segunda-feira, 7 de março de 2011

Clubes de investimento terão mais controle


07/03/2011

 

SEU BOLSO

Para evitar que clubes de investimentos virem fundos “disfarçados’’, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prepara uma nova regulamentação, que deve entrar em vigor em cerca de 30 dias. Segundo o diretor do órgão, Otávio Yazbek, as versões finais da regulamentação estão em fase de discussão interna.
No Brasil, há 3.054 clubes, com um patrimônio líquido total de R$ 11,4 bilhões e 131.521 participantes, segundo a Bovespa.
Por meio dos clubes, é possível entrar na Bolsa com R$ 200. Para aplicações individuais, o valor é baixo. Mas, com esse montante e um grupo de pessoas com um objetivo em comum, é possível organizar um clube.
– Aquelas pessoas que conhecem pouco e têm medo do risco investem coletivamente, colocando um pouquinho de dinheiro na aplicação. Conforme aprendem, alteram a quantia – explica Tércia Rocha, consultora da Bovespa.
Em geral, um clube pode ter entre três e 150 pessoas e deve ter um representante. Os integrantes podem ser, por exemplo, de uma mesma empresa ou família. No caso de funcionários de uma mesma empresa ou entidade, pode ser um grupo até maior.
As principais mudanças, explicou Yazbek, devem ser justamente em relação à restrição no limite do número de cotistas e à exigência de assembleias, que poderão ser realizadas por meio de ferramentas eletrônicas, pois envolvem menos custos para as corretoras de valores.
O objetivo é valorizar o caráter pedagógico e fortalecer o controle sem aumentar demais os custos. Conforme Yazbek, um dos motivos que levaram a criar a nova regulamentação foi um mal-estar em relação a clubes que viravam fundos:
– É o que se chama de arbitragem regulatória. Usar um meio mais barato para atingir aquilo que é mais caro. Se quiser desconto regulatório, terá de ser uma estrutura diferente. Não pode ser um fundo disfarçado.

Recuo na criação

- A criação de clubes teve desaceleração no último ano:

- Em 2009, houve avanço de 6,4% na quantidade de clubes em relação ao ano anterior.

- No ano passado, a alta foi de só 3,3% em relação a 2009.

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