Jornal da Tarde 19/08/2007
Especialistas ensinam como proceder para colocar as contas em dia novamente
O asfalto que pavimenta o caminho para a saída das dívidas é feito de apenas um componente: a organização orçamentária. Na opinião do economista Willian Eid Júnior, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV/SP), o ideal é a reserva de 10% da renda líquida mensal para o pagamento de prestações e de cartões de crédito.
Aos já endividados, mas que ainda não estão com restrição ao crédito, Eid Júnior recomenda análise das dívidas e a troca das mais caras por mais baratas. Na prática significa, por exemplo, fazer um empréstimo consignado, com juros menores, para quitar saldos de cartões de crédito ou de cheque especial.
O passo seguinte - ensina ele - é fazer um planejamento do orçamento doméstico para pôr fim a despesas desnecessárias. Nessa fase, lembra Eid Júnior, são necessários certos cuidados, como evitar o consumo por impulso.
Aos consumidores já inadimplentes, ele sugere uma avaliação dos valores devidos e a reserva de 20% do orçamento doméstico para liquidá-los, não sem antes negociar uma forma que caiba no bolso.
O economista observa que não adianta nada assumir compromissos de parcelamento que não poderão ser cumpridos. Ele orienta que é preciso separar as dívidas em duas categorias: as de maior custo e as que causam mais constrangimentos pessoais. Depois, vem a decisão de por onde começar a “arrumação da casa”. Aos devedores que não tenham receita, Eid Júnior diz que o único jeito é recorrer à ajuda da família. Para qualquer um dos casos, ele garante que a fórmula é uma só: usar o dinheiro para que as dívidas não se multipliquem.
Para Rafael Paschoarelli, professor de Finanças da Universidade de São Paulo (USP), a primeira ação é definir uma parte das receitas para usar no pagamento das dívidas e negociar com os credores apenas o que pode ser pago. “De nada adianta pegar um empréstimo para quitar outro”, diz ele.
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