segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tem início amanhã reserva para BNDESPar

Autor(es): Alessandra Bellotto

Valor Econômico - 23/11/2009

  

Começa amanhã o período de reserva para a oferta de debêntures da BNDES Participações (BNDESPar), braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES). A operação totaliza R$ 1 bilhão, sendo que R$ 500 milhões serão direcionados para o público de varejo. A aplicação mínima é de R$ 1 mil e a máxima, de R$ 500 mil.

O pedido com a expectativa de remuneração deverá ser feito pelo investidor até 10 de dezembro nas agências bancárias dos coordenadores Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Bradesco ou nas corretoras participantes. Se houver excesso de demanda, haverá rateio. A operação, contudo, poderá ser ampliada em até 35%.

A oferta será feita em duas séries. A primeira, com vencimento em janeiro de 2013, terá remuneração prefixada, calculada com base na taxa do contrato de DI futuro de mesmo prazo, mais um valor máximo de 0,80%, a ser definido no processo de "bookbuilding". Já as debêntures de segunda série, que vencem em maio de 2015, pagarão juros, mais IPCA. A taxa terá como referência o juro da NTN-B de mesmo prazo, mais um prêmio de até 0,7%. Na sexta, o título estava pagando 6,77%, além da inflação.

Mesmo com a redução dos prêmios dos títulos privados, há um espaço grande para a colocação de debêntures, afirma o superintendente de alocação de recursos do Banco Fator, Marcelo Figueiredo. Da parcela de 83% do patrimônio dos fundos aplicada na renda fixa, segundo dados de outubro da Anbima, títulos públicos representam 61%, Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são quase 12% e debêntures, apenas 4%.

Ele cita, ainda, a forte demanda do investidor do varejo. A oferta recente de R$ 2,6 bilhões em debêntures da Oi, lembra Figueiredo, atraiu mais de 10 mil pessoas. No encerramento, contudo, subscreveram a emissão 3,4 mil investidores individuais, entre outros. "A pulverização é importante, porque ajuda a criar um mercado secundário mais ativo, hoje uma restrição para a pessoa física."

O superintendente de análise de crédito da SulAmérica Investimentos, Lauro Campos, ressalta que, apesar da queda dos prêmios, a remuneração ainda está melhor do que no período de pré-crise. Antes da turbulência, as debêntures pagavam entre 102% e 103% do CDI. Na crise, chegaram a oferecer 125% do referencial e, hoje, pagam entre 108% e 110% do CDI.

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