domingo, 19 de agosto de 2007

Banco é mais barato do que 'loja de dinheiro'

Jornal da Tarde 19/08/2007

Rodrigo Gallo,

rodrigo.gallo@grupoestado.com.br

Quem costuma andar pelas ruas do Centro da Capital conhece bem o assédio dos agentes de crédito, que tentam empurrar empréstimos aos consumidores de todas as formas possíveis. Porém, não são apenas os funcionários de bancos e financeiras que se empenham na oferta do dinheiro. Até mesmo quem entra em lojas como Pernambucanas e Americanas pode tomar crédito emprestado. No entanto, segundo especialistas, o financiamento dessas empresas são os mais caros do mercado.

De acordo com um levantamento de juros realizado pelo Jornal da Tarde, há índices que chegam a 13,9% ao mês no Ponto Frio - os mais altos do mercado. Em contrapartida, quem buscar empréstimos na Nossa Caixa poderá encontrar taxas a partir de 4,25% ao mês, o que resulta em uma diferença bastante significativa no fim do financiamento.

Segundo o matemático financeiro José Dutra Sobrinho, a oferta de crédito no varejo tem como objetivo atingir principalmente os consumidores de renda mais baixa: por conta da dificuldade de conseguir comprovar condições de pagamento, essas pessoas acabam tendo problemas para conseguir empréstimos convencionais em bancos. Como já são clientes das lojas, a liberação do dinheiro é simplificada.

As financeiras também usam um critério semelhante para fisgar tomadores. “Às vezes, a pessoa já está com o nome sujo por não ter pago as parcelas de empréstimo a um banco. Então, ela acaba recorrendo às financeiras, que não costumam exigir nenhum tipo de comprovante, exceto os dados pessoais”, explicou Sobrinho.

Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), vai além. Segundo ele, algumas instituições financeiras não exigem nem sequer um comprovante de residência do tomador de empréstimo. “O problema é que, para compensar as facilidades, essas financeiras cobram taxas de juros altas demais, chegando a 15%, em alguns casos. Esses índices altos servem para cobrir os gastos com a inadimplência”, justificou.

Sobrinho explica que a melhor alternativa para quem realmente precisa de crédito são as linhas de empréstimo com desconto em folha de pagamento. “Os aposentados da Previdência Social pagam juros mensais baixíssimos, que não chegam a 3% e, além disso, a cobrança da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) é proibida”, esclarece. “Quem é trabalhador com carteira assinada também paga juros bem mais baixos.”

De qualquer forma, Dutra recomenda às pessoas evitar o empréstimo a todo custo. O ideal seria esperar o pagamento do 13º ou a restituição do Imposto de Renda.

Um comentário:

Linasolopoesie disse...

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