terça-feira, 11 de março de 2008

Banco: tarifa varia até 160%

Jornal da Tarde
11/03/2008


Diferença foi encontrada na renovação do cadastro de conta. Saída para economizar é contratar pacote

Rodrigo Gallo, rodrigo.gallo@grupoestado.com.br


O valor das tarifas bancárias cobradas de forma avulsa nos dez maiores bancos do País pode variar até 160%, segundo informações da Fundação Procon de São Paulo. A entidade divulgou ontem pesquisa na qual mostra que os consumidores devem procurar muito bem antes de escolher a instituição financeira. Além disso, a recomendação é para se optar por pacotes de tarifas, pois o custo cai, a menos que se extrapole seus limites.

A maior diferença encontrada pelo Procon refere-se à tarifa do serviço de renovação do cadastro da conta corrente especial. Bradesco, Caixa Econômica Federal e Nossa Caixa cobram R$ 15 dos clientes, enquanto no Safra custa R$ 39, ou seja, um preço160% maior.

De acordo com o assistente de direção do Procon de São Paulo, Diógenes Donizete, esses valores foram obtidos diretamente nas agências bancárias. Técnicos da entidade visitaram as instituições financeiras e obtiveram a relação de tarifas com os gerentes, na maior parte dos casos. “Percebemos que há uma grande diversidade de preço para um mesmo produto ou serviço de banco para banco.”

Para uma operação aparentemente simples, o envio de talão de cheques pelos Correios, o HSBC, o Real e o Unibanco não cobram nada. Porém, os clientes que optarem por esse serviço devem desembolsar R$ 6 na Caixa e no Itaú.

Um saque no caixa eletrônico ou nos terminais de auto-atendimento pode custar até R$ 1,40 ao consumidor, caso ele exceda o limite. No Safra, por exemplo, esse valor é cobrado para quem utilizar mais de quatro operações deste tipo por mês. “Como não há controle de preços, cada instituição financeira tem sua própria política de tarifas”, afirmou Donizete.

Para fugir destas tarifas, o Procon sugere aos consumidores contratarem um pacote ou cesta preestabelecida, que costuma custar menos. No entanto, há uma série de produtos à disposição das pessoas em cada banco. Por conta disso, é necessário avaliar cuidadosamente as opções e escolher aquela que mais se enquadra no perfil do correntista.

Ainda assim, o simples fato de contratar um pacote não significa que o cliente vá gastar menos. É preciso fazer um planejamento criterioso para não ultrapassar o limite de operações e serviços estabelecidos no contrato.

Donizete orienta que as pessoas devem colocar no papel o quanto consomem de cada serviço por mês, como saques e extratos, e verificar se realmente é necessário fazê-los tantas vezes. “Se o pacote prevê um extrato gratuito por semana, não há motivos para consultar mais de um”, disse. Certos serviços também podem ser acessados gratuitamente pela internet.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não se manifestou sobre o levantamento do Procon. A única instituição financeira que comentou o estudo foi o HSBC, que informou “estar de acordo com os resultados da pesquisa”.

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