quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Ajuda de bate-pronto para quem começa ou já sabe de muita coisa

Valor Econômico
Luciana Monteiro
11/10/2007



"500 Perguntas (e Respostas) - Hugo Azevedo.


Campus/Elsevier



"Uma pergunta prudente é metade sabedoria", dizia o filósofo inglês Francis Bacon, que acreditava que a metodologia e o empirismo deveriam ser exaltados, pelos benefícios que trazem ao homem. A frase do fundador da ciência moderna mostra que é possível aprender a partir de algumas simples questões. Nessa linha de perguntas e respostas, o professor da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) Hugo Azevedo lançou recentemente dois livros interessantes.


O primeiro, chamado "500 Perguntas (e Respostas) Básicas de Finanças", é voltado para os iniciantes do mercado financeiro e conta com oito capítulos. Nele, o autor explica alguns dos conceitos básicos de economia até chegar à tributação dos investimentos financeiros no Brasil. Antes disso, Azevedo trata de forma didática das aplicações em renda fixa, renda variável, derivativos e fundos de investimento. Nesse volume, o leitor conseguirá entender, por exemplo, o que é o tão comentado Copom. "O Comitê de Política Monetária foi criado em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa de juros", resume Azevedo.


Mas, à medida que o leitor vai se familiarizando com o assunto, alguns conceitos um pouco mais difíceis vão aparecendo, como é o caso do "zero cupom bond". "É um título de renda fixa que não possui cupom de juros, ou seja, que não paga juros intermediários entre o momento da aplicação e o vencimento do título", escreve o autor.


Para os profissionais de mercado há "500 Perguntas (e Respostas) Avançadas de Finanças". Como aqui o público é mais restrito, o autor coloca conceitos mais complexos ligados à área. Azevedo trata, por exemplo, de assuntos como cálculo de volatilidade, opções exóticas ou convexidade. Apesar de o livro ser voltado para as necessidade de informação dos profissionais do mercado, a preocupação com a linguagem acessível se mantém, ainda que seja difícil fugir do "economês". Um exemplo está nas estratégias de compra de uma "call" sintética. Conforme explica o autor, a compra de uma "call" sintética se traduz na compra simultânea de uma opção de venda e na compra do ativo objeto. "Essa posição combinada tem o mesmo 'pay-off' (resultado no vencimento) de uma posição comprada em uma opção de compra".


Os dois livros de Azevedo funcionam, assim, como uma espécie de glossário ampliado de alguns dos principais conceitos sobre finanças. A vantagem é que o formato de perguntas e respostas permite que o leitor faça consultas rápidas para tirar suas dúvidas e se socorra nas emergências, próprias ou da profissão.

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