terça-feira, 27 de novembro de 2007

PIBB atrai R$ 113 milhões em novembro, até o dia 22

Valor Econômico
De São Paulo
27/11/2007

Os fundos Papéis Brasil Índice Bovespa (PIBB), que replicam o IBRx-50, o índice com as ações mais líquidas, ponderadas por valor de mercado, da Bovespa, tiveram, em novembro, o primeiro mês de captação líquida desde a oferta pública de cotas em 2004 e 2005. Instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Real e Santander capitanearam os ingressos, que, no total, chegaram a R$ 113 milhões, segundo estatísticas do site financeiro Fortuna.


Os fundos PIBB foram criados nas ofertas de cotas da carteira da BNDESPar, em duas tranches. A primeira movimentou R$ 600 milhões, enquanto a segunda alcançou R$ 2 bilhões. Após as ofertas públicas, os portfólios vinham sofrendo resgates periódicos. O aumento do interesse, agora, é atribuído à oportunidade de diversificação que essas carteiras oferecem. É uma opção melhor do que concentrar os recursos em fundos de Vale e Petrobras, atrelados, cada um deles, aos vaivéns de um único papel.


Na Caixa Econômica Federal não houve nenhuma ação específica envolvendo o PIBB, conta o gestor de Renda Variável e Multimercados, Michael Kusunoki. "O que houve foi uma migração generalizada de recursos da renda fixa para a variável e o PIBB oferece uma oportunidade de diversificação em vários setores", diz. Só neste mês, os fundos de ações da Caixa receberam R$ 150 milhões.


O fato de o PIBB ter uma taxa de administração relativamente baixa, de 1,56% ao ano, também faz com que essas carteiras entrem no radar dos investidores na hora de diversificar em renda variável, diz o superintendente de investimentos do Banco Real, Eduardo Jurcevic. O fato de o investidor poder aplicar a partir de R$ 300 também tem apelo junto ao público de varejo, que começa a topar um pouco mais de risco. "Cresceu bastante o apetite do investidor pela renda variável, é um processo que começou há dois anos e que não se justifica apenas pela queda dos juros."


Pelos cálculos do Fortuna, a volatilidade dos PIBB é também sensivelmente menor. Enquanto o Value at Risk (VaR) - que mede a perda máxima esperada para um determinado horizonte de investimento - do PIBB é de 12,69%, os fundos de Vale têm um indicador de 17,22% e os de Petrobras de 20,63%.


Entre os fundos de ações populares, as carteiras de Vale do Rio Doce continuam a atrair recursos. Só em novembro houve ingresso de R$ 1 bilhão, com destaque para o BB, com R$ 189 milhões, e, o Itaú, com R$ 119 milhões. (AC)

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