quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

"O que as Mulheres Querem Saber sobre Finanças Pessoais" - Humberto Veiga,

Valor Econômico
31/01/2008

hesaurus Editora, 160 páginas, R$ 34,90



À primeira vista, bastante semelhante a outros tantos manuais de iniciação no mundo fascinante e perigoso das aplicações financeiras, "O que As Mulheres Querem Saber sobre Finanças Pessoais", do economista Humberto Veiga, representa um avanço. Livro despretensioso, traz vários aperfeiçoamentos, como um glossário, muito útil para quem está começando a se interessar por aplicações financeiras. Outro capítulo interessante, um apêndice da obra, ajuda o investidor a se classificar em termos de risco - conservador, moderado ou agressivo -, facilitando a tomada de decisão sobre qual aplicação financeira escolher, por qual prazo e em que condições.


A preocupação em ser didático também transparece nas explicações sobre detalhes vitais para o investidor como as taxas de administração cobradas pelos bancos e corretoras. São dados exemplos que facilitam as comparações entre as opções de investimento.


A maior crítica que se poderia fazer é de que esta é uma obra para ser lida por qualquer pessoa, homem ou mulher. Com raras exceções, procura dirimir as dúvidas dos investidores de forma geral, sem realmente focar necessidades específicas das mulheres - até porque é discutível se os interesses e as preocupações das mulheres são muitos diferentes, em se tratando de investimentos pessoais.


A forma de apresentação foi, sim, elaborada para atrair mulheres, com títulos de capítulos como "A Escolha de Sapatos" ou "Na Minha Casa ou na Sua" (sobre financiamentos imobiliários). Um capítulo, batizado de "À Beira de um Ataque de Nervos", trata de questões que os homens consideram que as mulheres não conseguem resolver, como o controle dos gastos na hora das compras. Como resistir às tentações das vitrines de roupas femininas? E se não resistir, como não exagerar? pergunta o autor. Ou como controlar as compras feitas a prestação? As sugestões de Humberto Veiga valem, claro, para mulheres. Mas também podem ser valiosas para muitos homens, inadimplentes. (CGF)

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