sexta-feira, 9 de abril de 2010

Opções para investir na renda fixa

Jornal do Brasil

09/04/2010

Analistas indicam até mesmo os papéis prefixados, que estão pagando 12,75% ao ano

Adriana Diniz

 A perspectiva de aumento da taxa básica de juros (Selic), dos atuais 8,75% ao ano para pelo menos 9,25% ainda em abril, podendo chegar a 12% no final do ano, está fazendo com que aplicações em renda fixa voltem a ser mais atraentes que a poupança.

Entre as opções mais vantajosas do momento, segundo analistas, estão títulos do Tesouro Nacional, fundos de renda fixa e Certificados de Depósito Bancário (CDB) contratos com rendimento preestabecido.

O investidor, no entanto, deve avaliar prazo, rentabilidade e risco antes de apostar em qualquer aplicação.

Segundo o superintendente de alocação de recursos da Corretora Fator, Marcelo Figueiredo, os fundos de renda fixa podem ter até 50% de títulos privados, inclusive de pequenas instituições, com maior risco de falência.

Ele alerta que o investidor deve checar o regulamento, a composição da carteira e o número de cotistas antes de optar por uma aplicação como esta.

A consulta pode ser feita no site da Comissão de Valores Mobiliários (www.cvm.gov.br).

O economista e consultor da Projeção.com, Ricardo Borges, alerta ainda que uma parte do dinheiro aplicado num fundo fica parada, fora de qualquer aplicação, para garantir liquidez de possíveis retiradas, o que muito investidor não sabe e que tem impacto negativo na rentabilidade.

Para Ricardo Borges, uma boa alternativa são os títulos públicos do Tesouro Nacional.

Com a possibilidade de alta da Selic, vários papéis pós-fixados e até prefixados estão com rentabilidade bem atraentes.

O rendimento dos títulos é imbatível. Tem papel prefixado com vencimento em 2013 que está com rendimento de 12,75%. Além disso, são líquidos, seguros e têm taxas administrativas mais baratas que dos fundos explica Borges.

Os títulos públicos podem ser comprados por pessoas físicas, pelo site Tesouro Direto (www.tesouro.fazenda.gov.br) com investimentos a partir de R$ 150. O programa de venda direta foi desenvolvido pelo Tesouro Nacional em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), justamente para facilitar e estimular os investimentos nos papéis públicos.

Para investir, é preciso se cadastrar num corretora, que cobra taxas em torno de 0,5%, enquanto as taxas dos fundos estão na média de 0,93%. O site oferece simulações e análise de perfil de cada investimento.

Muita gente não investe porque não sabe que existe ou acha que não vai entender, mas é bem fácil aprender.

O site dá todas as ferramentas, ressalta Borges.

Já os Certificados de Depósito Bancário (CDB) títulos emitidos pelos bancos devem ser avaliados de acordo com o que a instituição financeira está oferecendo. É preciso lembrar ainda que são investimentos de médio e longo prazo, já que muitos não permitem saque antecipado.

De acordo com estudo da Pro Teste (Associação de Consumidores), se o investidor permanecer com o CDB por um período inferior a seis meses, o título deve pagar no mínimo 93% do CDI taxa interbancária baseada na Selic. Caso contrário, devido aos gastos com Imposto de Renda, vale mais a pena investir na poupança. Seguindo a mesma lógica, para investimentos de um ano, CDBs vantajosos devem pagar, no mínimo 90% do CDI; 87% para até dois anos e 85% a partir de dois anos.

É possível aplicar a partir de R$ 100. Quem dispõe de valor maior consegue melhores taxas de rendimento, observa o gestor de renda fixa da Prime Corretora, Pedro Breves.

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