quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Alta da taxa de juros pode reaquecer mercado de CDB

Valor Econômico


 

25/11/2010


 

Por Alessandra Bellotto | De São Paulo

 
 

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que perdem terreno no segmento de investidores individuais desde meados do ano passado, podem retomar o crescimento diante da perspectiva de alta da taxa de juros para controle da inflação. "Toda vez que há um cenário de elevação de juro, o investidor privilegia aplicações atreladas ao CDI", afirma o superintendente executivo de investimentos do Santander, Edson Franco.

Estimativas do Santander mostram mais resgates do que aplicações em CDBs neste ano no segmento pessoa física. Até outubro, os saques superaram os R$ 11 bilhões. No total, o mercado de CDB teve captação líquida de R$ 31,2 bilhões no mesmo período, segundo levantamento do Valor Data com base em informações do Banco Central. Só em novembro, até o dia 17, as emissões de CDBs já somam R$ 16,4 bilhões.

 
 

Em 2009, o desempenho dos CDBs foi no geral fraco. Considerando todo tipo de investidor, os resgates superaram as aplicações em R$ 6,9 bilhões. Só no segmento pessoa física, apontam as estimativas do Santander, os saques foram de R$ 14,9 bilhões.

O baixo apetite por CDBs, na visão de Franco, tem a ver com a busca do investidor por diversificação, a fim de obter retornos melhores. "Hoje, só com a renda fixa não se consegue mais o 1% ao mês." Tanto que os fundos referenciados DI também vêm sofrendo no último ano. Em 2010, até o dia 19 de novembro, essas carteiras perdem R$ 2,3 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A discussão entre os bancos, continua Franco, deve sair do âmbito "produto" para "portfólio", com o intuito de oferecer o melhor mix de aplicações e, assim, maximizar a performance dos investimentos do cliente.

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