sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ganho real da poupança subiu em 2009, após dois anos em queda

O Globo

15/01/2010


Bolsa volta a fechar abaixo de 70 mil pontos e dólar sobe pelo 3º dia


Juliana Rangel e Felipe Frisch

A inflação mais amena, de 4,31% em 2009, fez o rendimento da poupança voltar a crescer após dois anos seguidos de queda. Estudo divulgado ontem pela consultoria Economática mostra que o ganho real (descontada a inflação) da caderneta foi de 2,63% ano passado, contra 1,89% em 2008 e 3,17% em 2007. Já o ganho nominal de 7,05% foi o menor da História.



- Nos últimos anos a rentabilidade da poupança vinha sendo baixo e, em 2002, chegou a haver perda de poder aquisitivo. Mas, no ano passado, quem aplicou R$1.000 ficou com R$1.070,50 ao fim do período. Já uma cesta de alimentos que custasse R$1.000 passou a valer R$1.043,10 - disse Einar Rivero, coordenador da pesquisa.



Para efeitos de comparação, o ganho nominal do CDI (que acompanha a taxa básica de juros Selic, em 8,75% ao ano e remunera os fundos DI e de renda fixa) foi de 9,88% em 2009, em termos nominais. Descontada a inflação, a variação foi de 5,33%.

- É bem superior aos 2,63%, mas é preciso descontar daí o Imposto de Renda e a taxa de administração cobrada pelos fundos - lembra Rivero.

Incerteza com ações da Petrobras derruba Ibovespa



Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Índice Bovespa (Ibovespa) furou o piso de 70 mil pontos pela primeira vez este ano. O Ibovespa caiu 0,83%, para 69.801 pontos. O dólar subiu pelo terceiro dia, para R$1,765, em alta de 0,28%, indicando possível saída de estrangeiros. Segundo analistas, no entanto, pode se tratar apenas ainda de investidores embolsando lucros, já que a bolsa brasileira subiu mais do que as outras em 2009.



Contra a Bovespa, as ações da Petrobras têm pesado fortemente. Os papéis da empresa, que respondem por 15% do Ibovespa, tiveram ontem o sexto dia seguido de queda, já acumulada em 4,88%, diante da indefinição da empresa sobre o seu plano de capitalização. Além disso, até ontem, havia a incerteza sobre a compra da portuguesa Galp Energia pela estatal brasileira, o que foi negado pela Petrobras à noite.

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