sábado, 28 de julho de 2007

Uma grande besteira

Aos 27 anos eu não tinha carro e queria muito comprar um. Então entrei em um consórcio, na época até valia a pena, se eu tivesse o dinheiro para o lance, o que não era o caso...

Quando caiu a ficha que estava pagando uma prestação de um bem que eu não tinha, comecei a poupar para dar um lance e retirar o automóvel o mais rápido possível. Quando eu tinha aproximadamente 25% do valor do bem fui sorteado. Mas para usar a carta de crédito eu tinha que apresentar um fiador, ou seja, tive que recorrer à boa vontade de um amigo.

Mas a minha maior burrada ainda estava por acontecer. Ao invés de me limitar à carta de crédito, usei o dinheiro poupado para comprar um carro de maior valor, com direito à ar condicionado, trio elétrico, etc. O automóvel custava 20 vezes o meu salário da época!

O resultado foi que de poupador passei para endividado para manter as despesas daquele carro e após seis anos eu o vendi pela metade do preço nominal.

Mas a lição foi aprendida, comprei um segundo carro, com dois anos de uso e paguei à vista e ele custou o equivalente a 8 salários. Ou seja, IPVA, seguro e o custo de oportunidade dele não é tão alto.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tomi,

Pelo que entendi, você comprou o segundo carro (mais simples, usado e por um preço mais barato) seis anos após e ele custou 8 salários, sendo que o primeiro custou 20 e você o vendeu por 10, correto?

Assim, só posso deduzir uma coisa: ou o seu primeiro carro era uma Ferrari, ou comprou um Fuscão velho, ou então que seu salário diminuiu bastante em seis anos, não é mesmo? É por isso que você está fazendo mestrado?

Faça como eu: venda pastéis na feira, que dá bastante din-din! (Risos) E consegui comprar minha Kombi 0km mês passado, sem pagar nada: dei a entrada com meu limite de cheque especial e financiei o restante em 48 meses. Assim posso viajar com meu iate sem maiores preocupações.

Mas gostei da sua história, Tomi! Venha comer um pastel por minha conta quando quiser.

Srta. Enomis

Urano disse...

Cara Srta Enomis,

Você matou a charada, o meu salário variou sim, por isto o segundo carro custou 8 salários no momento em que eu o comprei. Mas quando vendi o primeiro, ele custava cerca de 3 salários do novo emprego, mas metade do valor inicial.

Toni

Anônimo disse...

Ei Toni,

Como vai ? Pelo seu comentário, fiquei com uma dúvida: se você vendeu o seu carro antigo por 3 salários do novo emprego e isso era metade do valor original, então você o comprou por 6 salários desse mesmo novo emprego, certo ? Bom, então o seu novo carro foi, na verdade, mais caro do que o anterior, já que custou 8 salários do novo emprego. Ou seja, você gastou mais por um carro mais velho e sem os badulaques da hora: ar condicionado, trio elétrico, etc, que valorizam o carro na hora de revender... Suas contas estão certas mesmo ?

Acho que esse negócio de ter carro não vale a pena, o custo é muito alto. Assim como você sou aluno de pós e com minha bolsa mal pago a moradia e o pão-com-mortadela do café da manhã e do almoço. Por isso, sou grande pregador do transporte público para todos não só porque é mais barato mas também porque nele podemos sentir o calor humano, bater um papo com o trocador ou com alguém que peça para você segurar os livros, etc. Na pior das hipóteses você pode ter a carteira batida, mas, no meu caso, isso faz pouca diferença porque só vão levar pouco dinheiro.

Porém, em alguns casos, o carro realmente é indispensável. Para baladas, por exemplo. Veja o meu caso: como vivo de bolsa, só dá pra ir em baladas bem longe da facul (perto é só pros bacanas) e de busão é uma aventura. Daí, precisa ter carro. Como você faz mestrado, você deve saber como é... E pra levar as minas pra casa também, porque de busão nenhuma vai. Então, o que eu queria saber mesmo é como posso concretizar esse sonho de ter carro mas vivendo de bolsa. Você tem alguma dica ?

Elom Oivalf.

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