater até 60% do valor da parcela usando o dinheiro do fundo. Mutuários com renda superior a 12 mínimos podem abater até 40% da prestação mensal.Os novos limites entrarão em vigor após a publicação da resolução do Conselho Curador no "Diário Oficial" da União, o que deverá ocorrer provavelmente na próxima semana.O conselho também autorizou que trabalhadores beneficiados pelo FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) utilizem recursos do FGTS para pagar as prestações do imóvel, amortizar parte da dívida ou quitá-la integralmente.Até maio deste ano já foram utilizados R$ 6,25 bilhões do FGTS em operações do FAR. Segundo o governo, com a mudança aprovada pelo conselho na quinta-feira, pelo menos 36 mil arrendatários poderão antecipar a compra de seus imóveis até o final deste ano.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Apesar de alta da Bovespa, não é hora de vender ações, diz economista

O artigo está no UOL: http://noticias.uol.com.br/uolnews/economia/2007/07/06/ult2499u353.jhtm

Saldo devedor complica compra de imóvel

O artigo está no G1: http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL64857-5599-6352,00.html

Ganho com a diferença

Do Valor Econômico de 06/07/2007:

Por Luciana Monteiro

Os gestores de multimercados precisaram suar a camisa para ganhar dinheiro no mês passado. Apesar de o Índice Bovespa ter fechado em alta pelo quarto mês consecutivo, de 4,06%, o Copom ter reduzido mais os juros, em 0,5 ponto percentual, e as perspectivas de longo prazo continuarem favoráveis, o forte vai-e-vem dos ativos, especialmente no fim de junho, pegou alguns gestores de surpresa. Deram-se bem nesse cenário as carteiras que buscam ganhar com a diferença entre os preços de determinadas ações e os fundos que tentam capturar os movimentos de curto e médio prazos.
Dados do escritório de aconselhamento financeiro Arsenal Investimentos mostram que, em média, os multimercados conseguiram passar pela prova de fogo da volatilidade no mês passado. Das 114 carteiras que compõem os índices elaborados pela instituição, 68 tiveram retorno acima do CDI no mês. Mas, olhando de perto, nem todos estão indo tão bem quando comparados com a média dos concorrentes que adotam a mesma estratégia de gestão, alerta Gustavo Coelho, responsável pela área de alocação da Arsenal. A comparação por estratégia é importante porque os multimercados, apesar de estarem sob uma mesma classificação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), são muito diferentes. Para se ter uma idéia, dos 114 fundos, só 54 tiveram ganhos superiores aos seus respectivos índices.
No início de junho, o retorno dos títulos do governo americano de dez anos saiu de 5% ao ano e chegou a 5,30% ao ano, diante do receio dos investidores com a inflação nos EUA. A luz amarela acendeu depois que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) colocou a inflação como um risco maior que a recessão. A interpretação do mercado foi de que o Fed poderia elevar a taxa de juros em vez de começar a reduzi-la. Depois, no fim do mês, problemas em fundos hedge que aplicaram em papéis de hipotecas nos EUA, chamados de subprime, causaram nova onda de aversão ao risco. Isso fez o Ibovespa cair e a curva de juros com vencimento mais longo negociado na BM&F subir - também por conta da confusão no Brasil em torno da meta de inflação para 2009, de 4,5% para o governo e 4% para o Banco Central. "Isso trouxe perdas para muitos gestores que apostavam num cenário de queda dos juros", lembra Coelho. Até o dólar comercial fechou pela primeira vez no ano em alta, com modesta valorização de 0,21%.
Alheias a esse revés do mercado, as carteiras que adotam a estratégia "equity hedge" foram bem. Os fundos da categoria renderam 1,37% em junho, em média, bem acima do CDI, que variou 0,90% no período. A classe dos "equity hedge" é formada por multimercados e por alguns fundos de ações que ganham com arbitragem utilizando ações e seus derivativos como principal estratégia. São os fundos long/short, que procuram ganhos somente entre ações que tenham alguma correlação - ON com PN de uma mesma empresa, por exemplo. No ano, a categoria acumula 8,89%, ante 6,01% do CDI. Em 12 meses, o ganho médio é de 20%, muito acima dos 13,23% do CDI.
Segundo Coelho, boa parte do retorno veio da recuperação de ações que estavam fora do Ibovespa. "Durante uns três meses, o fluxo de recursos na bolsa foi principalmente para ações de maior liquidez e, no mês passado, houve uma recuperação dos papéis que renderam menos que o índice", diz. Ele observa, porém, que, entre as carteiras, os ganhos são bem diferentes: dos 33 fundos que compõem o Equity Hedge da Arsenal, só 14 tiveram retorno acima do índice.
Já os fundos que a dotam a estratégia macro, ou seja, que buscam ganhar com o cenário econômico e a tendência dos ativos, foram bastante afetados pela volatilidade. No mês passado, o retorno médio das carteiras que compõem a categoria foi de 0,83%. No ano, porém, o rendimento médio é de 8,99% e, em 12 meses, 20,09%. Os fundos macro compõem a maior parcela dos multimercados brasileiros - 45 dos 114 fundos que fazem parte dos índices da Arsenal. Em junho, os macro foram responsáveis pela metade da captação de R$ 2 bilhões verificada pela Arsenal entre as carteiras abertas.
Já os multimercados com estilo trading de gestão apresentaram rentabilidade média de 0,99% em junho e, dos 24 fundos que compõem o índice, 10 superaram o indicador. Fazem parte dessa categoria os multimercados que atuam em todos os segmentos, mas o gestor busca capturar os movimentos de curto prazo, como uma tesouraria de banco, mudando de estratégia rapidamente. "A categoria aproveitou o movimento de volatilidade ao longo do mês e obteve o segundo maior desempenho em junho", diz Coelho. No ano, o índice Arsenal Trading registra ganho de 6,81% e, em 12 meses, tem alta de 16,36%.
Os fundos de arbitragem - multimercados que buscam ganhar com a diferença de preços entre ativos em diversos mercados como juros, câmbio e bolsa - tiveram rentabilidade média de 0,91% em junho. Segundo Coelho, essas carteiras conseguiram tirar proveito de boa parte da volatilidade do mês passado, mas perderam gás com a volta de um cenário de tendência mais definida. No ano, o índice Arsenal Arbitragem apresenta rendimento de 6,64% e, em 12 meses, a alta é de 15,19%.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Previdência Privada

Sempre me perguntei se a melhor opção era aplicar o dinheiro por conta própria ou fazer um PGBL.

A vantagem da segunda opção é o incentivo fiscal. Por exemplo se o investidor ganhar R$100 mil no ano, ele pode aplicar R$12 mil e abater no seu imposto de renda. No ano seguinte ele terá direito a R$12 mil*0,275=R$3.300,00 de abatimento ou restituição no IR. Se ele reaplicar esta restituição ganhará R$3.300,00*0,275=R$907,50 no ano seguinte e assim por diante. Calculando a Taxa Interna de Retorno desta Progressão Geométrica obtém-se que ela é igual a 2,1% a.a. Ou seja, só vale a pena aplicar em PGBL se a taxa de administração do fundo for menor que 2% a.a.

Outro ponto positivo é a possibilidade de indicar qualquer beneficiário em caso de falecimento do investidor. É um bom instrumento para planejamento de herança.

Porém, há riscos ao se aplicar em PGBL. Se a seguradora quebrar, o investidor perde todo o dinheiro. Além disso, o gestor pode comprar papéis que prejudiquem a rentabilidade do fundo por falta de conhecimento ou mesmo má fé.

Se o leitor não conseguir achar um PGBL que lhe dê um retorno adequado, a alternativa é aplicar o dinheiro em ações e títulos públicos. Mas isto abordarei em outro tópico.

INDEFINIÇÃO COM META ELEVA JURO

Alex Ribeiro

Valor Econômico
5/7/2007


O mercado financeiro embutiu em junho uma inflação 0,5 ponto percentual maior nos juros pagos pelos papéis prefixados do Tesouro, aumentando o custo de rolagem da dívida. A alta do prêmio de risco inflacionário se explica, em parte, pelas incertezas na definição da meta de inflação de 2009 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Analistas econômicos apontam também outras três razões: 1) o mercado vinha mantendo uma projeção excessivamente otimista para a inflação; 2) houve uma piora da inflação corrente; 3) o cenário internacional esteve um pouco mais volátil em junho.
Levantamento do economista Francisco Cintra, da Renascença DTVM, mostra que em junho a inflação implícita nos papéis federais subiu quase 0,5 ponto percentual, de 3,36% para 3,82%. Ele chega a essa conclusão ao comparar os juros pagos nas NTNs-B (papel do Tesouro com rendimento indexado ao IPCA) que vencem em agosto de 2010 com os juros dos contratos DI.
Outro método de estimar a inflação implicita é pela diferença entre os juros pagos pelas NTNs-F, um título público prefixado, e as NTNs-B. Cálculos de analistas mostram que, depois de cair a 3,2% em fins de maio, a inflação implícita subiu a 3,8% no fim de junho. Nesse caso, a diferença é um pouco maior do que 0,5 pp.
A alta na inflação embutida nos títulos ocorreu em um mês de intensa incerteza na definição da meta de inflação de 2009. Nesse período, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu declarações públicas em defesa de uma meta mais alta, de 4,5%, em vez dos 4% defendidos pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Também em junho o presidente Luiz Inácio da Silva adiantou, em entrevista ao Valor, que a meta seria de 4,5%. No fim do mês, esse percentual foi confirmado pelo CMN, em um anúncio considerado confuso pelo mercado. Ainda não sabe, oficialmente, qual será o percentual exato de inflação a ser perseguido pelo BC em 2009.
Cintra diz que a alta da inflação implícita nos papéis federais se deve a um conjunto de fatores, como a pressão na inflação corrente e a volatilidade internacional, mas ele destaca que a decisão do CMN teve um papel central.
"O governo estabeleceu uma meta maior acreditando que isso permitira cortes maiores de juros e uma expansão mais forte da economia", afirma. "É errado achar que aumentando a inflação a economia pode crescer mais. Está ocorrendo justamente o contrário: não só a inflação fica maior, mas se cria a expectativa de menos cortes na Selic."
Os juros futuros ficaram mais elevados, afetando, por exemplo, o crédito bancário e elevando o custo de oportunidade dos investimentos produtivos. Em vez de mais crescimento, a meta mais alta contém a expansão do PIB.
Outro efeito do aumento da inflação implicita será nos gastos com juros do governo. Hoje, 40,5% da dívida líquida do setor público é prefixada. Caso o prêmio inflacionário de 0,5 pp. se mantenha terá um impacto anual de até R$ 2,2 bilhões no pagamento de juros, conforme os títulos colocados em mercado forem substituídos por novos.
Sérgio Goldenstein, da Arx Capital Management, reconhece que a decisão do CMN teve um papel importante no aumento da inflação implícita nos títulos públicos. Mas ele pondera que há uma série de outros fatores por trás do movimento. Um deles é que, anteriormente, as expectativas inflacionárias haviam melhorado de forma exagerada, caindo de um patamar de 4% no começo do ano para 3,2% em maio. "O mercado ficou excessivamente otimista e era natural que parte desse otimismo fosse revertido", afirma. Ele lembra que, embora tenha subido, a inflação de 3,8% é relativamente baixa, já que é bem inferior à meta, de 4,5%.
Outro fator importante foi o efeito da volatilidade internacional em junho. Incertezas sobre o juro americano provocaram a saída de investidores estrangeiros, fazendo a curva de juros futuros subir. Mas a curva de juros das NTNs-B não subiu na mesma proporção porque as aplicações nesse papel são feitas por investidores com estratégias de longo prazo e, portanto, menos suscetíveis a movimentos de curto prazo nas taxas de juros.
A inflação implícita nos títulos públicos subiu também em virtude de indicadores mais negativos na inflação corrente. Goldenstein diz que os índices de preços estão sendo afetados por fatores pontuais, como a alta do leite. Embora transitórios, esses efeitos acabam afetando as projeções de prazos mais longos.
"As incertezas sobre na definição da meta pelo CMN contribuem para que a volatilidade de curto prazo contamine horizontes de projeção mais longos", afirma Goldenstein. "Mas as projeções tendem a recuar quando ficar claro que a pressão na inflação é apenas temporária
."

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Aerus encerra pagamento de benefícios a aposentados

Do Jornal do Brasil de 04/07/2007:

Raquel Abrantes

Aposentados e pensionistas da antiga Varig promovem hoje manifestação, a partir das 11h, em frente ao prédio do fundo de pensão Aerus (Praia do Flamengo 66). Eles vão protestar contra o fim do pagamento aos 4.419 integrantes do plano 1 de previdência complementar - que deveriam ter recebido ontem a parcela da aposentaria desse mês. Os 2.373 beneficiários do plano 2 devem ter o último vencimento depositado até 3 de agosto.
Como antigamente só havia a aposentadoria pública, procuramos fazer a nossa poupança e criamos o fundo de pensão, mas quebramos a cara - conta o coordenador dos aposentados do Aerus, comandante Zoroastro Fereira Lima Filho. Com 76 anos, ele trabalhou 38 anos em aviação comercial e perdeu o benefício mensal de cerca de R$ 6 mil. Agora, o comandante é responsável por comunicar aos companheiros seus direitos e a organizar os movimentos de protesto.
Em fevereiro deste ano, o Aerus deveria ter em caixa R$ 1,45 bilhão para pagar os vencimentos do plano 1, mas os recursos destinados a eles somavam R$ 170 milhões, segundo dados fornecidos pela Associação dos Pilotos da Varig (Apivar). Já para o plano 2, precisavam de R$ 950 milhões e contavam com R$ 567 milhões. Essa desproporção reduziu o pagamento do comandante aposentado Venâncio Borba Barreto, de 73 anos. Ele passou a receber apenas 20% do valor de seu benefício (plano 1) depois da liquidação do Aerus, em abril de 2006.
É uma injustiça muito grande - diz Barreto, inconformado - É como se um marginal assaltasse a velhinha que foi ao banco receber a pensão - compara o comandante, que trabalhou durante 39 anos no setor aéreo.
Com o fim do benefício, o comissário aposentado Paulo Resende terá de abrir mão do plano de saúde, no valor de R$ 477, do qual também depende sua mulher, e imagina uma vida de carestia daqui em diante. Ele, que chegou a receber R$ 2.200 de complementação até o ano passado, vinha nos últimos anos recebendo parcelas cada vez menores. O último benefício, pago em junho, foi de R$ 1.017 líquidos. Agora, não resta nada mais.
Presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio afirma que há dinheiro no Aerus para o depósito mensal dos aposentados da Varig.
Queremos convencer que o valor disponível no fundo como ativo líquido é suficiente para o pagamento de mais três meses dos beneficiários do plano 1 - defende a presidente.
Os fundos de pensão fechados são fiscalizados pelo governo, por meio da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), órgão do Ministério da Previdência.
Os aposentados e pensionistas da Varig têm, como todos os outros, o direito de receber seus benefícios até a morte - resslata o vice-presidente da Apivar, Marcelo Duarte Lins. - São pessoas idosas, que estão fora do mercado de trabalho.
Em março deste ano, o interventor do fundo, José da Silva Crespo, comunicou aos beneficários do plano 1 - que reúne os funcionários mais antigos - que eles teriam apenas mais dois meses a receber. Já aos do plano 2, o interventor informou que teriam garantidos mais quatro meses de pagamento.
Quando a Varig teve sua falência decretada e foi vendida, os planos 1 e 2 do fundo de pensão Aerus incluíam cerca de 15 mil funcionários da empresa - sendo 6.700 aposentados e pensionistas e 8.289 trabalhadores ainda em fase de contribuição - além de um rombo superior a R$ 3 bilhões.

Conta de luz cai 12,66%

Do Jornal da Tarde de 04/07/2007:

Fatura da Eletropaulo fica mais barata a partir de hoje, mas valendo a partir da conta de agosto

MARCOS BURGHI,
marcos.burghi@grupoestado.com.br

As contas de energia elétrica dos cerca de 5,4 milhões de assinantes residenciais do Estado de São Paulo vão ficar 12,66% mais baratas. A redução foi divulgada ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A diminuição é resultado da revisão periódica das tarifas, feita a cada quatro anos, conforme determina o contrato da Eletropaulo, distribuidora que atende 24 municípios na região metropolitana de São Paulo, incluindo a Capital.De acordo com a Eletropaulo, com a redução, uma conta de R$ 100, por exemplo, deve cair a algo em torno de R$ 88,80. Quem gasta em média R$ 75, se mantiver o nível de consumo, não deverá desembolsar mais que R$ 66,60. Já para contas na faixa dos R$ 50, estima-se que a redução faça com que o valor fique em R$ 44,40.Bertaldo Soares, presidente da Eletropaulo, afirmou que embora as reduções passem a valer a partir de hoje, os consumidores sentirão o impacto da diferença a partir das contas com vencimento em agosto, quando serão cobrados os valores baseados no que marcavam os relógios de luz em julho.Para Marcio Nakane, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP), a redução foi considerável e ele acredita que com isso as pessoas vão transferir o valor economizado nas contas de energia elétrica para outros itens do orçamento.Apesar da redução, lembra Nakane, os consumidores não devem descuidar de usar a energia elétrica com cuidado. Entre os itens da casa, o chuveiro elétrico e a geladeira são responsáveis por cerca de 60% do total consumido no mês.A Aneel também anunciou ontem a redução de tarifa para as indústrias atendidas pela Eletropaulo. A média será de 10,45% e também vai valer a partir de hoje. De acordo com Bertaldo, a empresa vai analisar o índice de redução e, caso tenha alguma sugestão de mudança levará a Aneel, embora, até o momento, ele não veja motivo para qualquer objeção.InflaçãoNa opinião de Marcio Nakane, que também é coordenador de pesquisa do IPC-Fipe, um dos índices que servem para medir a inflação na Capital, o impacto da redução nos valores da energia elétrica deve refletir-se nos índices dos próximos três meses, com especial diferença em agosto. Segundo Nakane, em julho, a diferença deve ser de 0,05 ponto porcentual. 'Isso significa uma inflação de 0,40% cairia para 0,35%.Em agosto, explica Nakane, o impacto será maior, de aproximadamente 0,41 ponto porcentual. Assim, o mesmo índice positivo de 0,40% se transformaria em 0,01% negativo, ou seja, haveria uma deflação. Já em setembro, diz Nakane, o reflexo no IPC deverá ficar por volta de 0,07 ponto porcentual. Um total projetado em 0,40 % cairia para 0,33%.

O QUE MUDA NO SEU BOLSO

>>Redução de 12,66% nos valores das contas de assinantes residenciais a partir de hoje

>>Mantidos os níveis de consumo, uma conta de R$ 100 deverá cair para R$ 88,80; quem gasta hoje por volta de R$ 75 passará a pagar R$ 66,60 e os consumidores na faixa dos R$ 50 devem pagar R$ 44,40

>>A previsão é que a maior parte da redução seja sentida a partir do mês de agosto, quando os consumidores receberem ascontas baseadas em valores de julho

Cresce calote no condomínio

Do Jornal da Tarde de 04/07/2007:

Inadimplência subiu 14,42% na Capital. Por regiões, a do Ipiranga foi a que registrou a maior alta, com 80%

CHARLISE MORAIS, charlise.morais@grupoestado.com.br


A inadimplência em condomínios em São Paulo cresceu 14,42% em maio. O número de ações de cobrança impetradas no Fórum Central João Mendes - que distribui para os outros fóruns da Capital - subiu de 1.214 em abril para 1.389 em maio, conforme aponta o levantamento feito pelo Grupo Hubert.Essa foi a segunda maior alta na taxa de inadimplência de condomínios deste ano, perdendo apenas para o mês de março, que registrou 1.493 ações distribuídas e uma alta de 38,5% em relação ao mês anterior. A região que apresentou maior aumento de inadimplentes foi a do Ipiranga: 81,82%. Em números absolutos, subiu de 11 para 20.O bairro da Penha, na Zona Leste, da Capital ficou em segundo lugar, aumentando de 71 para 118 ações de cobrança - uma alta de 66,20%.De acordo com o presidente do Grupo Hubert e vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), Hubert Gebara, não há explicação lógica para essa alta súbita - incomum nesta época do ano. 'Espero que essa situação seja passageira e momentânea. Mas, para determinar as causas que geraram essa alta será necessário analisar o comportamento do setor nos próximos meses para ver se essa tendência continua', argumenta.Gebara lembra ainda que durante os meses de dezembro e janeiro é período de férias forenses e, portanto, até fevereiro existe muito represamento de ações de cobrança. 'Por isso o alto número registrado em março, mas isso é comum e esperado. Em abril houve uma normalização na entrada de ações de cobrança de condomínio, mas o alto volume registrado em maio parece ser mais reflexo de uma situação difícil pela qual estão passando os condôminos', arrisca.Outra explicação plausível para o aumento da inadimplência, segundo o vice-presidente do Secovi, é o ajuste à Lei 11.232, em vigor desde o final de junho de 2006, que tornou mais rápida e ágil a cobrança do condomínio em atraso. Com isso, as ações que demoravam de 2 a 4 anos passaram a ser resolvidas em no máximo 2 anos e isso acabou estimulando a impetração de ações contra os inadimplentes.O que encarece o condomínioDe acordo com o diretor de condomínios da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (Aabic), Omar Anauate, o que mais encarece a cota condominial é a folha de pagamento dos funcionários, que equivale de 50% a 60% das despesas. 'Se o condomínio não tem um quadro de funcionários otimizado e enxuto ou, se tem mais de uma portaria ou serviços adicionais como manobrista e segurança, por exemplo, esse custo será bem mais alto', ensina.Em segundo lugar na composição do que mais encarece a cota está a conta de água, que representa de 10% a 12% das despesas. Mas Anauate ressalta que o fato de o prédio ter piscina não significa que a conta será muito maior, já que ela não é cheia e esvaziada com freqüência. 'No caso de piscinas, o custo maior é com a manutenção e compra de produtos para limpeza e conservação da água e não, necessariamente, com o volume de água gasto.'O especialista orienta quem vai comprar um imóvel em um condomínio a sempre observar o número de unidades que rateará as despesas mensais. 'O custo fixo para se manter um prédio com dez ou 20 unidades - num mesmo padrão construtivo e com características semelhantes - é quase o mesmo, mas a diluição desses custos é diferente.' Anauate lembra ainda que quanto menos unidades, maior será o impacto para o condomínio em caso de inadimplência.


DÍVIDA PODE LEVAR IMÓVEL A LEILÃO
>>Administradora ou condomínio distribui ação de cobrança no Fórum
>>O réu (devedor) é citado
>>Se não pagar a dívida ou não fizer um acordo, sofre sentença condenatória (cabe recurso)
>>Se não apelar, o condomínio apresenta o valor da dívida e pede intimação
>>O inadimplente tem 15 dias para pagar, sob pena de multa de 10% do valor do processo
>>Caso não pague, a Justiça emite mandato de execução para penhora e avaliação do imóvel
>>O imóvel é avaliado e é designada uma data para a praça (leilão)
>>O imóvel vai a leilão

Mais da metade dos brasileiros desconhece a CPMF, diz pesquisa

Da Folha de São Paulo de 04/07/2007:

A CPMF ainda é desconhecida dos brasileiros. Cerca de 58% das pessoas não sabem da existência da contribuição.A conclusão é de pesquisa do Ciesp feita pelo Ipsos com mil pessoas de 70 cidades.A pergunta feita pela pesquisa foi se os entrevistados sabiam que o governo cobra 0,38% a cada vez que movimentam seu dinheiro para uma transação bancária para pagar contas, impostos e fazer saques. Só 42% dos entrevistados sabiam da existência da CPMF.Quando questionados se a contribuição encarece o preço de venda dos produtos consumidos, 69% do total dos entrevistados afirmaram que encarece muito. Só 19% responderam que encarece um pouco. Para 1%, não encarece nada, e 11% afirmaram não saber.O desconhecimento é grande e, dos que sabem, é quase unânime a posição contrária.Entre os que sabem, só 3% afirmaram que o governo deveria manter essa contribuição para aumentar a arrecadação.Para 18%, o governo deveria baixar gradativamente a taxa, até eliminá-la.Na separação por classes, o público AB é o que está mais informado. Entre eles, 71% responderam que conhecem a contribuição.Boris Tabacof, diretor do Ciesp, ressalta que o desconhecimento está concentrado nas classes mais baixas e no Nordeste. "Essa é uma cobrança que recai sobre a classe média. Se concentra nela basicamente", diz Tabacof.Em junho, o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) divulgou estudo que mostra que a classe média trabalha oito dias por ano só para pagar a CPMF.Na classe alta, que consome proporcionalmente menos com relação à renda, o período cai para seis dias. E, para as famílias com renda mensal inferior a R$ 3.000, são cinco dias trabalhados.Na classe DE, 70% não sabem de nada. A classe C está equilibrada, com 46% que dizem estar informados.O maior número de entrevistados desinformados está no Nordeste, com 75%. No Sudeste, 51% desconhecem a CPMF.Segundo Tabacof, "o resultado da pesquisa é emblemático". Ele afirma que isso mostra o estado a que chegou a questão tributária no Brasil e que é cada vez menor a expectativa de uma reforma tributária.

Transparência é arma para que filhos sigam o próprio caminho

Do Valor Econômico de 04/07/2007:

Mara Luquet

Um leitor da coluna quer saber até que ponto deve revelar ao filho o tamanho do patrimônio da família. É uma dúvida comum a muitos pais não só aos brasileiros. Recentemente, uma reportagem no jornal americano "The Wall Street Journal" mostrava como os pais estavam sendo surpreendidos com filhos pesquisando na internet o valor dos imóveis da família. Na reportagem, o colunista Robert Frank citava o caso de um herdeiro que descobriu que a família era dona de uma bela fortuna em mãos só depois que um colega de escola o presenteou com um exemplar da revista "Forbes" que trazia a lista das maiores fortunas da América e lá estava seu pai.
Mas, mesmo que você não figure em nenhuma lista dos mais afortunados do mundo, essa é uma questão relevante, principalmente porque faz parte de um processo importante da educação financeira de seus filhos. "Tem de ser transparente", diz Marco Gazel, sócio da M2 Investimentos, empresa especializada na consultoria de investimentos pessoais para famílias. Em seu trabalho, essa é uma questão rotineira e, para Gazel, a resposta é sempre a mesma: "seja transparente".
Mas observe que transparência não significa entregar seu comprovante de rendimentos para seu filho. O primeiro ponto a pensar é em relação ao orçamento doméstico e, neste aspecto, não tem discussão, a família toda precisa estar envolvida nas questões sobre receitas e despesas. Os consultores de investimento concordam que este cuidado facilitará muito a sua vida na hora de controlar despesas e construir um patrimônio.
"E se você chama a família para controlar despesas também precisa ser transparente quando a maré está boa e o patrimônio familiar cresce", diz Gazel. "Afinal, é uma conquista de todos".
No entanto, em geral, as pessoas não guardam dinheiro apenas por prazer. A construção de um patrimônio visa, além do conforto financeiro atual, financiar as despesas que estão para chegar, como a faculdade do filho, emergências, gastos com saúde e a sua aposentadoria. E este ponto tem de ficar claro para toda a família.
Assim, na hora em que seu filho perguntar sobre os investimentos da família mostre que esse é um dinheiro que tem destino certo. Veja bem, se seu filho não precisar custear os anos de aposentadoria dos pais já lhe será eternamente grato. E você poderá deixar bem claro que aquele é um investimento seu para poder manter o conforto a que tem direito por ter trabalhado duro por anos a fio. Ou seja, você conquistou o direito de ter uma boa vida e não quer viver de favores, principalmente de genros e noras.
"O papel do pai é educar o filho e não dar dinheiro", diz Gazel. Segundo ele, este cuidado vai fazer com que os filhos pavimentem seu próprio caminho rumo às próprias conquistas sem as quais poderão ter sérios problemas no futuro, inclusive com os pais. Muitos pais esperam que seus filhos fiquem adultos para, então, revelar integralmente ou parte da riqueza da família.
Ocorre que, como o acesso à informação está muito fácil, principalmente por meio da internet, seu filho poderá ter notícias sobre os ganhos dos pais por outras vias. Ele poderá ler em algum artigo a média salarial da profissão dos pais, notícias sobre participação no lucro ou opções sobre ações dadas pela empresa em que os pais trabalham, ou até mesmo as notícias sobre as altas espetaculares da bolsa poderão fazer com que seu filho faça a própria estimativa da riqueza familiar. E esse, definitivamente, não é o melhor caminho, segundo os especialistas.
No entanto, a maior parte das experiências coletadas pelos consultores financeiros pessoais com as famílias brasileiras dá conta que o problema na verdade é outro: dizer aos filhos que a família tem um patrimônio bem menor do que os pais sinalizaram ao longo de uma vida de gastos excessivos, sem qualquer planejamento.
Essa é uma bomba que vai estourar no colo do seu filho quando ele descobrir que os excessos financeiros praticados por seus pais não permitiram que eles cuidassem da própria aposentadoria. Será, neste momento, então, que o filho vai descobrir na prática que a família não era tão rica quanto ele pensava na adolescência. Torça para seu filho seja tão generoso quanto você foi.
Mara Luquet é editora da revista ValorInveste e autora do livro O Assunto é Dinheiro, escrito em parceria com o jornalista Carlos Alberto Sardenberg
E-mail: mara.luquet@valor.com.br

terça-feira, 3 de julho de 2007

Fundos de Ações e Corretoras

Hoje pela manhã, estava conversando com uma grande amiga minha quando percebi que há uma informação muito importante que não é bem difundida. Quando a pessoa compra ações através de uma corretora e vende em um mês um montante inferior a R$20 mil, ela não paga imposto de renda! Se o seu dinheiro está em um fundo você vai pagar 15% de imposto de renda...

Alguns vão dizer: mas um fundo é diversificado. Pois bem, há um fundo na Bovespa que chama-se PIBB, que reproduz a carteira do IBRX-50. Para saber a cotação da cota deste fundo o código bovespa é pibb11.

Última Chance!

Pessoal,

Para quem aplica em títulos públicos pelo tesouro direto está acabando o prazo para conseguir pagar 15% de imposto de renda no título LTN 010709 no vencimento, é só até 06/07/2007.

Aluguel x Financiamento Imobiliário




Muitas pessoas já lhe disseram que alugar uma casa é jogar dinheiro fora e que você deveria financiar para adquirir o que é seu? Mas, será que é isto é verdade?

Quando você vai ao banco e pede dinheiro emprestado e lhe cobra juros, o que não é nada mais que o aluguel do dinheiro! Ou seja, você vai continuar morando de aluguel, mas vai pagar no mínimo 9% a.a., se comprar um imóvel com valor menor que R$120.000,00. Já o aluguel de uma casa não passa de 7% a.a.

E vocês o que acham? Vale a pena antecipar o consumo, raspar suas reservas e pagar uma prestação de um terço do seu salário por 20 anos?
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