terça-feira, 7 de agosto de 2007

Gaste pouco, e bem, com cultura

Jornal da Tarde de 07/08/2007

Em São Paulo é possível encontrar shows, peças, filmes e museus com ingressos com bons preços
Fabrício de Castro,
fabricio.castro@grupoestado.com.br

Gastar muito pouco ou nada em programas culturais, livros, CDs e DVDs de qualidade. Em São Paulo, mesmo se o orçamento estiver apertado, é possível freqüentar o teatro e o cinema, visitar museus e assistir a shows dos principais nomes da música brasileira pagando preços baixos e mesmo de graça, bastando estar atento às programações fora do circuito convencional.'As pessoas falam que, em São Paulo, não dá para ir ao teatro, porque as entradas são caras. Mas será que o teatro é apenas o de lugares mais caros, com atores famosos?', pergunta o consultor Fabiano Calil, especializado em gestão financeira.Calil explica que os gastos com cultura correspondem a uma pequena porcentagem do orçamento das famílias brasileiras, mas isso não significa que a cultura não é importante ou é inacessível. 'Há várias opções gratuitas e de alto nível. Por que não aproveitá-las?'A Cidade oferece opções com preços baixos da música erudita às exposições de arte. Em alguns casos, como o do Museu do Ipiranga, que possui um acervo de 125 mil peças históricas, o ingresso (R$ 2) custa menos que uma passagem de ônibus.E até mesmo a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), vista por muitos como uma representante da 'cultura de elite', está mais acessível. Com R$ 25 - pouco mais do que é gasto numa sala de cinema da capital - é possível assistir às apresentações na Sala São Paulo. Estudantes, pagam metade. 'A música erudita ainda gera nas pessoas um certo 'temor reverencial'', explica Marcelo Lopes, diretor-executivo da Fundação Osesp. 'As pessoas gostam, mas ainda não acreditam que é barato.'Nas redes formadas pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), há shows, peças de teatro, cinema e exposições gratuitas ou com preços mais baixos.Enquanto os ingressos para apresentações de artistas nacionais no Credicard Hall, uma das casas mais badaladas da cidade, chegam a R$ 100, o Sesc cobra entradas de R$ 15 a R$ 30 por nomes como Lenine, Arnaldo Antunes e Danilo Caymmi - sem falar das apresentações gratuitas e dos descontos para estudantes, professores e sócios.'Nós já trouxemos o Gilberto Gil para fazer um show a R$ 2', diz Danilo Santos de Miranda, diretor-regional do Sesc-SP. 'Com isso, queremos que o público tenha acesso a todos os nomes consagrados da música, do teatro e das artes. E com preços baixos.'

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