sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Na prévia de agosto, Bolsa perde 2,4% e dólar sobe 5%

Gazeta Mercantil
31/8/2007

Alessandra Bellotto

O mercado vai continuar volátil, operando em cima dos dados externos, dizem analistas. A volatilidade nos mercados financeiros vai continuar alta. Essa é a expectativa de boa parte dos analistas, diante da crise no setor imobiliário americano. E a aplicação em Bolsa de Valores, até pelo maior grau de risco, é a mais afetada nesse cenário de incertezas. A um dia do encerramento do mês, a Bovespa acumula perda de 2,44%, figurando na lanterninha do ranking de rentabilidade. O prejuízo pode até ser anulado hoje - dia de discurso do presidente do Federal Reserve (o BC americano) -, mas dificilmente o mercado de ações superará a variação registrada pelo dólar, que sobe mais de 5% em agosto.
No acumulado do ano, porém, a Bolsa ainda lidera com folga os ganhos, subindo 18,85% até ontem. O dólar, ao contrário, está com perda de 7,50%. O CDI, tradicional referência para a renda fixa, registra variação de 0,99% no mês e de 8,09% em 2007.
Segundo a economista-chefe do BES Investimento, Sandra Utsumi, há uma grande incerteza em relação ao impacto dos problemas envolvendo o subprime (empréstimos imobiliários de alto risco) nos Estados Unidos para a economia real. "A extensão parece maior do que se imaginava, com a crise no subprime já contagiando o mercado de derivativos e de commercial papers dos bancos nos Estados Unidos e Europa", afirma.
Até que se tenha uma melhor definição dos estragos provocados pela crise do subprime, os mercados estarão à mercê dos próximos indicadores americanos e também do resultado da reunião de setembro do comitê de política monetário do Fed para decidir a nova taxa de juros do país. "O mercado vai continuar volátil, operando em cima dos dados externos. Não há tendência para os ativos", diz Gustavo Teixeira Coelho, responsável pela área de alocação de recursos da Arsenal Investimentos.
Quanto maior a incerteza, maior a aversão ao risco. E isso significa uma redução do apetite para investir em países emergentes como o Brasil e em ativos mais arriscados como a Bolsa, lembra Sandra. A economista ressalta, porém, que o Brasil vem suportando bem essa volatilidade, que na sua visão vai prevalecer pelo próximo mês. "O Brasil, entre os emergentes, é um dos mercados com maior chance de recuperação rápida. As condições macroeconômicas do País são completamente diferentes do passado", afirma. Ela diz, ainda, que a economia doméstica vive um ciclo positivo de aquecimento, o que deve se refletir nos balanços das empresas.
Para Coelho, apesar das turbulências, a Bolsa ainda é o melhor investimento, com destaque para as empresas voltadas para a economia interna. Ele acrescenta que o cenário continua positivo. "Além de o mundo continuar crescendo, a economia global está menos dependente dos Estados Unidos (origem da crise imobiliária), o que significa que uma eventual desaceleração do país pode ser compensada pelo crescimento de outros, como China, Japão e Europa", diz.

Um comentário:

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