terça-feira, 25 de março de 2008

Sozinho, é preciso saber comprar

Jornal da Tarde
25/03/2008


Investidor deve estabelecer metas e aproveitar quando as ações estiverem baratas


A regra básica para quem investe na Bolsa de Valores é comprar na alta e vender na baixa. Para o iniciante, a dificuldade está em identificar essas‘‘oportunidades de mercado’’, quando as ações estão cotadas a preços mais baixos e, por isso, têm um grande potencial de valorização.

Quem está de olho no longo prazo pode comprar as ações e deixá-las paradas, por vários anos. Normalmente, os papéis escolhidos são de companhias de‘‘primeira linha’’-- ou blue chips, no jargão do mercado. Nessa categoria, estão as ações mais negociadas (com alta liquidez), de empresas que inspiram confiança. É o caso de Petrobrás, Vale do Rio Doce, Bradesco, Itaú e Gerdau, entre outras.

Em períodos prolongados de baixas, como o que ocorreu entre 1997 e 2002, as perdas podem se acumular. Neste caso, vale a pena insistir? E até quando?

O consultor Rafael Cardoso, sócio da Integral-Trust Serviços Financeiros, defende que o investidor -- mesmo o iniciante -- trabalhe com‘‘ordens de sto’’.“O que vale é a hora de entrar e de sair”, resume.

As ordens de stop servem como pára-quedas para os preços. Se uma ação, por exemplo, está cotada hoje a R$ 50, o investidor pode definir uma ordem de R$ 45. Quando a ação ficar abaixo desses R$ 45, ela é automaticamente vendida pela corretora.““Você põe uma‘‘sentinela’’ tomando conta da sua posição””, explica Fausto de Arruda Botelho, da Enfoque Informações Financeiras.““A lógica é a seguinte: se você vai ficar no prejuízo, vai se permitir perder dinheiro até quando””

Da mesma forma, o investidor deve trabalhar com ordens de stop quando as ações estiverem se valorizando. No exemplo da ação de R$ 50, o investidor pode estabelecer o teto de R$ 60 para a venda. Quando o alvo for atingido, a corretora vende as ações (liquida a ordem de stop)-- no caso citado, o lucro seria de 20%.

Os valores das ordens de são determinados pelo investidor. Os especialistas lembram que é importante estar preparado para as pequenas perdas e para fugir das grandes.““Muitas vezes, a pessoa acha que vai entrar na Bolsa e ganhar muito dinheiro. Mas não é assim””, diz Cardoso.

Em épocas de insegurança, como agora, é comum que as ações caiam tanto que fiquem abaixo do preço considerado‘‘just’’. Nessas horas, dizem os especialistas, quando as ações estão mais baratas, é aconselhável comprar.

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