domingo, 21 de setembro de 2008

Caminho livre para a Argentina

Jornal da Tarde
21/09/2008

Dica para o turista é trocar real por peso e evitar o dólar, que sofre a influência da crise

Rodrigo Gallo,
rodrigo.gallo@grupoestado.com.br

Os turistas que têm viagem marcada para a Argentina não devem fazer a conversão do real para o dólar antes de embarcar. Com a crise mundial, é possível que eles percam dinheiro na troca. Sendo assim, o ideal é visitar o País vizinho utilizando o peso argentino ou, se for o caso, a própria moeda brasileira - aceita em diversos comércios, hotéis e restaurantes.

Os problemas na economia internacional, desencadeados nos Estados Unidos, afetam os mercados de praticamente todo o planeta. Com isso, explica o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, os preços de pacotes turísticos, vôos e diárias de hotéis tendem a aumentar.

Mesmo assim, é possível fazer uma viagem para a Argentina sem gastar muito. Na sexta-feira, as casas de câmbio da Capital cobravam em média R$ 0,70 por um peso, ou seja, a moeda portenha vale menos do que o real. Assim, ainda não há muitos impactos para os brasileiros que pretendem visitar Buenos Aires ou Bariloche - as principais cidades turísticas do país vizinho.

Os turistas, no entanto, devem ficar atentos a um detalhe. Muitas pessoas costumam trocar o real por dólar no Brasil e, lá, comprar a moeda local. No atual cenário econômico, isso deve ser evitado a todo custo. “Como a cotação do dólar está flutuando muito, a pessoa pode escolher o momento errado para fazer a conversão e perder dinheiro. Então, os turistas devem converter o real diretamente na moeda local”, argumentou o economista Marcos Crivelaro, professor da Faculdade de Informática e Administração Pública (Fiap).

Oliveira, da Anefac, dá outra sugestão interessante. “Se o consumidor for comprar dólar, vai ter desvantagens. Então, o ideal é levar apenas reais mesmo”, disse.

Embora o custo para os turistas brasileiros em território portenho possa aumentar por causa da crise, a gerente de mercado do Instituto Nacional de Promoção Turística Argentino (Inprotur), Marcela Cuesta, não acredita na elevação de preços e nem em uma possível queda no número de desembarques. “Acreditamos na saúde da economia brasileira, na vantagem qualitativa das nossas ofertas e nos preços competitivos que temos no mercado”, enfatizou.

Segundo dados da entidade, e referentes a levantamento da Diretoria Nacional de Migração, 489.481 brasileiros desembarcaram no Aeroporto Internacional Ezeiza no ano passado. Até junho deste ano, foram 283.913 turistas do Brasil. O mês mais expressivo foi maio, com a chegada de 56.827 pessoas.

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